O único paraíso que eu conheço é o de quando estamos a sós.

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Escuro. Aquele lugar estava quase em total escuridão, a não ser pela luz da lua que entrava por uma das janelas, e uma vela que eu havia acendido assim que cheguei.

Estava esperando-a a alguns minutos. Ela nunca demorava, era sempre muito pontual. Certo, aquilo estava começando a me irritar. Mas deveria ter um motivo plausível. Talvez ela devesse estar em alguma das reuniões de família ridículas que seu pai promovia quase toda semana.

Ele reunia a esposa e os filhos na sala e os obrigava a ler a bíblia com ele. Realmente, uma fodida idiotice.

Com certeza ele não gostaria muito de saber que sua filhinha estava andando com a sapatão do bairro. E pior, que está fodendo com ela. Dentro da própria igreja, aliás.

Aquele energúmeno me abomina, e acho que não preciso dizer o porquê. Posso dizer que é recíproco. A única coisa boa que saiu daquele filho da puta foi sua filha. Ah, aquela garota é minha perdição.

O que ele não sabe é que sua filha querida é tão ou até mais lésbica que minha pessoa.

Sai de meus devaneios ao ouvir a porta da igreja ser aberta discretamente. Tomei um leve susto e apaguei rapidamente meu cigarro.

Puta que pariu, ela ficava ainda mais linda iluminada pela luz da lua. Até mesmo aquele vestido formal e sóbrio a deixava perfeita.

Victoria era seu nome. A filha mais velha de um dos membros mais ativos da igreja que eu conheço. As vezes me perguntava como Vic conseguia manter aquela pose de boa moça. Ela era uma puta atriz.

Vic colocou sua bolsa em um dos bancos de madeira, e caminhou até mim. Sua expressão serena não demostrava nada. Como sempre, neutra. Pelo menos, perto de mim.

Assim que a tive perto o suficiente de meu corpo, puxei sua cintura, iniciando um ósculo intenso. Invadi sua boca com a minha língua, e ela não resistiu, deixando-me comandar o beijo como bem queria.

-- Fumado dentro da igreja, Billie? -- Ela disse e rio rouca em meu ouvido. Aquilo me arrepiou.

-- Sabe bem que eu fumo onde der na telha. -- Revirei os olhos. -- Por que demorou tanto? -- Dei um tapinha em sua bunda, apertando a carne macia logo depois.

-- Reunião de família. -- Ela revirou levemente os olhos e rio rouco.

-- Sabia.

Não perdi tempo, voltando a beijar com vontade aqueles lábios macios e deveramente finos que eu tanto adorava. Nós tínhamos pouco tempo, antes que Vic tivesse que voltar para casa. Também estávamos em uma igreja, e o padre que morava na casa ao lado e comandava a igreja poderia muito bem acordar e nos ver fodendo. Se bem que ele já era um senhor de idade avançada, e quando dormia, parecia mais estar morto.

Eu odiava ter que vê-la ali. Eu odiava aquele lugar com todas as minhas forças. Porém, era o único lugar disponível.

Ambas ainda morávamos com nossos pais, todos no bairro já sabiam de minha fama, e de forma alguma seria bom para a filha do crente ser vista perambulando comigo. Também não poderíamos simplismente ir para um bairro afastado para realizar nossos encontros noturnos, pois Victoria tinha que estar em casa no máximo a meia noite. Um saco.

Todavia, continuávamos nos encontando ali, toda sexta-feira a noite, como um tipo de tradição.

Pus minha mão em sua cintura, apertando e ouvindo um arfar seu. Victoria virou-me e colocou-me sentada no banco, sentando-se em meu colo.

Agarrei sua cintura fina, observando com devoção ela rebolar em meu colo. Aquele maravilhoso vai e vem, que fazia minha intimidade encharcar.

Beijei-a novamente, deslizando meus dedos por seu peito, abdômen, até chegar a sua virilha, ainda por cima do vestido florido que ela usava.

Adentrei o tecido de sua roupa, encontrando sua calcinha. Coloquei meus dedos por dentro daquele outro tecido mais final, e encontrei seu clitóris. Aquele seu pontinho doce, que a fazia gemer e arfar.

