A Festa Começou

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A festa estava rolando ao redor de uma linda piscina e as pessoas estavam praticamente violando a Lei da Impenetrabilidade, que dois corpos não podem ocupar, simultaneamente o mesmo lugar no espaço.

Entrei no meio daquela multidão sendo puxada por Ally. Fui empurrada por dezenas de bundas até chegar a uma área menos lotada.

-Uhhuuu, uuuhhuu... - Ally cantarolava enquanto fazia uma dança estranha.

Comecei a ficar agoniada com tanta gente em tão pouco espaço, então resolvi sair um pouco daquele caos e pegar um ar no jardim.

Quando de repente, para minha sorte, ou falta dela, Mark apareceu visivelmente bêbado (Fala sério! Quem bebe com 14 anos? Não façam isso!).

-E aí, gracinha? - falou com a voz alterada se sentando ao meu lado.

-Mark? Eu acho que você não deveria estar bebendo, quer dizer, você só tem 14 anos.

- Você é sempre assim?

- Assim como?

- Tão responsável e sem graça? - sim, sou mesmo!

- Melhor do que ser uma alcoólatra com 14 anos! - falei me levantando.

-Calma Lily! - ele disse ficando em pé na minha frente - Eu só vim aqui dizer que você está linda, ou melhor, você é linda e que eu acho que estou apaixonado por você.

- Ah, nem vem com esse papo, a gente mal se conhece.

- Conheço o bastante para saber que você é uma pessoa maravilhosa.

- Você está bêbado Mark, não está falando coisa com coisa.

- Eu não estou bêbado!- ele disse e repentinamente vomitou em mim.

- Mark!

- Desculpa, eu... - nem conseguiu terminar a frase direito e já estava vomitando novamente em seus próprios sapatos.

- Mark, aonde é seu banheiro?

Eu perguntei e ele apenas foi me guiando casa adentro até chegarmos ao que parecia ser seu quarto. Ele entrou correndo direto para o banheiro, ficou lá por alguns bons minutos e só quando saiu percebeu o estrago que tinha feito em mim.

- Nossa, eu te sujei toda. Quer tomar um banho?

- Não precisa, estou bem! - falei sem graça, mesmo sabendo que precisava sim.

- Não precisa ficar com vergonha, é óbvio que você precisa! - ele disse e eu, envergonhada, concordei. - Se importa em usar uma roupa minha? - perguntou e só balancei a cabeça negativamente.

Foi até seu armário pegou uma camisa e uma bermuda e jogou para mim.

-Pode usar a toalha que está no banheiro.

[...]

Assim que saí do banheiro, vi Mark jogando um vídeo game violento qualquer usando somente uma cueca, bem ridícula por sinal.

Assim que me viu, tomou um susto e se escondeu atrás da porta do armário, rapidamente vestindo uma roupa.

- Nossa você ficou uma gata com essa roupa! - zombou ele e eu só suspirei de raiva.

- Mark, eu estou indo embora, ok? Porque já não basta eu ter que enganar meus pais para vir nessa sua festinha, ainda ganhei vômito na cara e você não para de falar besteira! - disse já estressada com a situação.

- Lily, me desculpa!

- Tchau Mark! - falei e saí rapidamente com passos pesados de raiva, já me preocupando em como explicaria a situação para os meus pais.


Crônicas de uma pré - adolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora