- A senhorita tem um advogado? O policial que estava parado do lado de fora da sala agora estava me observando com um olhar divertido, provavelmente ele ouviu toda minha discussão com Frank e como o amaldiçoei de todas as formas.
-O que disse? Perguntei meio sem energia.
- Perguntei se já tem um advogado? - O rapaz saiu da sala tão rápido que não tive tempo de perguntar se ele era seu advogado ou se ia mandar alguém para lhe representar.
- Não, ele não era meu advogado, ele era meu noivo, ou ex-noivo. Ele acabou de terminar comigo, ou eu terminei com ele, ainda não sei bem dizer em que status está nosso relacionamento. Dei um sorriso fraco em resposta.
- Bem talvez ele não tenha terminado ainda, ele te deixou com o anel, - ele apontou para minha mão antes de completar, - Geralmente nós pedimos o anel de volta ou as mulheres costumam jogar na nossa cara, ele sorriu maliciosamente antes de completar, - dizendo que acabou, e outras coisas mais.
- É, talvez, respondi sem vontade,- mas ele não me deu tempo para fazer nenhuma dessas ações, em primeiro lugar eu estou algemada, e sem segundo, acho que ele estava com pressa.
- Talvez, - ele respondeu enquanto esfregava a mão no queixo, - ele ainda pode te surpreender?
- Não sei se ele faria isso, respondi. - Surpresas não fazem parte do perfil dele. Mas por enquanto eu não quero falar sobre Frank, quero saber o que vai acontecer agora, digo, quando poderei falar com o delegado? Vocês não podem me trancar aqui sem ouvir meu depoimento, eu sei os meus direitos, eu só quero explicar que tudo isso é um grande mal entendido, eu não matei aquele homem, eu nem conheço o homem. Eu sou inocente.
- É o que todos dizem, moça. Ouve-se muito disso por aqui. Eu o encarei séria. - Sem ofensas; ele acrescentou rapidamente.
Descartei sua tentativa de piada dando de ombros, eu estava cansada demais para entrar em qualquer tipo de conversa mais profunda, eu só queria falar com o delegado e explicar o que havia acontecido, que eu não tinha nenhum envolvimento com a vítima e que tudo não passava de uma grande confusão, eles que se virassem para investigar o caso, eu só queria ir embora dali, voltar para minha casa, tomar um banho demorado acompanhado de uma taça de vinho e esquecer dos acontecimentos das últimas horas.
- Agora, o policial voltou-se em minha direção, - a única coisa que posso fazer por você, é deixa-las mais confortável, eu deveria levá-la a uma cela, ele olhou pela porta aberta para ver se tinha alguém no corredor, como estava vazio ele continuou, - vou coloca-la em uma sala com uma acomodação um pouco melhor que de uma cela. Você terá que passar a noite aqui. – Eu ia começar a protestar, mas ele me interrompeu. - Sinto muito por isso, moça. Mas amanhã o delegado estará de volta e tomara seu depoimento e fará a abertura de um inquérito.
- Um inquérito? -perguntei confusa. - Mas precisa mesmo de tudo isso?
- Sim, moça. Somente com a abertura do inquérito é que podemos abrir um processo. Após ouvirmos seu depoimento um processo será gerado, vamos anexar todas as evidências do crime, elas podem ser a seu favor ou contra, tudo depende do desenrolar das buscas, e o que o delegado e sua equipe vão encontrar no local do crime; Após tudo isso, o caso vai para o juiz da comarca, ele analisa os dados e dá sua sentença.
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Destinos Cruzados
أدب الهواةClaire Beauchamp estava acostumada a lidar com perdas desde muito cedo. Aos cinco anos de idade perdeu seus pais. Aos quinze se viu sozinha quando seu tio desapareceu misteriosamente em uma expedição. Mesmo com tantos desafios e perdas, viu-se acolh...