Unicamente minha

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"Você sabe que eu quero você,

Não é um segredo que eu tento esconder.

Eu sei que você me quer,

Então não diga que nossas mãos estão amarradas..."

Já haviam se passado quase três meses após a noite em que o Kazekage sofreu o último atentado. Desde então, Shikamaru havia retornado a Konoha para preparar seu casamento enquanto Ino e Chouuji ficaram para auxiliar na implantação de uma clínica médica.

Durante todas as noites que se seguiram, Ino e Gaara as passaram juntos, dividindo bem mais que os lençóis e fazendo com que sentimentos bem mais fortes despertassem em ambos.

Aquela era mais uma tarde quente e ensolarada em Sunagakure, porém para a jovem Yamanaka era diferente de todas as outras.

— Ino, eu vou falar pela última vez... – Temari disse com a mão nos olhos tentando se acalmar – Pare de andar de um lado para o outro. Estou ficando tonta.

— Desculpe – sorriu sem graça e sentou-se em uma das cadeiras livres da sala – Estou ansiosa com a chegada deles. Faz tanto tempo que não os vejo.

— Deixe Ino em paz Temari – Gaara disse sem tirar os olhos do relatório.

Temari riu.

Não sabia o motivo para aqueles dois fingirem que nada havia mudado entre eles. Era nítido as trocas de olhares, os sorrisos fora de hora, o hábito de estar sempre no mesmo ambiente que o outro. E era exatamente isso que estava acontecendo agora... O Kazekage estava sentando despreocupadamente na sala da enorme casa lendo alguns relatórios oficiais ao invés de estar enfurnado em seu escritório, como sempre fez desde que assumiu o cargo.

— Por que mesmo você decidiu ficar na sala conosco? – a mais velha questionou com uma sobrancelha arqueada.

Gaara franziu o cenho sem desviar o olhar de sua leitura.

— Decidi mudar um pouco o ambiente. Estava me sentindo em uma jaula dentro do escritório.

— Certo... Então Ino e eu iremos para a clínica, não vamos te atrapalhar – ela ameaçou se levantar, porém o ruivo a encarou surpreso.

— Não tem necessidade, eu gosto da companhia de vocês.

Temari riu.

— Sei.

— Kazekage-sama – um dos ninjas apareceu na porta – Os ninjas de Konoha já chegaram.

— Finalmente! – Ino saltou da poltrona e olhou o ruivo – Posso ir recepciona-los?

Ele sorriu e assentiu a vendo sumir pelos corredores em seguida.

— Você não me engana – Temari cruzou os braços.

— Não sei do que está falando – o Kazekage voltou a atenção a leitura, porém sua irmã insistiu.

— Eu vejo a forma como a olha, vejo a forma como sorri para ela e vejo até mesmo a tentativa descarada de ficar sempre no mesmo lugar em que ela está. Por que não assume o que sente de uma vez?

O ruivo respirou fundo.

— Porque eu não sei o que eu sinto.

— Como não?

— Temari, eu nunca tive... Isso – ele colocou a mão no coração – Nunca tive sentimentos bons... Você mesma sabe que sempre fui comandado pelo meu instinto... E agora estou confuso – bufou e passou a mão pelo rosto – Até Shikaku se sente mais calmo quando ela está por perto.

O KazekageOnde histórias criam vida. Descubra agora