O alfa

1º ciclo: When Opposites attract

•Park Jimin•
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O relógio parece ser inimigo do humano, o tempo sequer de acordo com nossos afazeres.
Oh céus, acorde Park Jimin! Você precisa tomar seu banho e ir trabalhar. Não é todo dia que se arruma um emprego novo, ainda mais quando a indicação é de um mais renomados senior da empresa.

Aqui em Chicago, a cidade corre junto com o tempo e por isso procuro me adiantar em levantar da cama e remover de meu corpo o cobertor amarelo que lutava para sair de mim como se me puxasse para dormir mais um pouco.

Eu me levanto e calço as pantufas, andando até a gaveta de meu armário aonde procuro algo que combine com a empresa. Todos os alfas sempre estão bem vestidos, desta vez é o momento de um ômega mostrar que pode ser capaz em um universo completamente diferente.
Por bem, eu corro até o banheiro e já começo a me despir.

[ '''Celular tocando''']

Observo o aparelho encima da pia, meu sorriso se fez presente quando li o nome "mamãe" no visor e corri atende-la. Eu estava morrendo de saudades dela. Depois que vim morar com meu pai, pouco nos falamos.

—Mamãe! —Aceito sua chamada de vídeo e a vejo abrir um sorriso gigantesco.

—Meu Jiminzinho! —Sua voz era doce, assim como tudo que me lembro dela. — Estou com saudades. Como anda as coisas? Apenas liguei para desejar boa sorte em seu novo serviço.

—Está tudo bem. E ah, obrigado! Tenho certeza que me darei muito bem com a sua força positiva, mãe.

Ao falar isso ela se despediu com um aceno. Minha mãe So Tayeon, é uma criadora de conteúdos de marca para empresas de moda, ela sempre procurou empresas iniciantes para ajudar a crescer. Ela mora na Coreia, e contém dias que eu morro de saudade apenas do perfume de rosas dela.

Sem muitos pensamentos afetivos, volto a minha posição normal, ligo o chuveiro e observo as primeiras gotas frias caindo para só depois entrar na água morna. Meu lobo se encontra um pouco agitado, um pouco confuso e estranhamente bem.

Termino meu banho e me enrolo na toalha, indo para frente do espelho pegando minha escova de dentes e a pasta para uma higiene bem feita em minha boca e só depois de me perfumar, de me pentear que eu saio do cômodo e vou para meu quarto colocar minha roupa.

— É sério, achei que nunca ia sair daquele banheiro! — Taehyung diz ao abrir a porta do meu quarto com uma risada. — Bom dia, irmão.

Eu dei uma risada baixa antes de responder: — Que nada, Taehyung. Não precisa exagerar né? —Virei meu rosto para ele enquanto vestia minha calça e sorri divertido.

— Mas é a verdade. —Meu irmão sorriu e se sentou na cama me observando trocar de roupa um tanto que as pressas. — Papai mandou avisar que hoje estará fora. Ela vai sair com aquela senhora dos gatos. Ambos estão negociando aquele lance da hipoteca.

Meu pai é um alfa lúpus, até então ao meu ver, o mais esforçado de todos. Meu irmão, Taehyung, está na fase de descobrimento de um alfa, por mais que tenhamos diferença de idades curtas, ele é o irmão mais velho. Já eu, ômega lúpus, ou como costumam proferir, o mais raro da escala de ômegas.

Existe uma escala de ômegas, como se fossem pirâmides de uma grande cadeia, mas prefiro dizer que seria uma pirâmide monarca, aonde o mais forte sempre acaba ficando no topo. Normalmente eu diria que os betas são sempre os que mais estão no topo, devido as especializações que acabam ocorrendo constantemente. Sempre tive vontade de conhecê-los.
Mas aqui no meu mundo, digo que minha classificação de ômega, é a mais cara e rara.

—Hipoteca? É uma desculpa para ele levar ela para um encontro. —Eu disse. Soltei uma risada quando meu irmão colocou seu indicador na boca, sinalizando que iria vomitar. — Oh, pelos deuses, Tata! O papai está com idade para novos encontros.

— Que seja. —Revirou os olhos e sorriu — E aí, barzinho hoje a noite?

— Ah... eu não sei...

— Qual é Jimin! — Exclamou inconformado. — Vamos comemorar seu novo emprego.