XIII- âncora

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existe em mim um nó que
não desata
ainda que eu grite, chore,
xingue
ele não solta.
ele rasga cada dia que passa ele me transforma em uma prisioneira
das minhas próprias palavras.
Há quem afirme que a dor é reflexo das minhas escolhas
mas me diz
quando não fui eu que escolhi
a dor é reflexo de quem?
Quando o nó me sufoca eu questiono
se mereço morrer?
Ou quem amarrou em minhas entranhas, em meu ser, uma corda que feito uma jiboia esmaga
e me engole pouco a pouco
me janta como se agora
eu não passasse de um corpo
com uma alma cadavérica?

Existe em mim um nó que não desata
ainda que eu lute
berre
implore
ele se mantém firme em mim.

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⏰ Última atualização: Nov 02, 2019 ⏰

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