Eijiro é um ambicioso aventureiro que deseja ser mais do que o destino havia traçado para si. Em sua ânsia de prosperar ele encontra - em meio as dunas - uma bela e misteriosa criatura de olhos rubros e cabelos dourados que o convida a conhecer a ci...
Hello, darlings, sejam bem vindos. Essa é uma adaptação de uma outra fic minha que amo incondicionalmente e espero que curtam a versão do nosso otp ❤️
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A brisa morna da manhã acariciou a pele morena de Eijiro, causando-lhe arrepios deliciosos que o despertaram e o arrancaram de seus sonhos mais intensos.
Preguiçosamente abriu os olhos e, como de costume, levou alguns minutos para se localizar e compreender onde estava.
Deveria estar fitando o teto mofado e pútrido de alguma pobre estalagem perdida em meio ao nada, porém o que via era o mais belo mármore branco trabalhado a exaustão por algum grande e habilidoso artesão.
Os lençóis não eram de algodão grosseiro, cheio de restos de sementes que incomodavam a pele e causavam extremo desconforto e coceira, e sim feitos da mais pura seda, tão macia e alva que era como ter o corpo abraçado por plumas. O tecido fazia carícias, e lhe enchia de sensações prazerosas. Conforto que meses atrás acreditava ser inalcançável para alguém como ele, um pobre homem destinado a morrer miserável como havia nascido.
Porém nada era mais prazeroso do que ter aqueles braços circundando seu torso, em uma carícia ao mesmo tempo cálida e luxuriosa, um contato ao qual havia se afeiçoado ao ponto de necessitar como se fosse algo inerente a sua existência.
Volveu-se lentamente para fitar-lhe, tendo o cuidado de não a despertar. Com carinho traçou cada detalhe daquele belo rosto, tão sublime e encantador que o deixava sem ar. A tez macia e pálida incomum ao povo daquela região desértica que havia prosperado junto aos rios Tigre e Eufrates. Os lábios carnudos e convidativos os quais não conseguia resistir nem se tentasse com afinco, como se houvesse um encanto sobrenatural naquele belo ser que o embriagava e roubava toda sua capacidade de pensar.
Sim, ser. Não sabia como devia se referir aquela bela e cativante criatura que ressonava tranquilamente em seus braços, exalando um cheiro único e inebriante que o levava a loucura e desarmava todas as suas barreiras. Apesar de se parecer com um humano - extremamente belo e sagaz -, Eijiro sabia que não o era.
Bastava olhar e se perder naqueles belos olhos rubros que o hipnotizavam para lançar por terra toda sua capacidade de compreensão e discernimento, deixando-o incapaz de processar o mais simples pensamento. Havia algo de místico nele, em cada movimento e olhar, tal qual uma força que o inbuía a esquecer do resto e limpava sua mente deixando apenas a certeza de que precisava unicamente dele e ninguém mais.
Fora assim que acabara naquele belo lugar, em meio à cidade proibida de maravilhas incontáveis e exuberantes até onde a vista alcança.
Aquele ser formoso e estonteante o trouxera para aquela terra de prosperidade e perdição, onde os deuses parecem satisfeitos em ver seus adoradores em bacanais, se entregando aos desejos lascivos, nos mais diversos tipos de uniões impúdicas.
Por todos os santos! Ele mesmo sempre fora um homem reservado e otimista, que julgava outrora ser incapaz de se perder em meio a esse mundo de devassidão, estava agora ali, entregue aos prazeres da carne, subjugado pelos doces lábios e macia tez daquela deslumbrante entidade que se escondia sob a aparência de uma pessoa comum.
