Your Smile - Lee MinHo

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"Quer dizer que Lee MinHo, adolescente com um futuro promissor na empresa do pai, vandaliza muros e é perseguido por policiais?" HwaYoung zombou. Não sabia direito o motivo de ter falado isso, mas pareceu uma boa ideia provocá-lo. "Por essa eu não esperava."

"Não fale sobre isso. Com ninguém." Advertiu, em tom de ameaça, se referindo ao acontecido.

Ela ergueu os braços, em sinal de rendimento – um juramento silencioso de que nada iria ser dito por ela. O mais velho se aproximou.

Era automático; quando o garoto dava passos em direção à ela, a mesma se afastava lentamente. Suas costas bateram na parede do beco. O outro estava em sua frente; aquele sorriso tentador estampado em seus lábios.

Próximo. Próximo demais.

"E, também não fale sobre isso." Falou, sorrindo de lado.

Antes mesmo que conseguisse raciocinar, sentiu os lábios do menino contra os seus, iniciando um beijo necessitado. 
A garota ficou estática por alguns segundos, porém, quase tão natural quanto respirar, ela fechou seus olhos, correspondendo ao selar do antigo amigo.

A boca do Min possuía um misto de bebida alcoólica e algo doce, como uma bala. Ela não sabia explicar exatamente, apenas sabia que era viciante.

Seus dedos se perdiam nas madeixas castanhas do garoto, o qual possuía ambas as mãos na cintura da menor, puxando-a cada vez para mais perto.

Alguns minutos se passaram, e MinHo encerrou o beijo com alguns selares mais calmos. Tentando controlar a si mesmo.

"Tão bom quanto eu imaginava." Falou, passando o polegar pelo lábio inferior da menina.

A garota corou, gerando um sorrisinho no rosto do mais alto que, por vez, deixou um rápido selar nos lábios dela.

"Hora de voltar para casa, princesa." Soltou o rosto dela, se afastando um pouco, dando espaço para que ela saísse de perto da parede.

Em poucos minutos, os dois se viram fora daquele beco, caminhando pelas ruas – as quais estavam mais desertas do que antes, se é que isso fosse possível.

Sorriu ao notar que estavam bem perto da rua dela e, em mais três minutos, pode avistar sua casa.

A estrutura de dois andares, com estilo moderno e paredes externas de coloração cinza – algumas completamente de pedras escuras – possuía todas as luzes apagadas, um claro sinal de que os pais da garota já estavam dormindo.

Os dois jovens foram até a entrada da casa, onde Hwa retirou as chaves da bolsa.

O caminho fora silencioso, e a garota supunha que o outro falaria algo ali. Algo a respeito do beijo, ou da noite em geral.
Entretanto, após ver que a menina possuía as chaves de casa na mão, ele apenas sorriu lateralmente, se afastando pela rua.

Agora, Lee estava longe demais para ser identificado. A menina suspirou.

Olhou para o céu, percebendo que não conseguia mais ver as estrelas de antes. Elas pareceram se render à escuridão noturna, perdendo boa parte de seu brilho.
Entretanto, a lua ainda estava lá. Intocável demais para ser ofuscada. Importante demais.

Respirando fundo, destrancou a porta, entrando em casa e fechando-a novamente.

Deixou seus tênis num pequeno espaço ao lado da entrada, e vislumbrou a sala de estar e boa parte da cozinha – era um ambiente dividido, o qual era visto da entrada – as quais estavam escuras.

Andou até as escadas, subindo os degraus com passos mansos e, em poucos segundos, chegando ao seu quarto.

Trocou de roupa rapidamente, não se importando em tirar a maquiagem, porém, sabendo que se arrependeria disso na manhã seguinte.

Deitou-se em sua cama, se aconchegando nas cobertas quentinhas e fechando os olhos. Respirou fundo e, por alguns instantes, o quarto pareceu ter o cheiro do garoto que insistia em habitar sua mente, porém, logo voltou ao normal.

Ela não conseguia se esquecer do sabor viciante dos lábios de MinHo. Era impossível. Eles pareceram tão certos, ali, com ela.

Ela havia se viciado.

E, para ela, o garoto era uma droga ilícita – a qual ela, sinceramente, achava que já havia viciado-a completamente.

Sem chances de recuperação.