Feelings - JungKook e Taehyung

Desculpe!

CAP.1

Desculpe!

—   Song-i? Acorde! — ouço uma voz conhecida no fundo de minha mente. — Você vai ficar atrasada para a aula, mocinha!

   Omma me destampou, abrindo as cortinas de meu quarto fazendo-o ficar claro e a luz irritar os meus olhos. Com essa irritação, abri meus olhos bufando de raiva. Odiava. Odiava ter de acordar cedo para ir a escola, odiava acordar, odiava ir a escola, odiava!

  Não liguem meu mau humor logo cedo, mas vão se acostumando. Em plenos meus quinze anos - quase dezesseis -, no segundo grau do ensino médio. É, eu sou adiantada antes de qualquer questionamento. Eu pensava que não iria ter nenhum tipo de amizade, mas o destino cruzou o meu caminho com o de Taehyung, meu melhor amigo. Quando nos conhecemos não foi de um jeito normal, digamos assim, mas isso fica  para contar depois, até porque eu estou atrasadíssima para a aula.

    Entrei no banheiro rapidamente, para tomar banho, percebendo que minha mãe tinha descido para a cozinha, provavelmente fazer o café da manhã. Pelo cheirinho de café, confirmei os meus questionamentos.

[...]

— Tchau omma! — grito para a mais velha que continuava na cozinha. Ouço-a gritar se despedindo, até porque, só iria vê-la a noite provavelmente. Saio as pressas de casa e corro a caminho da escola, o sinal já deve ter batido!

  Praguejo por ser tão lerda ao acordar e se arrumar.

Bom... não só nisso.

   Chego no colégio que estava vazio. O senhor Ben, o porteiro da escola, mostrou-me um sorriso singelo me deixando passar mesmo estando atrasada. Ainda bem que ele é um bom senhor, pelo menos comigo. Senhor Ben estava lá nos seus sessenta anos, nasceu no Estados Unidos, mas logo veio a Coréia, segundo o que contou a mim.

    Os corredores estavam vazios, as aulas já tinham começado. Pego o papel de dentro de minha mochila vendo a aula que eu teria agora. Suspiro.

Biologia.

   Ainda olhando para baixo, especificamente o pequeno papel, bato com algum ser que andava pelo corredor fazendo-me cair no chão.

— Ai! — murmuro, depois de eu cair de bunda no chão, não duvido nada que ela vai ficar amassada igual a uma tábua depois disso!

— Desculpe. — ouço a pessoa que me derrubou pedir desculpas, um garoto. Muito bonito por sinal. Sua voz era doce, digna de um cantor. Mas o que me chamou atenção era seu rosto assustado como se tivesse visto uma assombração. Franzi o cenho não o entendendo. Então perguntei:

— Algo de errado? — ele me olhou e alargou seus lábios finos num sorriso torto.

— N-não... — o garoto dizendo isso, percebe que eu ainda estava no chão e me ajuda a levantar, pedindo desculpas novamente. Nem tinha percebido que eu ainda estava sentada no chão. Ao levantar senti falta de alguma coisa...

— Desculpe pelo óculos... — ouvi receio em sua voz, fiquei confusa por ela sair inaudível demais não me permitindo ouvir o que ele disse.

— Ãhn? — o menino a minha frente parecia com medo. Gente eu não mordo.

— Me desculpe pelo seu óculos. — disse um pouco mais alto, dessa vez apontando para o chão.

— Quê? — quando eu disse que sou lerda eu não 'tava brincando. O vi contorcer o rosto, aposto que estava pensando que eu era a garota mais burra que já viu... Mas para ser sincera eu sou muito inteligente, o problema mesmo é a lerdeza.

— O seu óculos, desculpe por quebrar ele!

  Pulo pelo susto que o garoto tinha me dado ao praticamente gritar, o olho incrédula, por ter gritado e por falar que quebrou meu óculos... Meu óculos? Mais que ócu-

    A  'pera! É isso que eu estava sentindo falta!

   Olhei para o chão encontrando-os lá, jogados, com a lentes rachadas.

        Minha mãe vai me matar!