Alguns dias se passaram desde o meu encontro com Justin. Durante aquele dia no parque, achei que Justin apenas queria ser um amigo. Eu sabia que precisava de amigos, e achei que realmente havia encontrado um, mas descobri que Justin não queria apenas isso. Todos os dias, lembro do nosso beijo. Ele foi inesperado, a ação do Justin foi rápida para alguém que conheceu uma menina apenas em duas semanas. Não posso falar que não gostei, se não estaria mentindo. A ideia de estar com alguém em um momento difícil, me parecia agradável. Mas não queria que ele sofresse por mim.Depois que descobri minha doença, só pensei nela. O tempo todo. Depois de um ano e meio aceitei a ideia. Eu tinha esperança. Eu tinha esperança de que iria melhorar, iria me casar e ter uma família. Pensei que depois da minha melhora, meus pais poderiam ter até outro filho, mas ai tudo começou. Meu câncer pareceu mais invencível. Meus pais estavam sempre tristes e preocupados comigo. Eles não tinha mais vida. Mas é por causa deles que quero melhorar. E agora pelo Justin também.
Não sei como, mas eu gosta de certa forma do Justin. Não sei se é pelo fato dele não ter se importado com minha doença e sim tentado ser meu amigo. Ele é diferente. Diferente de tudo de quando criança, eu imaginei.
Nos dias que passei com ele, me senti uma pessoa normal. Uma garota normal. Uma garota que podia correr, pular, gritar, brincar, beijar sem ter com o que se preocupar. Com Justin, eu sentia que cada momento era único e que se eu deixasse passar seria um desperdício.
Estou no meu quarto neste exato momento. Meu pai foi trabalhar e por incrível que pareça para mim, a minha mãe está cochilando no sofá. Nunca a vi tão calma.
Saio pela porta e fico na varanda de casa. A brisa da noite começa a vir e isso me deixa relaxada.
Me sento nas escadas e vejo um bebê e uma mulher caminhando na rua. O bebê sorri para mim e de algum modo se solta da mãe e vem até mim.
Com seus passos desajeitados, ela cai em meu colo. Olho para a mãe e ela está sorrindo. Ela vem até nós e começa uma conversa:
- Oi - ela se senta junto a nós. -, qual é o seu nome?
- Julliet Scopelli - sorri, a mulher devia ter uns 28 anos. - e você?
- Gayle Halle. - sorriu. - E ela é Gabby Halle.
- Seu nome é lindo! - falei para a bebê.
Ela sorriu.
- Vocês são novos aqui? - perguntei.
- Eu e meu marido, James, estamos morando aqui há cerca de cinco meses.
Nossa, eu não tinha reparado que esta família tinha se mudado.
- Nós moramos bem ali. - ela apontou para uma casa branca. Típica casa de nosso bairro.
Conversei mais um pouco com Gayle, contei da minha história para ela e ela disse que ela sabia o que era isso pois a irmã gêmea dela também teve câncer, e conseguiu vencer. Gayle falou que teria que ir para casa agora, pois o marido dela iria chegar em uma hora. Combinamos de conversar todos os dias. Nos demos bem para a nossa diferença de idade.
Entrei para dentro de casa e o jantar já estava na mesa. O jantar estava divertido. Meus pais pareciam ter voltando aos seus normais.
Subi para o quarto e como estava sem sono, fui pesquisar sobre o Justin.
Ele iria vir até Carolina do Norte amanhã. Mas ele viria com a namorada.
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The Last Song
FanfictionEla. Uma menina com câncer de tireóide com apenas 17 anos. Sem muitas chances ou esperanças para voltar a sua vida normal. Diagnosticada aos 15 anos sempre lutando contra a doença. E nunca acreditou que poderia amar alguém como ele. Ele. Um garoto...