ISABELLA

📝📒Reaproximando da Bella😱😢

Leonardo On

Eu cursando o 2°ano, e já tava quase indo por 4°bimestre. Eu estudava a noite, na Escola Estadual Duarte Lima. Tava ficando muito cansativa, trabalhar o dia inteiro numa loja de calçados, e estudar a noite.
A melhor opção,era estudar de manhã, e dar um jeito de trabalhar de meio dia pra tarde. E porque não, estudar na minha antiga escola João Dias, onde a minha Princesinha também estuda?
Era minha chance de reaproximar dela de novo...

Lógico que eu não ia ficar só no pensamento. Afinal de contas, não é todo dia que a minha cabeça tem uma bela idéia dessas. O resultado desse trabalho todo, é que tô com uma dor de cabeça horrível. Talvez seja por isso, que eu não tenho muitas boas idéias dessa com frequência!!!
Fui na escola assim que conclui o pensamento, e peguei a transferência. Depois,  passei no trabalho e conversei com o chefe.  Tenho muita sorte de ter o Sr. Otávio de chefe. Ele é muito gente boa. Só o apelido dele que é engraçado. Ele disse, que tudo começou com os outros chamando ele de SeuTavo. Sabe como mineiros são, né?! Depois falavam rapidamente e ficou Centavo. Daí, hoje, o nome da loja que trabalho ficou sendo CENTAVO CALÇADOS. O chefe é como meu segundo pai.

Assim que avisei o patrão,  fui pra casa avisar meu pai também. Eu não tinha irmãos, era filho único e órfão de mãe. Não conheci mamãe, porque ela morreu assim que me deu a luz.  As vezes me culpo por isso. Mas o pai me consola, diz que a mamãe não ia gostar nada de me ver pensando aquilo. Que com certeza, a maior  alegria dela, foi me trazer ao mundo.E que o maior desejo dela, era a minha felicidade.

Mesmo com a morte de minha mãe, o pai não se interessou em mais nenhuma mulher. Queria vê-lo feliz com uma nova esposa de novo. Mas ele diz sempre que não faz questão.

Embora eu considere a Tia Roberta, mãe do Alessandro, como minha mãe, ia gostar de ter uma madrasta.
Quando minha mãe morreu, Tia Beta e o marido Sidy, deram bastante força ao meu pai. Por isso que cresci tão "brother" do Alê.

Cheguei, meu  pai tava sentado no sofá,  segurando alguns papéis. Assim que me viu, pegou os papéis e guardou rapidamente dentro da pasta de documentos. Achei aquilo estranho de mais.

Leo_ pai, quê isso?
Lúcio_ nada filho.
Leo_ certeza pai?
Lúcio_ sim. Mas aí, onde cê tava?
Leo_ peguei minha transferência lá da escola, pra estudar na escola da Bella.
Lúcio_ a menina que cê gosta?
Leo_ sim. O senhor não importa não, né?
Lúcio_ claro que não. Cê vai estudar a noite mesmo, pra continuar no trabalho?
Leo_ não pai. Eu vou estudar de manhã. Só que vou trabalhar também, porém a tarde. Já conversei com o Centavo.
Lúcio_ sendo assim, tudo bem.

Senti um pouco de preocupação nas palavras do meu pai.

Lúcio_ Leo, vou fazer um lanchinho. Quer que eu te traga algo da cozinha?
Leo_ Um sanduba por favor.
Lúcio_ sanduíche?
Leo_ aran...

Meu pai foi pra  cozinha e eu peguei a pasta que ele tinha deixado no sofá. Peguei os papéis pra ver o que era.

Era alguns boletos da casa. Não tínhamos terminado de pagar a casa ainda. O problema é que tava atrasado já três meses. Faltavam dez mil pra terminar.

Era isso que meu pai tava preocupado. Por isso, ele ficou apreensivo quando eu disse que ia estudar de manhã.  Ficou com medo de eu não trabalhar mais. E o dinheiro que eu ganho dou boa parte pro meu pai,  pra ajudar com as despesas. Mas esses dois meses passados,  não só o salário do meu pai, como meu também atrasou.

Leo_ pai!!!_ gritei.
Lúcio_ já vou filho!_respondeu.

Assim que ele chegou e me viu com os papéis na mão,  foi meio que parando, com medo da minha reação.

Leo_ calma pai. O senhor tá preocupado com os boletos que tá atrasado,  né? Porque não me falou nada, pai?
Lúcio_ filho, eu... vou pagar filho. A gente não vai perder a casa.
Leo_ o senhor não vai pagar nada pai. Nós vamos. Assim que o patrão me pagar os atrasados,  eu passo pro senhor. Não é muito, mas vai ajudar. Não esconde nada de mim mais não._dei um abraço nele__ Vamos vencer juntos.
Lúcio_ te amo filho.
Leo_ também te amo pai.

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No outro dia, Que era uma terça, fui pra nova escola. Bem, pra mim, era como se fosse nova, porque tinha uns dois anos que eu não estudava lá. Arrumei e saí pra ir. Assim que cheguei no portão,  encontrei com o Alê que tava indo pro trabalho dele.

Alê_ E aí parça? De boa?
Leo_ Tudo bem mano.

Ele deu uma boa olhada no meu uniforme e arregalou o olho.
Alê_ Quê isso maluco?! Tu tá voltando pra João Dias, e nem me disse nada? Eu ia voltar contigo.
Leo_ Foi mal mano. Num  queria te atrapalhar não.
Alê_ De boa sô. Tá decidido.
Leo_ decidido o quê?
Alê_ hoje cê vai sem mim. Mas amanhã,  vou contigo.
Leo_ e seu trabalho?
Alê_ de boa mano. Eu trabalho a tarde.
Leo_ igual eu! Então tá. Até mais cara. Tenho que ir pra não chegar atrasado na escola.
Alê_ então tá mano._me deu um abraço.__ Boa sorte com a Bella!__ disse sussurrando no meu ouvido. Eu ri.
Leo_  cê me conhece mesmo!
Alê_ ô se conheço.

Ele seguiu caminho e eu fui pra escola.
Tava chegando lá daí vi de longe um menino com uma menina se beijando, perto do portão da escola.
Quando cheguei mais perto, consegui ver direito. Me subiu uma raiva, uma coisa inexplicável de ódio. Um ciúme.
Era a Bella e Junim na maior agarração.
Eles se beijavam de um jeito... Tavam com tanta intimidade, que o filho da mãe tava passando  a mão na bunda da Bella.
Que ódio!!!

De repente, a Bella me viu. Eu tava parado olhando. Qualquer um que me via, decifrava meus sentimentos.
Era raiva.

Ela parou um pouco. E me olhou assustada. Mas fechou a cara continuando os amassos.

Caramba! Juro que ainda mato esse Júnior!!!

Dei três passos para continuar e parei e olhei pra trás.
É... eles ainda estavam no mesmo ritmo.
Nó véio... vou confessar que tô arrasado....
Eles daquele jeito, pareciam... namorados.
Mas não. Não pode ser. Deve ser só ficantes. A Bella gosta de mim. Eu sei que ela gosta. Ela só tá meio esquisita comigo, e com razão. Porque esse boboca aqui, conseguiu ser mais bobão do que o limite da bobagem.
Dói muito, ver o Júnior fazendo com a minha gata o que era pra eu fazer...

👊👊👊😡😠😡👊👊👊