Chapter One

1 1 0
                                    

- Estão todos reunidos aqui hoje por terem sido os melhores soldados no teste para a missão secreta. Que fique claro que esta informação jamais poderá ser passada para os outros, caso contrário, terá consequências. - O rei falava sério enquanto andava de um lado para o outro no pátio.

Cinco soldados foram escolhidos naquela noite por recomendação do general ao rei e pelo desempenho em tarefas passadas justamente para a missão, que os mesmo fizeram e nem sequer sabiam o motivo de treinar aquilo.

- Vocês serão mandados para a floresta e tentarão achar alguma criatura, qualquer coisa, elfos, fadas, indígenas, sereias, enfim... Farão com que vocês encontrem o esconderijo daquelas malditas bruxas de uma vez por todas, o povo está sofrendo demais.

- Temos que capturar algum ser e fazer com que ele nos leve até o paradeiro das bruxas? - Edgar Wild perguntou.

- Sim, é exatamente isso. - General confirmou.

- Como vamos saber que estão dizendo a verdade? - Foi a vez de Leon Champ perguntar.

- Só precisamos pegar algo que eles amem muito, daremos de volta quando chegarmos ao nosso destino. - Max William respondeu a pergunta do colega.

- Não vai ser nada fácil - Lauv Maxwell disse - ouvi dizer que essas criaturas são bastante unidas.

- Nada impossível é fácil. - Aspen disse brincando com um canivete - É praticamente impossível ver uma dessas coisas, imagine capturar uma e fazê-la dizer onde é o esconderijo das bruxas?

- Não acho que seja impossível - Edgar falou simplista - mas também não acho que vai ser fácil.

O rei observava calmamente o diálogo dos soldados e observava Aspen no meio deles. Ele não tinha o corpo robusto igual o dos outros, mas algo nele o levou até alí e ele sabia, pois o general havia dito que Aspen era o mais inteligente, persistente e resistente dos outros quatro, então ele seria de extrema importância para o plano. Mesmo ele não concordando em nada com a idéia.

Aspen não era um rebelde que não apoiava o governo, mas também não era obrigado a aceitar tudo de bandeja. Se ele algo o incomodava, faria questão de demonstrar. Além disso, ele queria muito acabar com as bruxas, pois perdeu seu pai por causa de uma delas, mas duvidava que prender outro ser místico fosse a solução de todos os problemas. Como se fosse óbvia demais.

- Vocês irão partir hoje a noite. O general irá passar as demais informações. - disse o rei - Dispensados.

Os rapazes saíram do salão real e foram até a cozinha do palácio para comerem algo antes da viagem. O general os acompanhou e se juntou a eles na mesa.

- Certo rapazes, vocês entenderam o rei. Eu fiz algumas análises e coloquei alguns pontos que valem ser citados e lembrados. - os meninos se arrumaram em suas cadeiras de madeira velha - O primeiro é que o Sr. Wild será o capitão da equipe e a escolha do associado fica nas mãos dele. Leger escreverá o relatório da missão inteira, todos os dias que forem necessários. Os demais, estejam preparados.

O general saiu deixando os garotos a sós.

- Ainda acho isso perca de tempo. - Aspen disse jogando uma mochila na mesa e colocando algumas coisas dentro.

- Acho que dessa vez pode dar certo. - Lauv comentou - Tipo, ninguém nunca pensou isso antes. Planos nunca pensados e espontâneos costumam dar certo.

- Seja como for, vamos dar o nosso melhor. Leon, você fica como meu braço direito. - Edgar falou simplista antes de arrumar suas coisas.

Cada um deles começou a reunir seus pertences e pegar tudo o que fosse necessário pra saírem naquela mesma noite em busca de todos os métodos para se livrarem de uma vez por todas da ameaça das bruxas.
Saindo dali, a pé, os cinco jovens não falavam muito, não eram muito próximos. Max guiavá-os com a ajuda de um mapa, Lauv ia ao seu lado com uma lanterna.
Edgar se manteve firme a partir do momento em que foi designado líder da equipe, Leon bebia um pouco de água e Aspen era o último na fila, completamente alheio dos meninos, mas prestava atenção aos detalhes ao seu redor e capturava tudo como se fosse uma câmera. Ele tinha uma boa memória, se prestasse atenção, certamente saberia como voltar caso eles se perdessem. Para facilitar, marcava com X as árvores que passaram na primeira noite, esse seria o sinal de que estava perto do castelo. Ele estava certo que a partir de amanhã, marcaria as árvores com traços, que indicavam que estava um pouco longe de casa e assim sucessivamente.

- Acho melhor pararmos. - Max disse - O território das criaturas mágicas não é muito longe, de acordo com o mapa. Na verdade, acho que deveríamos ter chegado, mas não vejo nada.

- Vamos fazer uma fogueira, dá para nos aquecermos e não ficaremos 100% no breu. - Aspen sugeriu e todos foram atrás de madeira seca. Cada um para um lado.

Quando todos voltaram com madeira suficiente, fizeram a fogueira, montaram algumas armadilhas nas árvores e em lugares próximo ao acampamento e foram comer algumas besteiras.

- Que criatura vocês gostariam de encontrar? - Lauv perguntou.

- Sem dúvida uma sereia. - Leon disse - Dizem que as Sereias são as criaturas mais lindas que existem.

- Eu queria encontrar um elfo - Edgar disse - Eles realizam seus desejos.

- Vocês pensam muito pequeno. - foi a vez de Max falar - Eu queria encontrar um gigante! - Aspen riu - um gigante pegaria aquelas bruxas e esmagaria assim - ele socou a própria mão. Aspen ainda ria negando com a cabeça.

- E você, Aspen? - Edgar perguntou.

O dono dos olhos verdes faiscantes parou e pensou por um momento

- Eu gostaria de encontrar um homem árvore.

- Você acha que eles existem? - Lauv perguntou - Quer dizer, eles nunca foram vistos antes pois são os guardiões da floresta e ninguém nunca chegou perto de lá.

Antes que Aspen pudesse responder, um barulho, algo como um grito feminino chamou a atenção dos cinco rapazes que prontamente montaram guarda e pegaram suas armas.
O grito logo se transformou em choro e desespero. Os meninos correram em direção ao som e ao chegarem, no tal lugar, havia uma garota presa em uma das armadilhas, naquelas em que se você pisa no centro, ela prende seu pé o furando por completo.

Aquela porém, não era uma garota comum. Seus cabelos brancos cintilantes brilhavam de acordo com a luz da lua, seus olhos azuis como o céu estavam marejados e suas lágrimas tinham um brilho a mais.

Ela era uma fada. Sem sobra de dúvidas era o que ela era.

Os meninos se entre olharam surpresos e comemoraram com sorrisos e tapinhas nas costas. Exato Aspen.

Algo naqueles olhos azuis lhe pedia socorro e ele não sabia ao certo como negar aquele pedido silencioso.

Once Upon A TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora