Âmbar
Já é de noite estou deitada lembrando de como foi esse início de ano, estamos nas férias de julho as praias já estão boas e o lado bom é que aqui tem praia, solto um sorriso. E por mais que eu fique contente por isso, não consigo esquecer aquela bilhete amassado:
Flashback on:
Termino de fazer umas anotações que o professor pediu para entregar amanhã, olho para os lados não vejo ninguém a única coisa que vejo é um caderno debaixo da mesa, em uma grade.
— De quem é esse caderno?
Começo a folhear e vejo que a letra é linda, quando vou ver de quem é o caderno escuto alguém chegar perto, coloco a bolsa nas costas levando o caderno comigo, chego na porta e dou de cara com uma criança.— Oi? O que você faz aqui? Todos já foram embora. --- pergunta com um sorriso sapeca no rosto.
Olho para os lados no lado de fora da sala mas não vejo ninguém, olho para ele novamente e respondo: — Estava fazendo umas anotações! E você mocinho, o que está fazendo aqui?— Minha mãe está na secretaria.
—Entendi. Bom já vou indo e toma cuidado mocinho.
Falo saindo de perto dele, olho para trás com um sorriso no rosto e ele entra na sala. Não sei porque estou sorrindo mais...
— Moça esse bilhete é seu? —ele vem correndo em minha direção me entregando um bilhete dobrado depois de terem amassado.—Não, ele não é meu!
Ele fica com a mão esticada para mim, pego o bilhete e começo tirar o amassado. Ele volta para sala, olho para o bilhete novamente e vejo o meu nome dentro de um coração. Continuo andado, debaixo de uma árvore do outro lado da rua em frente a minha casa abro o bilhete e começo a ler :Oi Âmbar? Estou tranquilo por saber e ver que você está bem. Principalmente a sua mão.
Eu sei que fui safado, atentado e casador de conversa, mais nunca entendi o porquê de você falar tranquilamente comigo. Talvez as suas amigas tivessem razão. Talvez se eu percebesse antes, teria corrido atrás de você. Mais que pena, não fui tão esperto assim. Mais quando eu vi você na sala e o professor fazendo aquelas perguntas não entendi o porque. Fiquei atrás das suas amigas e quando escutei um barulho alto Juro que não sei o que me deu, eu tinha que te tirar de lá e foi isso o que eu fiz.
Depois você começou a me ignorar e eu simplesmente queria ficar perto de você, saber como você estava, conhecer você mais do que eu já conhecia.
Mais não sei o que aconteceu para você reagir assim.
Só te peço desculpas se fiz algum mal para você. E não se importa com o que as meninas acham sobre o que você sente deixa elas falarem.
Eu espero que você esteja bem e cuide bem da sua mão, e sorria porque você linda.Com carinho, Jonas
Almeida.Fashback off:
Com carinho, Jonas Almeida.
Isso ficou por horas na minha cabeça. Me viro de lado na cama olhando para a parede, e a verdade é que não entendo o porquê de não ter entregado a carta. Viro novamente na cama.
— Âmbar? Dormi.
Minha mãe ordena com a voz de sono simplesmente obedeço ela, deixando o sono vim com tudo...Dia seguinte: 9:30 da manha
Estou na frente da casa da minha vó. O mais engraçado é que essa rua não é tão movimenta mais hoje ate que está bem movimentado, principalmente pelo fato de ter uma garota estranha na frente da casa do Andre. E pelo que vejo ela esta bem irrita. O que será que ele fez.
— Isso não coisa de homem. Isso é coisa de moleque e pode avisar pra ele não me procurar. Porque agora quem não quer mais esse relação, sou eu.
Ela joga umas três papeis no chão, e sai com muita raiva ,aquela idosa sai da porta e grita pra mocinha que deve ter a minha idade.
— Não adianta você vim até aqui e falar tudo isso sendo que você sabia muito bem que ele é um moleque ainda. E que a única coisa que ele pensa é pegar garotinhas. Mais não se preocupe vou cuidar para que ele não faça mais isso.
A menina acena e limpa as lagrimas e continua caminhando com muita raiva, olho pro outro lado da rua para avó do rapaz não perceber que estou observando tudo. Ela fala algo e entra para dentro de casa escuto alguns "ai ai", "ta doendo vó" .. acabo soltando um sorriso, isso daqui esta igual comedia romântica.
— Oi princesa o que esta fazendo ? — toma um susto com o meu tio que chegou por trás de mim.
— Nada não... Só to olhando o movimento.. — Dou uma pausa e ele me olha de lado, como se estivesse desconfiado de algo, só não sei de quê.
— Humrum sei. —ele fala e eu não aguento, balanço a cabeça em negação e com um sorriso no rosto.
Ele sai da porta de entrada da casa e me olha serio. Anda um pouco na causada, vai ate a esquina, volta, para em minha frente e fica me encarando. Olho pros lados e acabo parando o olhar em alguém que se acha gordo, mas para mim ele não é gordo. Não sei da onde ele tirou essa ideia absurda.
— E esse sorriso? É por causa desse rapaz? Você é muito jovem pra estar apaixonada. Não acha? — tomo um susto com o que o meu tio Zé acabou de falar. Que loucura.
— Eu? Apaixonada? Sabe o que eu acho, é que na verdade quem esta muito velho pra estar apaixonado é você. E principalmente por uma mulher que conhece a tanto tempo. Você não acha que esta na hora de partir pra outra, titio?
— é melhor nós irmos para dentro de casa pois o sol esta muito quente e você pode se queimar, mocinha. — ele olha pro rapaz no outro lado da rua e me olha de volta.
— O que foi tio? — ele me olha serio e basicamente me empurra para dentro de casa. Fico sorrindo dele, por ter ficado chateado pela resposta, sei que não fui justa falando isso. Mais se eu não falasse agora certamente iria continuar tocando nesse assunto absurdo.. E eu nem quero ficar pensando nisso. Paixão é coisa passageira, tudo o que é passageiro passa rápido e a única coisa que fica na nossa memória são as lembranças e o ruim é que não se pode apagar só porque queremos...

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Só por hoje
Random---Vc deveria ter confiado em mim!--- Afirmo, mais agr olhando para o chão tentando evitar q as lágrimas caíssem. ---Eu confio em você..--- olho para ele sem acreditar no que diz. ---Vc nunca consigui mentir pra mim.. Porque voltou? Já não posso m...