Capítulo 3

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– Claro Sah! Como vamos simular que somos um casal com você morando aqui? Você precisa ficar comigo lá no hotel, é mais prático

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– Claro Sah! Como vamos simular que somos um casal com você morando aqui? Você precisa ficar comigo lá no hotel, é mais prático.
– Não queria ter que sair da minha casa. Sei que aqui ta caindo aos pedaços, mas é a minha casinha, sabe? - A morena comentou enquanto servia uma xícara de café ao rapaz.
– Calma Sabrina, vai ser só por um mês, não a vida toda. E com o dinheiro que vou te pagar, você vai poder alugar um apartamento bem melhor do que este. - Explicou tomando um gole do café - O café está uma delícia. - Elogiou.
– Obrigada... Mas e a Alice? Não quero, nem ficar longe da minha filha. Ela é muito pequena ainda. - Lembrou colocando a mão na cintura. - E da Lena também porque nas horas mais difíceis da minha vida foi ela que ficou comigo, me apoiando em tudo.
– Imagino. A respeito da Alice, é óbvio que você vai poder leva-la contigo. Jamais te afastaria da sua filha. Agora, sobre a Helena não sei. Até porque se ela vir conosco, teria que sair dessa vida por alguns dias e não sei nada a respeito da vida dela, se vai querer largar tudo por um tempo. - Se levantou –Enfim, vamos?
– Para onde?
– Para as compras, Sabrina.
– Vamos! Só vou escrever um bilhetinho pra Lena aqui, um minuto. - A morena pegou um papel e escreveu um recadinho no mesmo. Em seguida, prendeu o bilhete na geladeira com a ajuda de um imã. - Pronto! - Os dois saíram de casa e entram no carro de Alexander.
O Destino? As melhores lojas de Nova York.
[...]
– E então? Como estou? - Perguntou a jovem ao sair do provador.
Estava vestindo um vestido curto de seda rosa pink, que contrastava com seus olhos amêndoados.
Ambos estavam em uma das lojas mais elegantes de NY.
– Está bonita. Quer levar esse? - Perguntou observando como o caimento do vestido ficava muito sexy no corpo de Sabrina. Involuntariamente, Alex mordeu os lábios mas logo afastou de sua mente aqueles pensamentos safados e um tanto quanto indiscretos.
– Mas é muito caro!! Nem com meu salário do mês inteiro daria pra comprar um desse!
– Mas sou eu quem irá pagar, lembra? Dinheiro não é problema para mim.
– Eu sei! O senhor é podre de rico! Se é assim, então vou aproveitar e levar este aqui mesmo! - Exclamou quase saltitanto de alegria.
– Ótimo, agora se troque. Temos muitas coisas para comprar ainda. - Ordenou e a jovem assim o fez e ambos passaram no caixa e pagaram o vestido.
[...]
Agora, eles estavam em uma loja de sapatos. Um mais lindo que o outro e de marcas muito famosas porém, os saltos eram altíssimos e bem finos.
Bem diferente do que Sabrina costumava usar no dia a dia.
– Senhor Thompson, acho que temos um probleminha. - Sabrina avisou olhando para um sapato elegante da marca Channel.
– Qual? - Ele perguntou curioso.
– Er... Não sei andar de salto. - Deu um sorriso amarelo - Sempre usei rasteirinha, tênis e de vez em quando umas anabelas porque como sou alta, minhas pernas ficam ainda mais finas com saltos, li isso em uma revista da Vogue que uma senhora jogou fora em uma rua lá perto da Tiffany. Só que aqui só tem esses sapatos super altos de gente rica! E esses saltos? Parecem uma agulha de tão finos! Se eu colocar isso no meu pé vou cair na hora...
– Você terá que aprender, Sabrina. Infelizmente, o jantar no qual iremos é muito formal e as festas, também. É obrigatório que se use black-tie.
– Mas como vou aprender? - Ela pegou os sapatos nas mãos e Alexander se aproximou dela e colocou as mãos sobre seus ombros.
– Preciso que coloque essas sandálias, okay? - Ele deu alguns passos para trás - E tente vir até mim.
– Está bem, vou tentar! - Sabrina calçou os sapatos. Em um primeiro momento, quase se desequilibrou, mas se apoiou em uma prateleira e conseguiu se manter em pé - Tô com medo de cair se andar até aí... - E fez uma carinha triste.
– Fique tranquila. Ande! Tente vir até mim. - Ordenou de novo.
A menina suspirou e deu o primeiro passo.
– Nossa, nunca imaginei que fosse tão difícil andar de salto! - Mesmo meio desengonçada, a morena conseguiu dar mais alguns passos. Porém, se desequilibrou e estava prestes a cair, mas Alex a segurou.
Os olhos azuis dele foram de encontro aos dela e os dois ficaram tão próximos que parecia até que iriam se beijar.
~*~
Helena - finalmente - saiu do banho. Colocou uma camiseta velha, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo alto e foi até a cozinha. Na geladeira, havia um bilhete de Sabrina. Helena o pegou, abriu e o leu imediatamente.
"Lena, fui com o senhor Thompson fazer compras. Dê o café para a Alice e cuide dela até eu voltar. Beijos."
Helena amassou o papel e jogou no chão, indo até a cafeteira para se servir. Foi quando Alice entrou correndo na cozinha, muito animada como sempre.
– Bom dia tia Lena! - Disse a pequena.
– Bom dia. - E tomou um gole de café - Minha cabeça ta latejando de dor... - Murmurou pondo uma das mãos sob a cabeça.
– Cadê a mamãe? - Perguntou a menina, se sentando na cadeira.
– Saiu com aquele cara lá... - Respondeu passando geléia nas torradas da menina e entregando para ela.
– O tio Alex?
– Sim.
