Dicionário de capítulo
=>Braahkzos - São as formas de vida antropomórficas evoluídas dos elefantes. Em SONTA essas criaturas se dividem em grupos chamados de famílias, aos quais no local em que se passa o capítulo só trataremos de duas.
=>Faonems - É a forma que são conhecidos os seres desse cenário (mundo), ou seja, todos os animais que, de acordo com as teorias evolucionistas, evoluíram devido a utilização de ferramentas, fogo e/ou dedos opositores.
Era o ano de 1285 do pós Guerra das Espécies, dia 05 de Aber Son da Serenidade. Ele estava no quarto de seus pais, deitado na cama, agarrado ao travesseiro de sua mãe, tentando sentir algum resquício do cheiro suave que há anos se foi; Aristor III se lembrava dele, como Braahkzo ele não se esqueceria do perfume doce, mas sua tromba não podia mais sentir nada nas fronhas lavadas. Com lágrimas nos olhos ele se agarrava aos sentimentos de pesar e raiva. Pesar pela falta que sentia de sua mãe, Singara, e raiva por ter descoberto que sua vida era uma mentira, raiva por saber agora que seus passos foram manipulados por Asrriél X, o faonem que seria seu pai, o braahkzo que ele estrangulou.
As lembranças de noites atrás se fazia mais presente que na própria ocasião e isso o assombrará por muito tempo pois os braahkzos não esquecem.Aristor III se lembrava de ter corrido até o escritório de seu pai com determinação, aberto a porta sem cerimônias e por-se a falar...
- O que está havendo? Por que esconderam isso de mim? - disse Aristor III. -Não sou seu herdeiro, sei que Singara não era minha mãe! Mas isso não é tudo. O que eu quero saber é, quem são meus verdadeiros pais?
- Pode sair, escrava. - Asrriél ordenou a uma Escória que segurava documentos nos braços. Que obedeceu imediatamente. - Quer mesmo saber? - Retrucou Asrriél X, desdenhando da atitude do filho. - Seu moleque ingrato, insolente. Faz estardalhaço por poucas descobertas, mas não sabe nem a metade. Seu pai? Sua mãe? Nada disso terá valor em poucos dias. Se não fosse por mim você estaria morto, mas agora você pode ser mais. Pode ser o novo líder desse país.
- Quem são os meus pais? Isso que realmente importa. - Disse o jovem Aristor III buscando coerência nas ações de Asriél X. - Como você...? Por que...?
- Como e porque é óbvio. Na verdade, pensando um pouco, o "como" foi difícil, mas o "por que" é simples. Precisávamos de um herdeiro. - disse, Asrriél X, secamente. - Quem lhe trouxe a este mundo? Quem lhe deu de mamar no colo? - Desafiou o faonem que ocupava a cadeira de líder do país. - Ou quem salvou sua vida? Quem lhe criou para um propósito? Quem mataria e matou por você? - Deu a última cartada.
- Matou? Matar...? Como pode desprezar tanto a vida faonem? O que você fez? - perguntou Aristor II queI se lançou a atacar Asrriél X. - Onde estão meus verdadeiros pais?!
Um golpe na face de Asrriél.
E outro golpe atingiram a face do faonem que comandava a Torre Sancah e o país Cran-Sinali.
A briga deles é controlada pela aparente igualdade de suas forças, suas roupas de tons verde e cinza escuros, são castigadas com os puxões das suas poderosas patas.
- Fiz tudo. Tudo que pude, para dar a esse país um verdadeiro líder... - perdera o folego com um golpe na barriga. Até aquele momento Asrriél X não revidara os golpes, só segurava os golpes, quando podia.
- Minha mãe...? - Aristor III já estava tremendo de raiva. Seu alvo cambaleou recuperando o folego.
- Eu fiz tudo para esse país ter um líder de verdade, um que tivesse meu nome, minha imagem, minha história! - Asrriél X estava o encarando com seriedade.
- Não! Eu não serei um de seus... - Começou Aristor III
- Bonecos? - Concluiu Asrriél X - Eu sou seu pai, eu lhe criei, lhe construí a minha imagem, você não tem passado sem mim, não tem futuro sem mim, sou quem lhe criou! - Cuspiu lhe as palavras vermelhas como o sangue que tingia seus dentes pela briga.
- Me criou? Você matou por minha criação! Assassinou meu passado! O que mais você fez? Quem mais morreu por seu egoismo? Seus malditos planos?!
