Loki'd!

Roxanne

Joanna, sentada na banheira, contava para Gen como tinha sido seu treinamento.

Já há dois meses ela estava “sequestrada” e já tinha criado uma espécia de rotina. Durante o dia, treinava e ensaiava, ininterruptamente, e Loki sempre vinha para o jantar. Eles assistiam filmes, liam, ou simplesmente conversavam.

Mas, naquela noite, ele havia enviado um vestido com um bilhete. “As estrelas brilham a noite”. O vestido era preto, simples, mas digno de uma diva dos anos 40. Genevieve prendeu os longos cabelos da garota num coque e, apesar dos protestos de Joanna, aplicou uma leve camada de maquiagem. Joanna calçou seu único par de sapatos de salto.

Loki apareceu pontualmente as oito, com um terno verde escuro, quase preto. Ao vê-la, os lábios de Loki se entreabriram num suspiro. Um leve rubor subiu pelo decote de Joanna, que fitava seus pés.

-Joanna, você sabe onde estamos?

-Não... Eu treinei e fui direto pro banho. Não tive tempo.

-Venha cá. – Ele disse, estendendo a mão para ela. Um choque passou pelo corpo da garota, velado com um bater de cílios. O homem a levou para a sacada, e na frente deles, erguia-se a torre Eiffel e Paris.

-... Meu Deus. Essa deve ser a coisa mais linda que já vi.

-Nunca veio a Paris?

-Não, eu não sou muito de sair. Mas eu quis passar um tempo aqui. Obrigada.

-Ah, então eu acertei. Venha, temos reserva num restaurante. – Disse Loki com um sorriso.

Ao sair da nave, Joanna notou que a mesma se fundia com a paisagem.

-Tecnologia chitari. – Respondeu Loki, vendo o olhar curioso da garota.

Ele a guiou até a torre e seguiram em silêncio até o restaurante no topo. Reservas foram feitas no nome de Luke Lauson.

-Devo te chamar de Luke essa noite? – Perguntou Joanna com um sorriso zombeteiro, depois que o garçom entregou os cardápios.

-Acho que seria apropriado, Srta. Sweetheart.

-Você não acha arriscado me exibir por aí?

-Primeiro: eu gosto de te tratar bem, Srta. Sweetheart. Segundo: esse é meu objetivo. A SHIELD não faz ideia de onde e como você está. Porque não unir o útil ao agradável?

O garçom retornou e ela deixou que ele fizesse os pedidos. Logo sua taça estava cheia com um líquido rosa.

-O que é isso?

-Vinho Rosé, Srta. Sweetheart.

-Jo.

-O que?

-Me chame de Jo. – Ela disse, bebericando da taça.

Loki havia pedido um prato elaborado de frutos do mar e no fim da refeição, Joanna tinha o rosto corado de riso e vinho.

-Sabe, até que você não é tão mau assim.

-Fico lisonjeado, Srta. Sweet... Jo.

-Me conte sobre a primeira vez que você viu a Freya.

-Bem... – ele disse, correndo os dedos pela base da taça. – Eu tive que ir atrás dela com Thor. Ela me recebeu vestida com um robe dourado e os cabelos loiros em desalinho como se acabasse de sair da cama de alguém. Eu precisava de um favor, mas ela era toda sorrisos e flertes. Nunca imaginei que uma pessoa tão pequena pudesse ser tão persistente.

-Ela é pequena?

-Na ponta dos pés, ela encosta no meu queixo. Vocês tem a mesma altura. Então... Thor estava me apressando, e Freya fazia com que resistir ficasse cada vez mais difícil. Tive que endurecer a afastá-la.