Em um mundo repleto de dons e brigas por um pouco de prestígio de sua família, Liam nasceu sem qualquer força para ajudar sua família, se tornando então um objeto de troca em um casamento arranjado. O que sua família não sabia é de seu estranho dom...
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— Esse bastardo é totalmente louco, será que ele sabe com quem está falando?— O príncipe ficou encantado e cada vez mais curioso ao olhar para a carta era como se algo estivesse o puxando para esse destino, com um sorriso breve e uma curiosidade densa formada em seu coração se levantou dobando a carta cuidadosamente e a colocando no bolso.
—Se prepare para ir fazer o pedido. — A ordem ressoou por todo o lugar, firme e cortante. Os funcionários pararam para olhar em uma direção antes de voltarem a trabalhar sem qualquer pausa em seus movimentos, mas o mordomo estava rígido tentando deixar a resposta já pronta em sua mente sair por sua boca.
—S-s-s-sim.
Com alguma dificuldade a palavra finalmente saiu e seu corpo duro se moveu como um robô para o lado de fora. Agora ele tinha duas tarefas para executar: preparar a partida de seu amo e depois informar as boas novas para Rainha em segredo.
O Príncipe estava muito consciente das tarefas adicionais de seu mordomo, mas fingiu não notar.
"Um rato é pego quando tenta ser furtivo"
Um sorriso desdenhoso floresceu em seu rosto enquanto andava, sua mente vagou lentamente em direção a carta mais uma vez e ele não pode deixar de puxa-la de seu bolso novamente e desdobrar para ler. A letra do escritor era muito formal e claramente não pertenceu ao Liam, mas ainda tinha um cheiro doce relaxante de bala.
"Que tipo de pessoa ele será?"
Para falar assim com um príncipe, se esquecendo das tradições e tudo mais enquanto o ordenava a fazer o pedido de casamento em sua frente. O príncipe sentiu como se o garoto cego e fragil que vinha em sua mente fosse esmagado por um trator vivo e sem rumo.
Não demorou para que as notícias da ida do Príncipe até a família Porsh se tonasse uma fofoca por todo o reino, esse, claro, foi um trabalho duro da atual Rainha que sem querer soltou um comentário perto de suas empregadas não tão confiáveis.
A carruagem real já estava a caminho da casa principal da família Porsh, ela estava cercada pela multidão curiosa que não pretendia perder um único segundo desta fofoca. O Segundo Príncipe, Adolf, sorriu para a multidão de uma forma doce e quente fazendo as mulheres soltarem o ar no mesmo segundo e os homens abaixarem a cabeça um pouco insatisfeitos consigo mesmo.
O sorriso falso e trêmulo continuou a florescer na mesma direção alimentando o povo faminto por atenção, tanto, que nem perceberam quando finalmente chegaram ao seu destino e foram impedidos de entrar.
—O povo se torna mais e mais louco a cada vez que saio, me pergunto a que ponto chegaríamos se não dermos um pouco mais de atenção para eles. — O mordomo parou um instante para pensar em suas palavras antes de se abaixar um pouco em respeito e comentar sobre o assunto.
—Acredito que nada demais possa acontecer majestade, ainda mais quando são tão perfeitos e maravilhosos, o povo só tem a agradecer a família real.