– Por que está com essa cara, tia? Não parece ser só a dor de cabeça!
– É que tô preocupada com sua mãe.
– O que ela tem? Alguém quer machuca-la ? Ela tá doente? - A criança começou a ficar aflita.
– Não fisicamente. Já emocionalmente... Acho que a Sabrina está caindo na lábia de quem não deve. A única coisa que não quero é que ela se machuque, Lili.
– Não entendi nada tia! - Exclamou a menina, abocanhando mais torradas.
– É melhor não entender mesmo, meu amor. - A loira disse suspirando profundamente.
~*~
– Desculpe... - Pediu a morena, se afastando de Alex e tirando os sapatos dos pés.
– Tudo bem. - Por um momento, Alex sentiu uma coisa estranha.
Seu coração estava mais acelerado do que de costume.
– Seus olhos são estranhos.
– Como assim? - O moreno se sentiu ainda mais confuso.
– São azuis acinzentados. Parece até que hipnotizam a gente, sabe? - Ao perceber o que disse, Sabrina desviou o olhar. - Ah, em casa treino mais! A Lena pode me ensinar porque ela sim adora um saltão! Ei, posso levar essa sandália?
– Claro que pode Sah.
– E aquela prateada ali? - Perguntou apontando para uma outra sandália.
– Vai ficar ótimo em você. Pode pegar também. - Concordou e Sabrina sorriu.
– Gente rica é outra coisa mesmo, hein?! Obrigado senhor Thompson!
[...]
Agora, Sabrina e Alexander estavam de carro passando justamente na rua da loja da Tiffany, a preferida da jovem.
– A gente vai na Tiffany? - Perguntou a jovem, olhando para a loja pelo vidro do carro.
– Sim Sah. - Ele estacionou o carro. - "Nós" vamos a loja e não "a gente". - A corrigiu - A gente não existe.
– Como assim? - Perguntou arregalando os olhos, mas logo se deu conta do erro  - Ah, é mesmo. É que não frequentei a escola tanto quanto deveria, por isso erro umas coisinhas. - Deu um sorriso amarelo.
– Tudo bem, depois te explico melhor. Você vai prejudicar de umas aulinhas para falar corretamente. - Ele tirou o cinto de segurança do carro, assim como ela e o casal saiu do mesmo. - Sah, vá indo lá na loja que antes, vou naquela lanchonete de ontem comprar algo para comermos, okay?
– Ta bom! - Concordou saindo correndo e indo em direção a Tiffany, enquanto Alexander virou a esquina para ir a lanchonete.
~*~
– Você de novo mendiga? - Perguntou o gerente da Tiffany, com um ar de superioridade.
Sabrina estava dentro da loja, olhando algumas jóias de perto pela vitrine.
– Já disse que não sou mendiga! - E continuou olhando encantada para as jóias, especialmente para um belíssimo colar de rubis. - Eu quero essa! - Exclamou apontando para aquela jóia.
– Vai ficar querendo. Olha, você está incomodando. Se não se retirar, vou chamar a segurança imediatamente. - Ameaçou o homem, medindo a garota de cima a baixo.
– Mas não fiz nada! Só disse que quero essa jóia aqui! E para de me olhar com esse nariz empinado! Você não é grande coisa não pra ficar tratando as pessoas feito lixo! - Realmente Sabrina não era de levar desaforo para casa.
– Além de tudo é desbocada. Vou chamar a segurança agora mesmo! - O homem avisou se preparando para dar as costas para ela.
– O que está acontecendo aqui? - Indagou Alex assim que entrou na loja. Em suas mãos, havia uma sacola com os lanches dele e de Sabrina.
- Ao ver a vestimenta de Thompson - terno e gravata - o gerente percebeu que ele era rico e elegante.
– Desculpe senhor. É que essa mendiga...
– Em primeiro lugar, esta garota não é uma mendiga e sim, a minha mulher. - Ao ouvir a frase de Alex, o corpo todo de Sabrina se arrepiou e ela corou. Já o gerente, ficou completamente surpreso e arregalou os olhos, mas nada disse. - Já escolheu alguma jóia, meu amor? - Alex perguntou olhando para Sabrina com carinho.
– Er... Já sim. Aquele colar ali! Só que esse cara queria me tirar daqui e falou até que ia chamar a segurança. - Contou encarando o gerente.
Alex fechou a cara e olhou para o gerente, que tentou se defender.
– Não foi bem assim, senhor. O que aconteceu foi um simples mal entendido. É que... - O empresário o interrompeu.
– Espero que isso não se repita. E pegue a jóia para a minha esposa e a atenda bem. Aliás, muito bem. Não quero ter que dar queixa de você aos seus superiores. Se ela quiser comprar todas as jóias dessa loja agora mesmo, ela comprará. - Disse com firmeza e o gerente engoliu em seco e olhou para Sabrina, que mostrou a língua para ele.
– Sim senhor. - Concordou e a partir daí, começou a tratar a morena muito bem.
[...]
Alexander e Sabrina compraram algumas jóias - o colar de rubi, um brinco de esmeraldas e um solitário de diamante que seria o anel de noivado - e depois, se sentaram em um banco da praça e lancharam juntos.
– Senhor Thompson, posso te fazer uma pergunta? - Perguntou Sabrina, enquanto bebia um gole de refrigerante.
– Claro, diga.
– Por quê o senhor me chamou de "minha mulher" e "meu amor" naquela hora?
– Porque você é minha mulher. De mentira, mas é. E também pra começar a treinar para quando estivermos no jantar nos comportarmos muito - Explicou comendo seu sanduíche.
– Entendi! - E sorriu.
[...]
– Sabrina, posso te pedir uma coisa?
– Claro senhor Thompson!
– Pare de me chamar de senhor. Me sinto muito velho. E também não podemos ter esse tipo de formalidade, senão o plano não dará certo.
– Okay, pode deixar! Não farei mais isso. Prometo!
[...]
No fim da tarde...

