II- O Reino

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Em um oásis alongado e pantanosos, no leste da borda do Deserto de Turfan, havia se estabelecido a tribo Arshi, que se civilizou e criou o reino Jushi.

Neste magnífico reino, acabara de ser coroado e entronado o jovem Ratre, filho de um grande rei que rechaçou as invasões dos bárbaros do norte, mantendo seu reino em paz.

Ratre era mais especialmente zelado pelo poderoso Dragão Escarlate, que lhe aparecia a cada lua nova no pagoda do outeiro para lhe passar instruções sobre como reinar de forma apropriada e como aplacar a fúria dos dragões que exigiam, a cada Festival de Ano Novo, que sete moças virgens do reino fossem sacrificadas.

O novo rei já havia presenciado as imolações em catorze festivais diferentes, mas nunca se acostumara com a sangria e sempre acabava ficando enojado e melancólico.

Apesar disso, ele estava plenamente convicto da importância do ritual.

Na primeira audiência dos ministros com o jovem rei, eles foram lhe informando sobre a situação atual do reino.

Segundo os relatórios, os soldados estavam bem nutridos e bem treinados em suas fortalezas nas fronteiras, os mercadores da Rota da Seda eram bem hospedados e podiam vender livremente suas mercadorias no mercado da praça da capital do reino, Jiaohe, as lavouras e os pastos eram produtivos, as obras hidráulicas estavam em franca expansão e as minas de ouro ainda satisfaziam os luxos da corte.

O rei recebeu ainda chefe da guarda e o senescal, para falarem sobre assuntos da administração do palácio.

Quando estava prestes a encerrar a audiência, Ratre se recordou da presença de um ministro que ainda não havia falado.

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⏰ Last updated: Nov 02, 2019 ⏰

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Os sete dragões da CordilheiraWhere stories live. Discover now