Capítulo 3

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- A senhorita tem um advogado? O policial que estava parado do lado de fora da sala agora estava me observando com um olhar divertido, provavelmente ele ouviu toda minha discussão com Frank e como o amaldiçoei de todas as formas.

-O que disse? Perguntei meio sem energia.

- Perguntei se já tem um advogado? - O rapaz saiu da sala tão rápido que não tive tempo de perguntar se ele era seu advogado ou se ia mandar alguém para lhe representar.

- Não, ele não era meu advogado, ele era meu noivo, ou ex-noivo. Ele acabou de terminar comigo, ou eu terminei com ele, ainda não sei bem dizer em que status está nosso relacionamento. Dei um sorriso fraco em resposta.

- Bem talvez ele não tenha terminado ainda, ele te deixou com o anel, - ele apontou para minha mão antes de completar, - Geralmente nós pedimos o anel de volta ou as mulheres costumam jogar na nossa cara, ele sorriu maliciosamente antes de completar, - dizendo que acabou, e outras coisas mais.

- É, talvez, respondi sem vontade,- mas ele não me deu tempo para fazer nenhuma dessas ações, em primeiro lugar eu estou algemada, e sem segundo, acho que ele estava com pressa.

- Talvez, - ele respondeu enquanto esfregava a mão no queixo, - ele ainda pode te surpreender?

- Não sei se ele faria isso, respondi. - Surpresas não fazem parte do perfil dele. Mas por enquanto eu não quero falar sobre Frank, quero saber o que vai acontecer agora, digo, quando poderei falar com o delegado? Vocês não podem me trancar aqui sem ouvir meu depoimento, eu sei os meus direitos, eu só quero explicar que tudo isso é um grande mal entendido, eu não matei aquele homem, eu nem conheço o homem. Eu sou inocente.

- É o que todos dizem, moça. Ouve-se muito disso por aqui. Eu o encarei séria. - Sem ofensas; ele acrescentou rapidamente.

Descartei sua tentativa de piada dando de ombros, eu estava cansada demais para entrar em qualquer tipo de conversa mais profunda, eu só queria falar com o delegado e explicar o que havia acontecido, que eu não tinha nenhum envolvimento com a vítima e que tudo não passava de uma grande confusão, eles que se virassem para investigar o caso, eu só queria ir embora dali, voltar para minha casa, tomar um banho demorado acompanhado de uma taça de vinho e esquecer dos acontecimentos das últimas horas.

- Agora, o policial voltou-se em minha direção, - a única coisa que posso fazer por você, é deixa-las mais confortável, eu deveria levá-la a uma cela, ele olhou pela porta aberta para ver se tinha alguém no corredor, como estava vazio ele continuou, - vou coloca-la em uma sala com uma acomodação um pouco melhor que de uma cela. Você terá que passar a noite aqui. – Eu ia começar a protestar, mas ele me interrompeu. - Sinto muito por isso, moça. Mas amanhã o delegado estará de volta e tomara seu depoimento e fará a abertura de um inquérito.

- Um inquérito? -perguntei confusa. - Mas precisa mesmo de tudo isso?

- Sim, moça. Somente com a abertura do inquérito é que podemos abrir um processo. Após ouvirmos seu depoimento um processo será gerado, vamos anexar todas as evidências do crime, elas podem ser a seu favor ou contra, tudo depende do desenrolar das buscas, e o que o delegado e sua equipe vão encontrar no local do crime; Após tudo isso, o caso vai para o juiz da comarca, ele analisa os dados e dá sua sentença.

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