Depois de se alimentarem, eles voltaram para o apartamento da morena. Ao chegarem lá - cheios de sacolas de compras - eles se depararam com Helena jogada no sofá, assistindo um filme e comendo pipocas. Alice estava em seu colo, dormindo tranquilamente.
– Caramba, quanta sacola! - Exclamou a loira, enquanto Sabrina e Alex colocavam as compras no sofá.
– Pois é! Comprei de tudo amiga! E claro, comprei coisas pra você e pra Lili também! - Exclamou a morena, que estava muito alegre.
– Sabrina, preciso que faça suas malas pois amanhã preciso de você já no hotel. - Alex avisou.
– Como assim? Do que você está falando? - Lena ainda não sabia das novidades. Sabrina ia responder, mas o telefone de Thompson tocou.
– Com licença. - Pediu tirando o celular do bolso e se afastando um pouco das duas para atender a ligação. Segundos depois, ele voltou para perto delas com uma cara de poucos amigos.
– O que foi Alex? - Sabrina perguntou, não entendendo o jeito estranho dele.
– Meu assessor me ligou há pouco. Disse que o jantar de negócios foi remarcado para amanhã a noite. - Respondeu coçando sua barba rala.
Parecia bem apreensivo.
– Tão rápido assim?! Mas não deu tempo de aprender nada ainda! Céus! Esse jantar vai ser um grande desastre! - Sentenciou a morena, completamente apavorada.

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Olá!

Acham que esse jantar vai dar certo ou vai ser um fiasco?

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