In Any Universe | HyungHyuKyun, ShowHo, KiHeon

Capítulo 10 - Quando as coisas não podem ser explicadas

Oi, meus amores!

Acho que voltarei a atualizar a fic às segundas, porque domingo está complicado pra mim kkk

Espero que gostem do capítulo!

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Minhyuk voltou para casa, deparando-se com Hyungwon e meia dúzia de sacolas, entre elas a enorme sacola de papel conhecida por ser usada pelo garoto para levar as roupas até a lavanderia duas quadras à esquerda - velhas manias que deixavam o Lee possesso por ainda estarem gravadas em sua memória.

- Quer ajuda? - ofereceu, já logo pegando metade das coisas sem nem esperar pela resposta. Ele e o DJ continuavam a trocar poucas palavras, mas a convivência estava sendo bem tranquila e maleável.

Entraram e Minhyuk perguntou o que eram todas aquelas coisas. O Chae respondeu que queria ajudar com as despesas da casa e, por isso, tinha decidido roubar a lista de compras que ficava sempre pendurada na porta da geladeira. Como não tinha um horário fixo de trabalho - e a composição continuava a não render -, ele foi ao mercado, também como uma forma de desafiar-se a passar reto pela seção de bebidas alcoólicas.

Minhyuk ficou tentado a rebater e dizer que ele não precisava ter feito aquilo, mas sabia que Hyungwon se sentiria melhor ajudando de alguma forma. Quando o artista sugeriu dar uma mão também com as contas, o Lee insistiu que não era necessário: muito havia mudado e ele e Changkyun conseguiam manter o apartamento com tranquilidade.

Como um casal, ele pensou em dizer, mas seria provocação demais, portanto se conteve.

Na realidade, estava admirado pela força de vontade do DJ. Já fazia uma semana desde o episódio da recaída e Hyungwon parecia muito calmo, embora o Lee soubesse que ele escondia o nervosismo que sentia sempre que tinha vontade de beber. Não era incomum que Hyungwon se trancasse no quarto, sozinho, ou passasse o dia todo no apartamento em Samgae. Mas ele sempre retornava, às vezes tarde da noite, sempre são e tomando cuidado para não fazer barulho caso os outros estivessem dormindo - porém Minhyuk tinha uma audição muito boa e um sono não tão pesado, o que o fazia despertar sempre que o Chae chegava em casa.

Eles arrumaram as compras nos armários e na geladeira e, quando Changkyun voltou do trabalho, decidiram cozinhar algo rápido para o jantar. Era estranho quando estavam juntos, porque Changkyun e Minhyuk não se tratavam como namorados na frente de Hyungwon. Talvez fosse receio ou medo de dar a ele motivos para se entristecer diante das lembranças. Há três anos eles tinham sido tão felizes naquele lugar e era impossível não se recordarem dos carinhos trocados antes de tudo acontecer. Cada um dos três sentia-se de uma forma distinta diante desses fatos, mas havia um sentimento em comum: a saudade.

Changkyun sempre ia tomar banho primeiro e seus hyungs ficavam sozinhos, falando sobre banalidades do dia ou apenas escutando qualquer programa na televisão. A forma como Hyungwon olhava para Minhyuk o deixava levemente nervoso, então ele sempre terminava qualquer tarefa o mais depressa que podia e recolhia-se no quarto com a desculpa de que tinha de estudar. Suas maquetes se tornaram cada vez mais bonitas, tamanha era a concentração que ele se obrigava a ter para não pensar em coisas que não devia, mas a verdade era que a presença do DJ, sempre tão perto e por tanto tempo, estava despertando um lado que o Lee achou que já tinha apodrecido dentro de si - e ele não conseguia tirar da cabeça aquela fala de Hyungwon que havia denunciado, com todas as letras, que ele ainda o amava.

Também havia Hyunwoo e o recente hábito de chamá-lo para almoçar. Agora que tinham descoberto que seus locais de trabalho eram próximos, Minhyuk o encontrava todos os dias e eles acabavam sempre tendo conversas agradáveis na mesa do mesmo restaurante onde haviam se visto depois de tanto tempo. Hyunwoo continuava sendo o mesmo cara gentil e humilde, relatando um pouco sobre os perrengues dentro da empresa e com a família, já que o peso de ser o herdeiro de uma corporação de renome às vezes lhe dava dores de cabeça. Minhyuk gostava de como o Son era brincalhão também, embora se comportasse de forma séria e retraída com quem ele não tinha tanta intimidade, e mesmo que isso o fizesse lembrar-se do passado, de quando ainda eram apenas dois garotos sem grandes preocupações, era divertido passar aquele tempo junto de alguém em quem ainda confiava, apesar de tudo.