Meu abrigo

181 14 61
                                    

__Lili!- corro atrás dela pelo corredor- Espera!

__Como ela pôde, Cole? Como ele pôde?- ela se vira para mim, antes de entrar para o elevador. Ela estava com o rosto inchado pelas lágrimas, seus olhos vermelhos e a maquiagem borrada, essa visão quebrou o meu coração.

__Vem cá.- estendo meus braços, lhe oferecendo um abraço, ela logo se joga nos meus braços e começa a chorar em meus ombros.- Não fica assim...- começo a acariciar seu cabelo- Ela sempre foi assim... Carine é assim...

Ela se solta de meus braços e me encara.

__Espera, como assim? Vc já a conhecia?

__É uma longa história...

__Temos tempo, sabe porquê?- nego com a cabeça.- Uai, não vamos viajar?-ela sorri.

Dou um sorriso e a abraço.

Um abraço aconchegante, acolhedor e pude sentir seu cheiro que era tentador, aquele cheiro maravilhoso que só ela tem, um cheiro doce e cítrico ao mesmo tempo, que lembra as flores, não sei explicar, mas é muito bom e não me refiro só ao seu perfume, mas seu cheiro natural.

__Obrigada Cole.- ela diz abafado, pois seu rosto estava em meu ombro, chorando.

__Não precisa agradecer, eu sempre fui seu amigo e sempre serei, não importa o que acontecer.

__Eu preciso agradecer sim, mesmo que eu o tenha magoado quando fui embora e voltei, causando uma confusão, vc veio até mim e ficou aqui por mim, me ajudou, eu...- ela fica em silêncio.

__Vc...

__Eh...-ela solta de meus braços.- Hum... vamos?- ela aponta para o elevador.

__Vamos...- olho para ela meio confuso.

Entramos no elevador, ela foi em silêncio e eu a acompanhei.

Chegando no carro, ela entra na parte do motorista e diz:

__Eu dirijo.- lhe jogo a chave e ela pega.

Ela acabou indo um pouco rápido demais, sabe?

Me deu até um pouco de medo, mas era bom vê-la daquele jeito, ela estava sorrindo e gostando da experiência de dirigir aos 80 km/h.

Confesso, foi demais, mas como nem tudo são flores, uma sirene começou a tocar atrás de nós.

__Que droga!- ela disse batendo as mãos no volante.

Ela estacionou o carro no meio-fio e o policial apareceu na janela de seu lado.

__Olá senhora...

__Senhorita.

__Sim, senhorita.- ele disse e vejo seu olhar no decote de Lili, cretino.- A Srta estava andando em uma velocidade não permitida pela lei.

__Eu sei, sr.Policial...- ela lê o nome dele no crachá.- Holts. Eu estou aprendendo a andar ainda- ela começa a falar com um beicinho.- eu ainda não sei pilotar direito...

__Está bem, como vc é uma linda garota em aprendizagem vou deixar essa passar, só diminua um pouco a velocidade.

__Ok, policial.- Lili da um sorriso de canto de boca.

__Tenham uma boa noite!- O policial cretino diz, ainda encarando os seios de Lil.

__Que cretino esse cara, não achou?- ela pergunta.

__Com certeza.

__Mas o lado bom, é que consegui nos safar dessa.

__É... só vc Lili Reinhart.- sorrio de lado e ela me devolve o sorriso.

O Fotógrafo e a Modelo {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora