Robocop Gay

Abra sua Mente

Status: Reiniciando;

Modo: Controle total;

Data: 19 de novembro de 2077;

Modelo: RLEVAI01;

Carregamento completo;

Bem vindo de volta, Levi Ackerman.

Foram as primeiras coisas que ouvi antes da minha consciência me despertar, quando abri meus olhos e olhei ao meu redor, apenas consegui visualizar algumas peças e ferramentas espalhadas em uma mesa, tudo uma bagunça do caralho. Ao mexer meus braços, percebi que estavam presos por algo de metal, maravilha, alguém está fazendo experimentos comigo, mas já que estava, ao menos aumentasse minha altura. Sem muito ânimo, tentei mexer minhas pernas, presas também, até começar a sentir não só algo diferente no olho esquerdo, como também a falta de circulação no braço direito, mas que merda é essa?

— Mama! Ooh! Didn't mean to make you cry. If I'm not back again this time tomorrow!
(Mamãe! Ooh! Não foi minha intenção fazê-la chorar. Se eu não estiver de volta essa hora amanhã!)

E do nada uma mulher aparece quase derrubando a porta pela força que abriu, gritando Bohemian Rhapsody como se fosse o próprio Freddie Mercury, pobre iludida. A maluca de óculos foi dançando colocar as malas que levava consigo em outro lugar, desligando parte das luzes que limitavam minha visão, me permitindo observar o conjunto completo do que seria um laboratório/oficina, chamar isso de zona é um insulto à um puteiro de esquina. Pouco depois, um loiro enorme quase bateu a cabeça no teto, tendo que se abaixar para conseguir passar pela porta, visivelmente cansado e entediado, contudo, fez uma cara de desconfiado, sentindo o cheiro de alguma coisa, ou melhor, de mim.

— Hanji.

— Galileo! Galileo! Galileo figaro! Magnífico.

Ao parecer, a fangirl do Queen se chama Hanji, a cientista e mecânica que deve mandar aqui, já que ele ainda se deu ao trabalho de ficar chamando por ela.

— Hanji!

Oh mamamia mamamia, mamamia let me go!

— Hanji Zoë!

Depois de quase 3 minutos, finalmente conseguiu fazendo-a tirar os fones irritada, que conseguia ser extremamente assustadora até para mim, mulher psicopata.

— Mike, querido, quantas vezes eu falei para não interromper meu Queen! Bem na parte do Rock!

Puto, o tal de Mike colocou a mão no rosto, achei que ia ficar com a cara amarrada ou debochada, mas foi aí que vi que estava cercado de malucos. Do nada ele começou a rir, depois a gargalhar, até que parecia um cientista louco de algum filme, completamente insano e aterrorizante. Mas o que veio a seguir foi pior ainda, a maníaca começou a rir também, me fazendo crer que estava em algum laboratório clandestino dentro de um hospital psiquiátrico.

— A vontade de chorar é grande, mas a de rir é muito maior, porque caso não tenha visto, querida, o seu melhor amigo já acordou.

Demorou alguns segundos para entendermos o que ele disse, até que apontou em minha direção com uma cara de poucos amigos. A tal de Hanji, fez uma expressão tão surreal que por um momento pensei que seu queixo ia literalmente cair da cara, os olhos brilharam e um sorriso genuíno veio junto de algumas lágrimas cheias de emoção. Me encarando, soltou um baita de um grito agudo que deve ter feito com que perdesse parte da minha audição, logo em seguida correndo para desativar as placas que prendiam meu corpo.

Eu consegui! Caralho! O Levi voltou! Voltou a vida!!! Hihihihi

Mas o que merda está acontecendo aqui?