Dia 6

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"Scarlet, o jantar está pronto!" Grita minha mãe do andar debaixo.

Saiu da cama e vou ai seu encontro na cozinha onde a vejo colocar meu prato.

"Parece delicioso, mãe" Elogio ela antes de pegar meu prato e dar um sorriso pra ela.

De repente houve batidas altas na porta da frente. Eu escuto minha mãe resmungar reclamando das pessoas que não tem a consideração de respeitar o horário de refeição dos outros. Ela vai até a porta com uma travessa de comida numa mão.

"Desculpa, mas não estamos interes-" ela começa a falar mas para de repente e logo em seguida escuto um barulho de algo se espatifando no chão.

Eu vou correndo até a porta para ver o que estava acontecendo e me deparo com dois homens parados à porta vestindo uniformes militares.

"Nós lamentamos", foi o que eles disseram e o apenas isso que precisavam dizer.

"Não!", eu gritei enquanto me chocava de joelhos no chão. "não, meu pai, não!!"

"Pai..." eu sussurrei.

Eu começo a tremer, meu corpo se descontrola por conta dos soluços dos choros. Eu não paro de tremer e fica mais forte.

"Scarlet!" uma voz me chama ao longe.

"SCARLET!", e eu acordo sobressaltada, me levantando abruptamente tentando controlar minha respiração. Eu coloco a mão no peito enquanto limpo minhas lágrimas. Olho em volta e vejo Lauren ajoelhada do lado da minha cama me encarando e segurando meus ombros com firmeza. Ela era quem estava me sacudindo e me chamando.

Eu olhei para o relógio e dava 5:53, quase hora do sol nascer. Resolvi pegar minhas coisas e ir ao banheiro, enquanto Lauren estava sentada na sua cama me encarando.

"Desculpe por eu ter te acordado". Eu digo a ela.

Do lado de fora era maior do que ela imaginava. Havia uma pequena mesa de vidro com duas cadeiras, um spa no solo para 4 pessoas, um balanço de pneus e uma maquina de lavar roupa. Fui até o balanço do pneu e subi, esperando e observando o céu enquanto ele ficava cada vez mais brilhante.

Eu estava mais do que envergonhada por Lauren ter me visto ter um pesadelo, um dos piores que eu já tive em semanas. Eu estava com medo dos insultos que ela iria me lançar, e sabia que ela diria a todos os seus 'amigos' exatamente o que havia acontecido. Pensei em pedir a ela para não contar a ninguém, mas desisti. O pensamento de eu não querer que alguém soubesse provavelmente a faria querer contar a mais pessoas. Eu decidi ficar de boca fechada.

Eram 6:47 quando o sol surgiu das árvores no vale. O céu se transformou em um belo ouro, as nuvens dispersas brilhando em um rosa brilhante como fio de fada. Foi o nascer do sol mais bonito que eu já vi em toda a minha vida, e eu só queria compartilhar a experiência com outra pessoa. Qualquer outra pessoa.

Quando entrei, o céu estava com uma linda luz azul e o sol estava bem e verdadeiramente alto. Desci do balanço dos pneus e entrei, esperando dormir um pouco mais. Quando entrei pela porta dos fundos, vi Lauren sentada na pequena mesa de jantar, devorando seu café da manhã. Ela silenciosamente empurrou meu prato em minha direção e eu a olhei desconfiada.

"Eu não a envenenei." ela disse sem expressão.


"Vou torcer que não." Eu respondi, sentando-me e cuidadosamente cortando a comida em pedaços pequenos.


Comemos em silêncio, e assim que terminei, peguei meu prato junto com o dela e os levei para a pia para lavar a louça. Os únicos sons que eu podia ouvir eram os pratos batendo na pia e o som do toque de Lauren toda vez que ela recebia uma mensagem de texto.

ISOLADASOnde histórias criam vida. Descubra agora