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Harry Potter

Harry Potter:

As aulas estavam me matando e os deveres pareciam não ter fim. Eu estava me sentindo louco. Para piorar ainda tinha que trabalhar em um estágio que me entregaram na faculdade. Meu chefe era extremamente exigente e ele me deixa mais trabalho que meus professores da faculdade. Theodoro Nott era o diabo quando queria e ele se mostrava assim quando me entregou nessa segunda feira o trabalho de redigir um cardápio para a nutrição adequada aos modelos da revista Malfoy's. Quer dizer, ele me deu o trabalho de apenas redigir a receita de Draco Malfoy o modelo mais popular e bem pago do mundo. Eu não estava tranquilo e não me sentia nenhum pouco a vontade com aquele trabalho, primeiro porque eu não tinha ideia de como era a rotina de Draco Malfoy e segundo: Eu nem conhecia Draco Malfoy a não ser pelas revistas de fofocas.

Quando disse aos meus pais que iria cursar nutrição eu não imaginava que seria tão difícil. Talvez se eu tivesse cursado história como meu pai não seria tão difícil.

Suspirei derrotado.

Voltei a encarar os papeis dos deveres e fiquei ainda mais irritado quando notei que minha mente parecia pensar em tudo, menos na droga do dever. Continuei ali parado encarando a folha em branco e depois de trinta minutos nenhuma linha tinha sido escrita. Voltei então para o cardápio de Draco Malfoy e então foi quando me estressei. Passei mais trinta minutos e nenhuma linha.

- Ah que Droga! - Esbravejei quando notei que não tinha ideia por onde começar.

Deitei a cabeça na mesa e passei a encarar o pequeno apartamento. Aquilo era uma bagunça de papeis, livros da faculdade e roupas espalhadas por todo canto. Tinha saído da casa dos meus pais só tinha um ano e então comprei com ajuda deles aquele minúsculo apartamento. Eu me sentia a vontade ali, embora fosse pequeno, mas eu não me importava tanto assim, porque era o lugar onde eu gostava de chamar de lar.

Meu telefone vibra. Levanto-me de imediato e procuro por ele entre os papeis, mas não o encontro. Um baque surdo quebrou o silêncio no pequeno apartamento. Olhei então meu celular caído no chão. Por algum motivo os celulares tinham um problema com a gravidade e toda vez que eles caiam a tela sempre tinha de estar virada para o chão.

Praguejei e amaldiçoei até a última geração de quem me ligava naquele momento. Eu juro que se for Rony Wesley eu vou xingá-lo de todos os nomes que me passar pela cabeça.

Soltei um muxoxo ao ver que era ele.

Rony era o tipo de homem festeiro e eu era o completo oposto. Chega a ser engraçado como nos tornamos melhores amigos. Na verdade a história parece até bizarra e quando eu conto a história de como eu e Ron nos conhecemos, as pessoas dizem que parece até aqueles filmes com adolescentes americanos.

Rony era o tipo de garoto explosivo e o pavio era tão curto quando o pavio de uma bomba. Ele sempre se irritava com alguém e vivia se metendo em brigas.

Certo dia, eu encontrei Rony brigando com um grupo de três colegiais. Naquela época eu não conhecia o histórico de Ron e como pensei que estavam mexendo com ele ou tentando bullyng, tentei separar a briga com a intenção de manter a paz, mas não era o que Rony queria. Depois que eu tentei separar, ganhei um soco de um dos garotos e quando menos esperei estava na briga tentando me defender. Rony achou aquilo hilário e ao final do dia ele me deu um soco no ombro dolorido e me chamou de parceiro de briga. Eu realmente tentei odiá-lo, mas depois disso passamos a andar juntos e quando menos esperei de parceiro de briga me tornei amigo e depois melhor amigo.

- Harry! - Rony gritou.

Ele realmente não sabe falar como uma pessoa decente no telefone?

- O que é? - Perguntei de forma grosseira. Arrependi-me de imediato. Rony não tinha nada haver com o meu mau humor.