ter dezessete anos não era nada do que eu esperava.
ainda mais baseando minhas expectativas nas experiências do outro lado do atlântico.é um peso ter a ciência de quase duas décadas de existência.
que parecem terem se passado em cinco anos.na espera de algo que não existe
dói parecer que não aprendi nada, e dessas coisas, não sei se ainda tenho tempo pra aprender
cada vez mais me distanciando de qualquer sentido que possa ser dado a isso
percebo esse corpo mole e frágil onde persisto, que vem me incomodando a cada movimento que faz junto da existência dessa carência de necessidades
me lembro de ser tão feliz quando criança
é estranho olhar filmes antigos estando num corpo no qual não reconheço mais
tenho dúvidas se ainda me pertence.não sei cuidar dele, não sei cuidar de mim, não sei se ele sou eu, ou se eu sou ele ou se nós somos apenas um.
à esse ponto tenho repetido que não sei trinta vezes ao dia, e a meia noite e ponto mais vinte.
talvez uma coisa eu tenha aprendido; por aqui é necessário dinheiro para ter sua vida como válida
e as vezes sinto como se já tivesse fadada a nascer morta.
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verde púrpura
Poetryamontoado de textos de minha autoria que ilustram alguns pensamentos fixo-momentâneos em processo de construção (e desconstrução) essas coisas preciso arrumar uma capa melhor