Borboletas no Estômago - Kagehina

O brilho que vem de dentro (Parte 2)

Algum Tempo Depois

Hinata saltitava de um lado pro outro, animado, já vestido com a sua fantasia de homem do saco e com a sua cesta em formato e aparência de abóbora em mãos; esta mesma estava lotada de doces que ele já havia pedido anteriormente. Ao seu lado, andando como um vampiro trevoso, o que realmente era, caminhava Kageyama; as suas presas fofas mudaram totalmente o significado do que era assustador. Seus passos eram normais, não tão alegres e contagiantes como eram "passos" do ruivo.

- E então, Kageyama. Como está a sua cesta de doces aí? - Perguntou, rindo convencido. Não tinha dúvidas de que possuía mais doces do que o seu amigo poste.

- Um pouco mais da metade dela já está cheia.

- Sério?! Me mostra aí.

O Shouyou se aproximou da campainha da casa em que estavam; provavelmente seria a última casa na qual iriam naquelas noite. Ele estava virado para o Tobio, que obedeceu ao seu pedido, virando um pouco a cesta de guloseimas para que o ruivo pudesse ver os doces dentro dela. Ela estava realmente quase cheia. Tinham doces de todos os tamanhos, tipos, gostos, marcas e qualidades; uma verdadeira mistura açucarada.

- Oh, tá realmente bem che...

Falava normalmente até ser interrompido pelos sons da porta se abrindo atrás de si. O laranja nanica se virou de imediato, já pronto para pedir por doces ou travessuras, mas se assustando e não conseguindo falar ao se deparar com quem era. Deu um passo para trás.

- Boa noite, rapazes.

Era a mesma bruxa das últimas duas vezes. Estava com a mesma roupa; tinha o mesmo corpo; a mesa voz o mesmo rosto; era sem sombra de dúvidas a mesma pessoa. Ela segurava consigo uma tigela de vidro cheia de doces.

- Doces ou travessuras! - O de cabelos negros exclamou enquanto tentava manter a tradição, estendendo a sua cesta mais pra frentes da mulher.

- Oh, claro! Aqui estão eles.

A moça retirou de dentro da tigela algumas balinhas, colocando-as dentro da cesta do mais alto. Agora a cesta dele estava muito cheia; faria a festa comendo tantos doces assim. Já na cesta do mais baixo ela vasculhou por baixo dos outros doces da tigela, puxando de lá um único doce e então entregando-o na mão de Hinata, fechando-a. Ela aproximou o recipiente da sua barriga, apoiando-o ali e sorrindo gentilmente.

- Tenham cuidado, meninos. As luzes logo começarão a ser apagadas. É melhor que vocês se apressem se quiserem sair por aí pedindo mais doces.

- Ah, certo. Obrigado pela preocupação, senhora. E boa noite também.

A bruxa sorriu uma última vez para Kageyama, acenando e então entrando dentro de casa, fechando a porta da residência; foi possível ouvir o virar da chave na fechadura. Um pouco depois dela entrar Hinata se aproximou velozmente da entrada, batendo nela com força como se ainda quisesse ou tivesse algo pra falar com aquela moça. Tobio puxou-lhe assim que tomou consciência da situação, estranhando a ação mais do que inesperada do Shouyou.

- Ei, o que tá fazendo, Hinata? Você surtou?!

- Não é nada disso, é só que...

Hinata foi intrometido pelo seu próprio corpo, caindo no chão enquanto sentia uma dor extremamente aguda dentro do seu estômago. Ele rapidamente pegou o doce que a bruxa tinha deixado na sua mão, abrindo e tirando o conteúdo da embalagem plástico um tanto desesperado. Eram uma pedra minúscula, colorida como um arco-íris, e uma fita de papel recortada; tudo o que tinha dentro. O mais surpreendente, todavia, devia ser provavelmente o que estava escrito nesse papel.