Capítulo 2 - You should not come back

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Algumas semanas depois...

De novo não.

Acordei com falta de ar.

Vi meus pais correrem rapidamente para o meu quarto.

Segundos depois estava nos braços do meu pai descendo as escadas.

Depois de alguns minutos dentro do carro, me vi novamente nos braços do meu pai. Quando já estávamos dentro do hospital, senti que fui colocada em uma cadeira.

É agora.

[...]

Acordei com pessoas falando. Tentei abrir os meus olhos, mas os mesmos doíam.

Tentei novamente.

Com sucesso.

Vi meus pais conversando. Ao me verem acordada, eles vinham em minha direção.

- Está se sentindo bem querida? - minha mãe perguntou aliviada.

Assenti.

- O que foi desta vez? - perguntei com a voz um pouco falha.

- Nada que precise se preocupar. - Meu pai falou sorrindo.

Como se o fato de eu morrer em qualquer minuto não fosse de se preocupar.

- Ok. - falei.

Virei para o outro lado. Talvez se eu dormisse passaria mais rápido.

[...]

Vi uma movimentação perto do meu quarto. Segundos depois vi um garoto entrar e fechar a porta.

Ele finalmente se virou.

Justin.

- Julliet é você? - perguntou curioso.

- Sim. - respondi baixo.

- O que está fazendo aqui? - perguntou.

Suspirei.

- Meus pulmões deram chilique. - ri sem humor. - Mas por que desta confusão ali fora?

- Eu sou o Justin Bieber. - ele falou me olhando.

Eu o olhei com uma cara de "Tá, e dai?".

- Sério mesmo que você não sabe quem sou? - perguntou novamente.

Mexi a cabeça negativamente. Já estava levemente irritada.

Justin começou a contar sua história até agora.

- Eu acho que já ouvi falar de você, mas não havia prestado atenção. - falei olhando.

- E você? - perguntou sorrindo.

Suspirei sorrindo.

- Bem, minha infância foi bem divertida. - falei me lembrando de alguns momentos. - Sabe o que parque que nos encontramos? - perguntei. Ele assentiu. - Eu ia ali quase todos os dias com os meus pais. - falei vendo que ele prestava atenção. - Meus pais sempre sonhavam em ter um outro filho, mas não foi possível. - falei segurando as lágrimas. - Alguns dias após meu aniversario de quinze anos, meus pais me levaram até este hospital. - as lágrimas teimavam em descer. Justin limpou elas com cuidado. - Quando chegamos aqui, eles falaram que eu estava com câncer. - olhei para cima para conter as lágrimas. Justin me ajeitou deitando em seu peito. - Desculpe, mas outro dia eu conto o resto.

- Tudo bem. - ele falou. - Desculpe-me por perguntar sobre isso. - falou arrependido.

Suspirei.

- Não foi nada. - falei com os olhos fechados. - Foi bom desabafar - era verdade.

Senti o sono tomar conta de mim.

[...]

Acordei sem Justin ao meu lado. Meus pais estavam ali.

- Vamos querida? - minha mãe falou.

Assenti e fui me arrumar.

Meus olhos se voltaram para cama, vi que ali estava um bilhete.

O guardei.

Quando cheguei em casa, fui direto para o eu quarto. Sentei na cama e lembrei do bilhete.

"Senhorita Scopelli,

Me senti lisonjeado por você ter compartilhado comigo, se não me engano você está me devendo um encontro. Que tal irmos até aquele parque? Sábado, pode ser? Não aceito não como resposta. Te espero lá as 14h00. Até lá senhorita Scopelli.

Com amor,

Justin."

Com certeza eu iria me encontrar com o Justin, o problema era a minha mãe deixar.

Desci as escadas correndo.

- Mãe. - Chamei.

- O que foi filha? - ela perguntou saindo da cozinha.

- O pai está em casa? - perguntei olhando para os lado.

- Não, por que a pergunta? - ela perguntou desconfiada.

Sorri para ela.

- Sabe o Justin? - falei me jogando no sofá e minha mãe fez o mesmo.

Ela assentiu.

- Então, ele me chamou pra sair. - falei com um sorriso bobo.

- Quando e onde? - perguntou animada.

- Sábado no parque. - falei a olhando.

- Já sabe que roupa vai ir?

Ri.

[...]

Sábado, 13h57...

- Filha, você está linda. - minha mãe falou admirada.

Sorri.

Eu estava usando azul. Era minha cor favorita. Minha mãe também gostava pois assim como os do meu pai, os meus olhos eram azuis.

Minha mãe elevou até o parque. Ao chegar lá vi Justin de costas, observando as crianças que estavam brincando.

- Bieber. - falei me sentando ao seu lado.

- Olá senhorita Scopelli. - sorriu.

Nós conversávamos animadamente.

- Desculpe, mas não posso deixar de falar que você está linda, senhorita Scopelli.- ele falou sorrindo.

Ri do seu ato.

- Justin, pare de falar assim. - falei o olhando.

- É legal. - ele falou me olhando de volta. - É uma mania que só tenho com você, senhorita Scopelli.

- Me sinto lisonjeada. - falei entrando em sua brincadeira. - Que tal me chamar só pelo sobrenome, Bieber? - sugeri.

- Ok, Scopelli.

Sorri.

- Eu tenho que ir. - me dei conta que já ia escurecer.

- Posso te acompanhar até em casa, Scopelli?

Assenti.

Justin falava sobre coisas aleatórias. Quando me dei por conta já estávamos na frente da minha casa.

- Bem, é aqui. - falei de certa forma me despedindo.

- Agora já vou poder te incomodar em casa, Scopelli. - falou sorrindo.

- Seria uma pena.- falei sorrindo de volta. - Boa noite, Bieber.

Quando fui me virar Justin me puxou para um beijo. O beijo de Justin era calmo, era delicado. Era incrível.

- Ar. - sussurrei em seus lábios.

Quando já estava de olhos abertos, vi Justin sorrir sem graça.

Me lembrei o que havia dito para minha mãe aquele dia no parque. Não queria que mais alguém sofresse por mim.

- Acho melhor você não voltar mais. - falei o olhando.

- O que? - perguntou me olhando. - Não! Você não pode fazer isso. - ele falou incrédulo.

- Desculpe. - falei segurando as lágrimas. - Mas é melhor pra você, boa noite, Bieber.

The Last SongOnde histórias criam vida. Descubra agora