Um grupo de amigos de longa data decidem festejar o Natal num chalé que visitavam quando crianças, em Ouray, Colorado
Essa era uma semana importante para todos eles, pois seria a última vez que iriam estar juntos, no final do ano cada um seguiria um...
O cenário lá do alto era linda, toda a neve a cobrir a montanha era magnífico e completamente viciante, de tal forma que por momentos esqueci-me de que o assento onde eu estava sentada era bastante frio, deixando o meu rabo completamente congelado e humedecido. Porém, o que eu mais estava a tentar ''ignorar'' era a companhia de J.C.
Assim como eu, ele apreciava a paisagem do teleférico com muita emoção e um sorriso no rosto, e, por incrível que pareça, mesmo com roupas extremamente finas e frescas, J.C não aparentava ter frio. Fiquei tão envolvida com aquela situação que cheguei até mesmo a sentir vergonha de tremer devido ás temperaturas baixas que pairavam dentro daquele espaço pequeno e fechado. As minhas enormes malas deixavam-nos bastante apertados no teleférico.
J.C olhou para mim e finalmente quebrou o barulho das cordas a moverem o teleférico pela montanha, dizendo:
-Mesmo vindo aqui todos os anos, isto não deixa de ser uma coisa especial...
-É...- Concordei com ele sorrindo pela janela, observando as montanhas - É tão lindo.
-Pena esta ser uma das últimas vezes que vamos poder estar aqui - Afirmou um pouco mais cabisbaixo, falando num tom de voz triste no qual nunca presenciei.
-Vá lá - Tentei animá-lo com um soco leve no ombro dele - É para isso que aqui estamos, para estar juntos! Vais ver que te vais sentir melhor.
J.C levantou-se do banco dele, retirando do caminho todas as malas que nos apertavam e separavam, pousou todas, uma a uma, no banco onde á segundos estava sentado, deixando o lugar mais espaçoso, e de seguida, direcionou-se ao meu banco e sentou-se, ficando ao meu lado.
-Agora sim, estou bem melhor - Disse-me com um sorriso.
Não respondi, a única coisa que eu senti foi o meu coração a bater rapidamente e se não fosse todo aquele frio, o meu rosto já estaria completamente vermelho de envergonhada. Mas mesmo assim, a minha mente ficou baralhada demais, e em segundos, confirmei que não sou boa a ficar ao lado do crush sem começar a dizer coisas aleatórias.
Falei num tom mais rápido do que imaginava, numa sequência confusa e baralhada:
-É! Sim! Claro! - Quando vi que tinha ficado baralhada, estiquei o meu braço e dei-lhe um soco de amigos no ombro - Pareceeeiro!
J.C apenas respondeu com um sorriso fraco e virou-se de volta para a janela. Revirei os olhos para mim mesma e levei frustrada a mão á testa, expirando silenciosamente muito ar. Agora ele achava que eu era uma louca muito estranha! Perfeito!
-Merda - Disse apenas mexendo os lábios.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Olivia
Leo parecia ainda um pouco assustado dentro do carro, quando até eu mesma me acalmei, dei a volta ao carro e fui até ao vidro da porta do lado do passageiro que já estava a ser lentamente aberto por ele.
