Capítulo 8 - último capítulo

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Chegamos ao último capítulo, gente! ❤ Continuo emocionadíssima pelo apoio tão carinhoso de vocês 💕❤❤ Obrigada DEMAIS por me darem essa motivação incrível para não desistir dessa carreira de escritora tão cheia de altos e baixos! Amo vocês ❤❤

Desejo a todos um fim de ano abençoadíssimo e um 2020 recheado de amor, paz e realizações ❤❤

Amanhã sai o epílogo com uma surpresinha bem fofa ❤

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All my love

I give to you and all my sorrows too

Hope can light the darkest times, our love can mend the pieces right

hold me in your arms at night

All Your Love - Julia Westlin

Eu não estava nervosa.

Até agora.

Olho-me no espelho do meu quarto pela décima quinta vez. Você está ótima, Luísa! Já me disse isso também quinze vezes, mas não adiantou. Continuo colocando defeito no meu vestido azul-marinho, estilo tubinho; nos meus cabelos, cujas ondas estão mais largas (trabalho da minha cabelereira, que quis me matar porque a fiz abrir o salão hoje, às quatro da tarde); e na minha maquiagem, com os olhos esfumados pela sombra cinza chumbo e a boca pintada por um batom nude.

Combinei com Alberto que iria para a casa dos pais dele às dez. Estou meia hora atrasada! Daqui a pouco ele vem me chamar! Raramente atrasava algum compromisso quando éramos casados. Na realidade, era sempre eu quem ficava pronta primeiro. Beto tem uma personalidade paciente em todos os sentidos. Até para se vestir.

Olho para minhas sandálias pratas. Talvez eu devesse ter comprado outra, mais moderna, da cor nude, quem sabe. C'est la vie (é a vida)! Agora não adianta chorar pelo leite derramado.

Entro na minha cozinha e pego o pavê de pão de mel que fiz para a ceia. Confesso que escolhi essa sobremesa porque é a receita preferida de Beto (depois dos suspiros, óbvio). Ajeito a travessa nos braços e desço devagar a escada. Em vez de entrar na confeitaria, viro à direita e pego o corredor que leva ao portão, ao lado da porta de aço da loja.

Saio na calçada, equilibrando a travessa, respiro fundo e atravesso a rua. Dona Alzira me ligou no horário do almoço, confirmando se eu viria à ceia. Senti-me mal por, de alguma forma, a estar enganando. Sem dúvida, ela continua temerosa que eu e Beto criemos um mal-estar insuportável no jantar mais sagrado do ano. E ainda não sei como comunicaremos a nossa reconciliação. Eu e o Sr. Insaciável ficamos tão concentrados em recuperar o tempo perdido que esquecemos de todo o resto.

Toco campainha. Espero que Alberto surja, mas é seu Nilo quem aparece, exibindo seu sorriso afetuoso.

— Olha só quem chegou! A minha norinha!

Sorrio, emocionada (controle esse seu canal lacrimal, Luísa!), e o abraço com o braço livre.

— Me atrasei um pouquinho, mas estou aqui, seu Nilo.

— E está muito linda! Vai deixar meu filho de pernas bambas — ele sussurra, pegando a travessa das minhas mãos. Eu dou risada, fechando o portão. — Entre, entre. Alzira está na cozinha, dando os últimos retoques no jantar. O funcionário da padaria entregou a ceia agorinha.

Doce Natal (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora