Olimpus III - A Escapada

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        Seu Arthur se recostou sobre a cadeira, suspirou e coçou o cavanhaque.

        ― Sim. Estão fechando os malditos portões. Serão completamente fechados ao meio dia, para não permitir a entrada das criaturas sem controle, que eles mesmos criaram.

        K olhou fixamente para ele.

        ― Como assim “criaram”?

        ― Algo deu errado meu jovem. E agora temos criaturas famintas por carne humana em toda parte. De quem você acha que é a culpa?

        ― É. Você tem razão.

        ― Onde está Khris?

        ― Não faço ideia seu Arthur.

        ― Não vamos perder tempo. Vamos encontrá-la e vamos todos para dentro dos muros.

        ― Sim, sim.

        Saímos de dentro daquela sala, partindo em direção as salas. Não andamos muito antes de ouvir barulho de ranger de dentes e suspiros de prazer.

        Atrás de nós permaneciam parados olhando para nós dois seres. Seus corpos mutilados mostravam seus esqueletos aumentando, se tornando feras com armas ósseas.

        Extremamente divertido.

        Concordo, só que não.

        Como você é engraçado cara.

        Não brinca! Sério?

        ― Ei, Romeu!

        ― Sim?

        ― Acorda, estamos meio que em perigo aqui.

        ― Desculpe-me Seu Arthur.

        Levou bronca.

        Desgraçado.

        Uma das criaturas avançou correndo rapidamente. Usando uma das adagas que roubei da minha ex-professora de física, lhe cortei um braço que teria acertado o rosto de K em cheio. O sangue jorrou e coisa grunhiu. O chão já estava ensopado de sangue, quando a outra criatura alçou voo vindo direto na direção do seu Arthur com suas garras com forma de curvada.

        Apertei os olhos quando percebi o contato eminente. Um barulho de ossos se partindo. Ao abri meus olhos vi as garras da criatura quebrando a bater nas tiras de metal que envolvia o antebraço em forma de rede.

        ― Seu...

        ― Nem todos se transformaram nessas coisas garotos... AGORA SAIAM.

        ― Mas podemos ajudar.

        ― Saiam, salvem as garotas e quem mais vocês puderem, e vão pra dentro dos muros. ― Ele dizia enquanto socava a cara do monstro, onde quer que ela esteja ― Por favor. VÃO!

        Corremos direto para as salas. Passando por cima de qualquer coisa, que aparecia no caminho.  Avistamos ao longe uma daquelas criaturas sendo jogada pela porta de uma das salas. Chegamos mais perto para poder ter uma visão melhor. Uma grande surpresa. Quando a criatura levantou-se do chão levou um chute inesperado na lateral sua cabeça, arrastando-a até encontrar com a parede. O chute foi tão forte que destruiu a cabeça da criatura.

O Temível Circo do Senhor ErebusOnde histórias criam vida. Descubra agora