Aristor III estava furioso, o que o fez derramar lágrimas enquanto se lembrava da sua infância e de seus ensinamentos, das vezes que seus instrutores o reprimiam, e como Asrriél X o colocava na linha sempre que se distraia, sempre que bocejava, sempre que brincava com outros filhotes da Torre Suncah (Palácio do governo), sempre que era, "infantil para seu lugar", como era lembrado as pancadas de... Senhor seu pai, não, seu mestre, seu carcereiro, o faonem que roubou-lhe de sua verdadeira família, de seu verdadeiro destino.
Esses pensamentos o deram poder, oque começou a fazer sua força ser superior e dominar na luta.- Singara não era sua mãe. - Disse Asrriél X o provocando com a verdade. - Por isso ela foi tão indiferente contigo e o tratou tão mal a partir dos dez anos e por isso ela morreu.
- Morreu? NÃO! ELA FOI MORTA! ASSASSINADA! - Gritou Aristor III empurrando o suposto pai por cima da escrivaninha de madeira maciça. - Por você!
- Sim, mas para proteger lo de um destino horrível, de exclusão. - Se apoiando e levantando de baixo da mobília. - Ela o via como uma ameaça. E graças a mim, Asrriél X, um bastardo deixado para trás pelos Arma-Mata (Família de Braahksos caçadores de recompensas), por ser adotado com a morte da mãe e um pai desconhecido, agora pode governar. Agora Você pode governar o país em meu lugar! - Tentou argumentar enquanto se endireitava e se aproximava.
- Amaldiçoo você! - Aristor III se atirou golpeando a face de Asrriél X com as patas hábeis e o colocando de joelhos no chão de costas para si, atordoado. O ódio o dava forças.
- Filho eu... - Tentou falar.
- Eu não sou seu filho! - Aristor III começou a estrangular Asrriél X com sua tromba.
- Matei seus pais... fracos pra te dar um... futuro... - Gabou-se.
- Como pôde? Você não tinha o direito! Você matou toda minha família! Matou minha mãe, minhas duas mães.
- Você está me... matando... cof... filho... - Engasgando.
- O país precisa se livrar de Escórias como você. Nenhum pai ou mãe morrerá de novo para você ascender. - Aristor não poderia permitir que tal abominação continuasse a usa lo. Que continuasse a existir.
- Agora... governará... em meu lugar... - Julga Asrriél X sendo esganado, - É minha hora... de morrer... , morrer pro... mostro... que criei. - perdendo as forças.
- Cale a boca! - Ele o tinha como a pior espécie de Escória, não, ele o tinha como a pior coisa que existia em SONTA.
- O monstro que criei pa...ra acc..abarr comigo e com... tudo ! Ho... hocê ..me défe izzo... ahhh..! - Morre Asrriél X, estrangulado pela tromba de seu filho, ainda sem dar lhe as respostas que tanto quis.
"Morre o Líder da torre Suncah", isso foi a notícia que estava na primeira pagina do jornal do país, 'O Semanário Sontaliano do dia 13 do mês de Gahn-Guera da Frutificação de 1285 do Pós Guerra das Espécies', o anúncio chocou muitos, mas só foi superado pelo de que o filho de Asrriél X, Aristor III, foi cotado como o provável próximo Líder da Torre Suncah e do Ministério Superior (a Família de Braahkzos envolvidos em política, Óoorrbri).
Logo em seguida a matéria mais vendida foi, "O Sumo Conselheiro de Asrriél X, O Patra, Galvenor Goldeneye, assume o cargo de Líder da Torre Suncah e do país". Mas isso é devido ao período que leva para ser eleito um novo Líder.
Os dias se passaram e o resultado da eleição é dado no dia 01 de Aber Son da Serenidade. Aristor III será o novo líder da Torre Suncah, do País Cran-Sinali e da Família Óoorrbri. Com uma cerimônia após o final do ano no mês de Taitsu Gainhchy D'Ocaso Evanescente.
Essas memórias, dos dias corridos, foram repelidas por um clarão dantesco que atingira a janela do quarto. Aristor III se levantou rapidamente e foi para a janela ver. Era como uma bola de fogo que atingira o norte do país Cram-Sináli. Ela era a vontade manifestada dos deuses, pois um chamado retirou Aristor III de seu luto. Um plano o havia surgido, uma resposta que ele faria questão de buscar.
Pois quem é traído, enganado ou manipulado, esses, não se esquecem.
VOCÊ ESTÁ LENDO
FÁBULAS DE SONTA
Viễn tưởng"SONTA, é o cenário que escrevi em resposta a um desafio de criar um mundo com animais antropomórficos sério. Ou seja, nada de fofinhos coelhos ou ursinhos, SONTA é um mundo de consequências reais e que a cada conto se torna mais real para o especta...