Acordei com uma dor de cabeça enorme, como se eu estivesse de ressaca. As lembranças da noite passada voltaram a tona, e eu no mesmo segundo me perguntei como Matt estava, ou até mesmo se ele iria vir hoje.
Me vesti com uma blusa preta, colocando uma calça jeans com uma lavagem mais clarinha e peguei meu moletom cinza da faculdade colocando meu All Star branco.
Sai do meu quarto e Mary apareceu no fim do corredor apontando em direção ao elevador, ela vestia uma regata branca e um short jeans que quase mostrava a polpa da bunda dela, eu não sabia como ela conseguia usar roubas assim dentro da faculdade, mas ela se sentia muito bem com elas, e gostava quando percebia que os meninos estavam babando por conta do short provocante.
Entramos no elevador e finalmente Mary disse algo.
- O irmão do Matt vai trazer ele pra buscar o carro, vamos esperar ele no estacionamento, e eu não sei onde é sua vaga.
- Bom dia May, acredite, eu também não sabia. – Ri daquela irônia.- Eu usei a vaga somente no primeiro dia de aula ano passado.
- Aí me desculpa eu entrei falando e nem te disse oi. - Ela diz me dando um leve aperto nas costas.O elevador parou no térreo e nós seguimos até encontrar o número do meu quarto estampado no chão e logo um pouco acima dele havia o carrão do Matt. Não precisamos esperar muito para ver uma moto preta enorme vindo em nossa direção em uma velocidade não muito recomendada pra estar em um estacionamento. A moto para e desliza um pouco sobre as pedras.
Matt desce da moto e arruma o cabelo impecável, enquanto o seu irmão nos encara e apenas profere algo ao Matt é saí em alta velocidade pelo estacionamento.
- Preciso falar com vocês, é cedo ainda, dá tempo de passar em algum lugar aqui perto pra tomar um café?
- Claro Matt, estamos mortas de fome também.
Ao chegarmos ao café Matt nos contou sobre a noite anterior, e pelo que disse, seu irmão não era exatamente culpado.
- Eu tratei ele mal ontem, meus pais então, bom quase o colocaram pra dormir na rua, e mesmo assim ele não nos contou o motivo de ter sido “preso” – Matt coloca aspas na palavra – Só sabemos porque o delegado apareceu na minha casa mais tarde, ele explicou toda a situação. Luke só defendeu uma menina de ser estuprada por um cara que ela estava saindo, que por a caso era um policial.- Nossa. – Fiquei chocada, ele não era um psicopata completo, isso me aliviou, mas algo ainda estava errado, por que ele não disse a verdade a família? A ação dele foi heróica e não ruim.
- Fala sério! Ele é tipo um herói então - Mary deu gritinhos.
- Não diria herói, mas também não diria vilão, Luke é só um bad boy egoista, ele gosta de parecer inabalável.
Olhei no relógio e a hora me salvou, eu não aguentava mais ouvir sobre aquele assunto.
Fomos até a Universidade de Miami, e a Mary e eu nos dirigimos ao laborátorio de química, enquanto Matt foi até a sala de Biologia avançada. A aula foi chata e irritante como sempre e quando o horário se foi eu dei graças à Deus.
Mary foi para a piscina, ela dizia que ficava bem no maiô da universidade, e por isso escolheu tal esporte para praticar. Resolvi passar na bilioteca antes da minha aula de literatura, um dos meus lugares favoritos no mundo.
Subi até o 2° andar e encontrei em uma das estantes o favorito e mais procurado recentemente, “Orgulho e Preconceito”. Ao tocá-lo me surpreendi com uma voz rouca e masculina ao meu lado.
- Uau, você é realmente afim de clássicos. – Diz Louis, um dos preferidinhos das garotas. Fico confusa ao ver que ele realmente está se dirigindo à mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cartas para um Locauteador
Roman d'amourEvelyn: "Sempre gostei de ler romances, daqueles onde há perigo, onde um se sacrifica pra ter o outro, mas eu nunca pensei em viver um, não desse jeito... " Luke: "Eu nunca senti algo tão forte, era uma sensação terrível, eu só queria estar ao lado...