O Baile (Parte 2)

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Dica da Autora: leiam escutando a música.
Obs.: Não esqueçam de entrar no grupo do facebook de Crônicas de uma pré-adolescente!

-Você quer dançar comigo? - falei me levantando e ofereci minha mão.

Ben sorriu e se levantou.

-Eu adoraria! - pegou minha mão e a levou em direção a sua boca. No momento em que seus lábios encostaram nas costas de minha mão, um arrepio percorreu todo meu corpo.

Lily! É só o Ben! Você não deveria se sentir assim!

Já na pista, coloquei meus braços em seus ombros e ele enroscou os dele em minha cintura.

Começamos a nos movimentar seguindo o ritmo de Dream a little dream of me. Aos poucos fomos nos aproximando, até que minha cabeça ficasse deitada em seu ombro e não pudéssemos mais nos aproximar, de tão colados que já estávamos, eu já podia até ouvir seu coração batendo aceleradamente.

-Adoro essa música! - sussurrei .

-É realmente linda.

Um silêncio se formou entre nós, até que uma dúvida me afligiu:

-Ben.

-Oi?

-Por que você não convidou ninguém para o baile?

Ele hesitou um pouco ao responder, mas suspirou e finalmente disse:

-Porque você é a única garota nesse mundo que eu gostaria que me acompanhasse no baile.

Desencostei minha cabeça  de seu ombro e olhei no fundo de seus olhos. Ele tinha um olhar sincero.

Ficamos nos encarando durante o que pareceu um milênio. Até que começamos a nos aproximar. Encostamos nossas testas, fechamos os olhos e eu já podia sentir sua respiração batendo contra meu rosto.

E então finalmente nossos lábios se encostaram. Seus lábios eram quentes e macios e logo senti um arrepio ainda maior que o primeiro atravessar meu corpo.

Naquele momento, não haviam mais pessoas ao nosso redor, não havia mais baile, não havia mais barulho, apenas nós dois, apenas nossos corações batendo rápido, apenas nossa respiração se fundindo em um beijo, apenas nosso amor, apenas um sonho inimaginável que agora se torna realidade.

Assim que abri os olhos, vi que a música lenta já tinha acabado, todos já estavam pulando e dançando animadamente. Eu e Ben estávamos abraçados e ainda seguíamos o ritmo de uma imaginária música lenta.

Deitei minha cabeça em seu ombro e desejei mais que tudo nessa vida que esse momento durasse para sempre.

Crônicas de uma pré - adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora