Acordei com o sol batendo em meu rosto, murmurei um pouco alto e logo vi que minha mãe subia rapidamente para meu quarto.
- Filha, está tudo bem? - perguntou preocupada.
- Está mãe. - falei desinteressada e com sono. - Estou apenas com sono. - falei me jogando na cama novamente.
Minha mãe assentiu. Ao sair do quarto, vi que ela estava com receio de voltar ou não para o quarto.
Sem hesitar á chamei.
- Mãe - ela voltou em segundos - Que tal irmos ao parque hoje?
Ela sorriu.
- Claro querida. - ela falou alegre - Vou me arrumar.
Ela saiu do quarto e eu fui fazer o mesmo.
[...]
Minha mãe estava comprando algo para comermos. Enquanto ela estava lá, aproveitei para olhar as crianças brincando no parque. Elas eram tão inocentes.Uma garotinha em especial chamou minha atenção. Ela tinha sorriso em seus lábios. Havia um brilho em seus olhos. Ela lembrava a minha infância a qual não me preocupava com nada.
"- Papai, papai, papai - eu corria em direção aos braços do meu pai e o mesmo me levantando no ar me girando.
Estávamos em um parque perto de nossa casa. Havia algum tempo que não o vi, ele estava viajando a negócios.
Minha mãe sorriu ao nos ver.
- Filha - ele disse assim que me colocou no chão - Você está cada vez mais bonita. - ele dizia admirado. - Eu estava com tanta saudade. - ele falou acariciando meu rosto.
Após brincarmos, deitamos na grama.
Mamãe, papai e eu.
- Um dia, - falei chamando atenção deles - eu vou ter uma família igualzinha a nossa e vamos brincar todos juntos. - falei fechando os olhos, imaginando o futuro.
- Belas palavras para uma menininha de dez anos. - meu pai falou fazendo cócegas em mim.
Minha mãe sorria.
- Você vai ser muito feliz Julliet - minha mãe falou. - E nós também."
Eu amava ficar aqueles momentos com meus pais. Eu amava ficar brincando com eles aqui.
Meus pais eram novos, naquela época, meu tinha trinta anos e minha mãe vinte e nove anos. Era legal ter pais novos, eles me entendiam.
Ao passar do tempo, alguns dias depois do meu aniversario de quinze anos, uma noticia veio atona. A doença. Meus pais não conseguem mais terem esses momentos para eles e isso me mata. Me sinto culpada por ter toda atenção. Acho que quando eu se for vai ser mais fácil. Tanto para mim quanto para eles.
Senti alguém esbarrar nos meus ombros deixando cair algo.
- Desculpa. - falei vendo que havia derrubado o celular.
- A culpa não é sua. - falou recolhendo o celular no chão. - Eu que não vejo por onde ando. - ao terminar de falar, o menino ergueu finalmente os olhos para mim.
Ele era lindo.
- Querida, só tinha esse. - minha mãe disse chegando ao meu lado com os sorvetes.
Ela parou de falar e sorriu.
- Oh, - falou olhando para o menino. - Desculpe, eu já volto. - falou saindo.
Não sei o que minha mãe tinha na cabeça.
O menino se sentou ao meu lado.
- Qual é o seu nome? - perguntou finalmente.
- Julliet, Julliet Scopelli. - falei o olhando - E você?
- Justin, Justin Bieber. - falou surpreso, não sei o porque.
Sorri para ele.
- Infelizmente, já tenho que ir, mas quando posso te encontrar novamente, Senhorita Scopelli? - falou formal.
Ri do seu ato.
- Talvez algum dia, Senhor Bieber. - falei desafiadora.
- Estarei esperando. - sorriu esperto.
O vi indo embora.
- Quem era ele? - minha apareceu do nada, me dando um susto de leve.
- Justin. - falei ainda com ele em meus pensamentos.
Sorri.
- Ele parece adorável. - minha mãe falou.
- Estranho é que ele não ligou a minima por eu ser doente. - falei ainda estranhando o fato. - Acho que ele só tentou ser legal. - falei dando de ombros.
- Isso não é verdade - minha mãe falou me olhando. - Você é incrível e merece alguém também.
- Pra que? - a olhei - Eu estou morrendo, não quero mais alguém para sofrer por mim. - falei já chorando.
Aquilo era verdade, não queria que mais pessoas sofressem. Se o visse mais uma vez iria me afastar para o seu próprio bem.
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The Last Song
FanfictionEla. Uma menina com câncer de tireóide com apenas 17 anos. Sem muitas chances ou esperanças para voltar a sua vida normal. Diagnosticada aos 15 anos sempre lutando contra a doença. E nunca acreditou que poderia amar alguém como ele. Ele. Um garoto...