Passei a massagear aquela área. Vic separou o ósculo, para arfar e gemer bem no pé de meu ouvido. Ela estava quente. Muito quente. Eu também estava. Quase em estado de ebulição.

Sua pele macia em contato com a minha, sua intimidade ficando cada vez mais molhada com o contato de meus dedos. Se Deus exustisse, ele com certeza havia feito Victoria com o único e exclusivo propósito de me enlouquecer.

Penetrei-a com três dedos, e ela gemeu arrastado meu nome, rebolando em meu colo, como uma verdadeira vadia. E ela era uma. A minha vadia.

Tombou a cabeça para trás começando a cavalgar em meus dedos, enquanto eu a estocava fundo. Suas mãos agarravam minha blusa, segurando com força ao buscar apoio.

A alça de seu vestido caiu, mostrando-me um de seus seios. Eu não perdi tempo em chupá-lo, levando-o a minha boca e o devorando como se fosse meu doce favorito. Mas não que não fosse.

A visão de Vic quicando sobre meu colo, em busca do orgasmo em meus dedos era magnífica. Os cabelos estavam bagunçados, o vestido caindo-lhe pelos ombros e o pescoço imaculado exposto. Tive que me conter muito para não deixá-la um chupão.

Logo ela gozou. Caralho, aquela cena era mais que perfeita. Podia ver aquilo para sempre. Seus olhos se apertando, as unhas arranhando meu peito por cima da camisa, as bochechas coradas. Tão perfeita.

Sua boceta se contraindo em meus dedos era o melhor. Ela era tão fodidamente apertada.

Vic deitou em meu peito por alguns instantes. A respiração descompassada, ofegante. Podia sentir seu coração batendo rápido.

Quando recuperou-se, olhou-me, e nos beijamos de novo. Intenso e selvagem, como sempre.

-- Me chupa. -- Ordenei, separando o beijo.

Ela sorriu sapeca, saindo de meu colo e se ajoelhando. Tirei a calça com pressa, jogando-a longe junto com minha calcinha.

Abri as pernas para ela, ficando exposta. Ela se aproximou e sua boquinha maravilhosa começou a fazer o trabalho.

Meu clitóris latejava, sentindo sua língua ágil deslizar por ele. Ela brincava com meus lábios menores, voltando ao meu clitóris, o lambendo com vigor, fazendo-me ter espasmos.

Eu tentava não gemer, mas era quase impossível. Ainda mais quando a desgraçada me penetrou com dois de seus dedos. Arqueei, me permitindo gemer mais alto, sentindo seus dedos e língua agirem.

Não demorei muito a gozar também, me desfazendo em sua boca enquanto puxava seus cabelos.

Ri, ainda ofegante, e a olhei. Ela tinha os lábios inferiores presos entre os dentes, com um pouco de meu líquido escorrendo do canto de sua boca e totalmente corada. O vestido agora estava mais caído e mostrava seus dois seios. Porra, aquilo me fez salivar.

-- Merda -- Suspirei, deslizando os dedos pelos cabelos.

Levantei-me e ela fez o mesmo. Nos beijamos e eu levei minhas mãos até a parte interna de suas coxas, a puxando e colocando-a em meu colo. Ela mordeu meu lábio, e riu, antes de eu colocá-la no banquinho, abrir suas pernas, e ficar entre elas.

-- Eu preciso ir embora logo, Billie... -- Sussurrou de olhos fechados, enquanto eu beijava seu pescoço, me contendo novamente para não chupá-lo e deixá-la marcada por semanas.

-- Hoje não, freirinha. Esta noite eu vou foder até que você esqueça seu nome, hm?

Aquela noite seria longa, e depois dela, nenhumabde nós iria para o paraíso. E eu estava pouco me fodendo para essa merda, pois o único paraíso que conhecia, era quando estávamos a sós.

Nascemos doentes, como seu pai costumava a dizer. Mas adorávamos aquilo.

Então, ela me levaria para a igreja sempre, como naquela noite, nas anteriores, e nas que estariam por vir. E me desculpe Senhor, mas o que fazíamos ali estava muito longe de ser puro.

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