M A T T H E W S C O T T
A luz começou a invadir o quarto de forma rápida, aquilo significava que alguém ousou abrir as cortinas sem meu consentimento. Após isso foi possível sentir o acolchoado da cama afundar e um corpo deitar sobre o meu, ainda permanecia de olhos fechados, a região do meu pescoço e ombro fora preenchida por leves beijos.
Uma ótima sensação, mas só por aquele momento.
Coloquei as mãos sobre as costas nuas enquanto fazia uma carícia, logo meus dedos deixaram aquela parte e seguiram para a nuca da pessoa, eles caminharam pelos cabelos emaranhados. A boca, que antes afagava minha pele, seguiu até os meus lábios, porém antes que se tornasse um beijo, parei e um sorriso sapeca apareceu em meu rosto.
- Eu falei pra ti que seria só uma noite, nada mais. Então nada de beijos, Nath - a garota encarou meus olhos, a fúria dominou sua pele clara, ela ficou vermelha e seus olhos castanhos ficaram cerrados. - Espera, seu nome não é esse? - claro que não era, caso contrário ela ainda estaria deitada sobre o meu peito e não jogando minha roupa na cama.
Merda.
- Você é um bosta, Matthew - eu juro que eu tentei me concentrar no que ela falava, mas eu só conseguia olhar para o seu corpo e pensar na noite passada, mas isso acabou sendo impossível, já que ela não ficava quieta. - Estamos na mesma sala fazem quatro anos, Anna, se lembra? Sou a garota que sempre te passa a matéria um dia antes da prova.
Ah, ela. Se não me engano seu contato está salvo como "resumos", mas eu nunca prestei muita atenção nela, da mesma forma que não presto atenção em nenhuma aula.
- Olha, Anna né?! - ela bufou e então ouvi um "Tá de brincadeira!" - Eu sinto muito por isso, mas você já deveria saber, o que aconteceu foi pura diversão, tanto da minha parte quanto da sua - já estávamos na porta enquanto ela me empurrava para o lado de fora.
- Divertido foi, até muito prazeroso, mas o engraçado é você esquecer meu nome quando está sóbrio e lembrar dele quando está bêbado, aliás repetir várias vezes no meu ouvido - meus lábios estavam prontos para falar quando a porta a minha frente foi fechada com força, assim quebrando o contato entre mim e a garota.
- Merda! - foi a única coisa que saiu pela minha boca enquanto eu tentava contatar algum carro pelo aplicativo.
Não estava tão longe de casa, 15 minutos já estaria lá.
*
Um barulho chato começou a ecoar no meu ouvido, meu cochilo foi interrompido pelas notificações do celular, as mensagens chegavam uma atrás da outra. Não fiz questão de abrir os olhos, tateei o móvel ao lado da cama e com um pequeno descuido deixei algumas coisas caírem no chão, bufei, mas depois de alguns segundos consegui alcançar o telefone.
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OVERFLOW
Teen FictionE se tudo aquilo que você planejou durantes anos viesse por água abaixo? E se sua vida mudasse completamente sem a menor explicação? Claire Fisher e Matthew Scott. Conhecidos desconhecidos, cujo reencontro pode ser a salvação ou a completa perdição...