Dynasty Haruno - KakaSaku

5 - O poder de amar

(E tudo que eu te dei se foi)
Tudo caiu
Tudo desabou
Tudo desabou
Achei que tínhamos construído uma dinastia que não poderia se quebrar

[…]

A ajuda que Konoha deu a Suna tornou o reino do deserto muito bem estruturado, Temari pôde finalmente encontrar qualidades em Sakura com esse feito. A fome chegou a taxa zero, e tantos os habitantes de Konoha quanto os de Suna estavam satisfeitos, faziam alianças comerciais entre si e o casamento entre as nações foi finalmente permitido por lei — essa que permitiu que o único quesito para ir ao matrimônio fosse o amor.

Uma ferrovia foi construída entre os reinos para facilitar a locomoção; as escolas se uniam durantes os festivais para celebrar a aliança dos reinos, e melhor, agora, dois anos mais tarde, um dos festivais iria servir — finalmente — para o casamento da rainha de Konoha. Os preparativos haviam ficado com Ino e Hinata, que com o tempo conseguiram voltar a ser amigas de Sakura, mas a própria noiva se sentia nervosa com tudo que estava vivendo. Quem diria que Kakashi voltaria sem avisos para mudar seu coração novamente? Se o amor não fosse sua maior arma, o que mais seria mais forte que esse sentimento?

— Majestade… — Ino encheu os olhos de água. — Você está tão bonita! — perdeu totalmente a postura e saltou para os braços da amiga. — Testuda!

— Obrigada, porca! — elas riram, riram como se fossem duas crianças. — Vocês também estão lindas, são as melhores madrinhas do mundo

Hinata se juntou ao abraço.

— Estamos muito feliz por você! — a Hyuuga acrescentou. — Você merece todo o amor do mundo.

Sakura refletiu por um instante, tinha sido dura com as pessoas durante cinco anos e não se permitiu ver o lado bom delas, não deixou que as amizades chegassem até ela e só agora conseguia ver o que perdeu. Se tivesse deixado Ino e Hinata serem mais próximas elas com toda certeza seriam pilares que ela poderia se apoiar quando seu coração estava estilhaçado, seriam seu consolo. Agredecia por ter conseguido enxergar isso a tempo de não fazer mais besteiras.

As vezes precisamos de um coração partido para perceber que erramos, ou até mesmo perder o que sempre esteve conosco para entender que as pessoas merecem valor. Vivemos em sociedade justamente porque sozinhos não seríamos nada, e por mais que muitas vezes essa sociedade se prenda a princípios quebrados, não podemos permitir que toda a maldade pareça natural; temos que ir contra aquilo que nos machuca, mas sem machucar aqueles que nos cercam.

[…]

Sakura adentrou a sala do rei as presas, as mãos tremiam e sem querer ela havia desrespeitado uma das leis que ela mesmo adorava impor, Kakashi iria adorar puni-la por esse feito, mas antes de tomar qualquer decisão, o Hatake esperou a esposa de acalmar.

— Amor… — ele franziu o cenho não acreditando na informalidade que ela o tratava. — Majestade…

— Sim, minha rainha… — o albino sentia tanta vontade de rir, mas se controlava bem diante aquela situação.

— Tenho uma coisa importante para contar… — os guardar entenderam imediatamente e foram se retirando, afinal, não era todo dia que a dona das leis quebrava pelo menos meia duzia delas em menos de dez minutos.

— Pode dizer, meu amor. — ele riu e se levantou. Sua diferença de altura era bem visível, mas ainda assim ele ocupou o espaço a frente da mais nova e a envolveu com os braços. — Por acaso você cometeu algum erro? — ele sussurrou ao ouvido dela obrigando-a a estremecer.

— Não… Quer dizer, sim! Mas isso não importa. — Sakura virou-se de costas o ignorando. — Eu acho que estou grávida! — ela encheu as bochechas de ar e cruzou os braços. — E a culpa é sua!!

— Só minha? — Kakashi riu, com todas as coisas que imaginou, essa era a única que não havia passado por sua cabeça.

— Eu falei pra você não... — ele a virou pra si, aproximou seu rosto do dela e flexionando os joelhos a levantou em seus braços. — Kakashi…

— Está com medo de que, amor? — o rei voltou a se sentar no trono, mas desta vez tendo sua rainha em seus braços. — Ser mãe é algo maravilhoso, você vai gostar, além do mais, quem não iria querer ser seu filho?

Sakura refletiu por um instante, não era uma ideia ruim, e por mais que várias vezes tivesse dito que não queria que isso acontecesse, era impossível dizer não ao prazer que Kakashi lhe proporcionava, ela também tinha culpa nisso, e como tinha.

— Mas tenho medo… — ela remexeu-se e por fim enfiou o rosto no pescoço do mais velho. — Odeio você…

— Não foi isso que você disse ontem, meu amor. — o prateado riu e em seguida apertou-a contra si. — Eu estarei aqui pra te ajudar, em tudo. Sempre.

[…]