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Ruel e eu estávamos deixando as coisas simplesmente fluírem, sem nenhuma pressão. Exceto pela Evie, os nossos amigos ainda não sabiam sobre nós e aquilo fazia com que eu tomasse cuidado quando estávamos com eles, tudo para não demonstrar sentimentos demais.
Eu gostava do rumo que as coisas estavam tomando, mesmo que uma voz na minha cabeça, insistisse em dizer que aquilo iria estragar completamente tudo o que tínhamos.
— Você está escutando Ed Sheeran? Achei que você era gangster. — Ruel riu, assim que entrou no meu quarto.
— E eu sou! Mas não custa variar um pouquinho. E aliás, o que você está fazendo aqui?
— Eu vou dormir aqui, sua mãe me convidou. — Ele deu de ombros, supernormal. Assenti e então aumentei o volume do celular, cantando a música em seguida. — Eu sou fã dessa sua versão apaixonada, por mim.
— Por você? — Eu ri alto, que situação. — Sua autoestima é ótima.
— Tudo bem Cami, eu não te julgo, eu também me apaixonaria por mim.
A frase fez com que eu gargalhasse, a melhor parte de estar com alguém como ele, é que ainda éramos melhores amigos, apesar das circunstâncias.
— Darling, you look perfect tonight. — Ele cantou baixinho, sorri em seguida.
— Não só nessa noite, eu estou perfeita, sempre.
— E depois sou eu quem tenho autoestima alta. — Ele riu, enquanto se aproximava de mim. — Mas você tem razão, você está sempre perfeita.
Sorri e então repousei os meus braços em seus ombros, roubei um selinho, ele sorriu em seguida e então eu senti o meu coração acelerar mais uma vez. Ele fechou os olhos e em seguida segurou a minha cintura, me movimentando para o lado.
— O que você está fazendo? — Eu ri, ele continuou com os olhos fechados.
— Estou dançando com você.
— Aqui? E do nada?
— Você deveria fechar os olhos e imaginar qualquer coisa, tudo é possível na nossa imaginação.
Eu ri enquanto observava o seu rosto, Ruel era fofo e esquisito ao mesmo tempo. Porém decidi seguir seu conselho e fechei os olhos, tentando imaginar qualquer coisa aleatória.
Ainda com os olhos fechados, senti seus lábios tocarem os meus. Ele estava sorrindo durante o beijo e aquilo fazia com que a minha frequência cardíaca ficasse ainda mais acelerada, eu teria um ataque cardíaco se continuasse com ele.
— O que nós somos?
— Amigos, não é? — Ele sorriu, revirei os olhos ao perceber que era uma piada. — O que você quer que a gente seja, Cami?
Senti o meu estômago revirar, enquanto olhava no fundo dos seus olhos que pareciam verdes graças à luz do sol. O que eu queria? Eu nem sequer sabia se estava tomando a decisão certa, ele não deveria esperar que eu decidisse aquilo.
— Eu não sei o que eu quero que a gente seja mas de uma coisa um tenho certeza. — Ele me encarou curioso, eu sorri em seguida. — Eu quero você comigo, para sempre.
