08:00 am, 01 de Maio de 2011, Jalalabad, Afeganistão.
Desembarcamos e como sempre acontece sofri com o fuso horário. Antes do sol nascer estávamos de pé. Pelo que entendi o momento decisivo estava próximo por isso a ansiosidade começava a aparecer.
— Acho que agora saberemos quem é o alvo e ganharei uma grana de vocês. — Disse Jhon. Job Price começou:
— Senhores, depois de muito treino é chegado o momento. Nossa ação acontecerá hoje e posso dizer que os senhores entrarão para a história do Exército Americano. Nós agiremos dentro do Paquistão. — Fred olhou e sorriu — Vocês já combateram em solo paquistanês, nas montanhas da fronteira, porém o cenário será completamente diferente. Iremos para o interior, para uma cidade tranquila cheia de civis. Abbottabad é nosso destino com um detalhe: Nosso alvo está há 1,3 quilômetros da Academia Militar do Paquistão. E não preciso falar que aqui ninguém ligou para o governo paquistanês e pediu permissão para entrar em seu território. Portanto, temos que ser rápidos e precisos.
— Vocês serão divididos em cinco equipes. A primeira e a segunda irão para a zona de confronto. A terceira e quarta aterrissarão em um vale no noroeste do Paquistão para necessário apoio. E a última equipe permanecerá na fronteira para uma resposta rápida em caso de falha.
— A primeira equipe invadirá o perímetro pelo térreo e será encabeçada pelo suboficial Peter Walker com o apoio de Fred Miller. Vocês estarão no comando desse pelotão, se houver reação por parte de qualquer habitante do local já sabem o que fazer. Eu comandarei a segunda equipe. Desceremos no telhado, Jhonson irá comigo. — Smith estava visivelmente irritado pelo esquecimento, mas não por muito tempo, pois modéstia à parte nós quatro éramos os melhores:
— Smith, você é o melhor atirador, permanecerá no helicóptero e protegerá seus companheiros. Abata qualquer um que estiver no perímetro sem o uniforme americano.
— Sim, Senhor! — Respondeu Smith.
— Hoje ao anoitecer, antes do início da ação, passaremos as últimas e mais preciosas instruções. Dispensados.
Nos reunimos lá fora e Smith foi o primeiro a falar:
— Então seus putos, suas vidas agora estão em minhas mãos, quem sabe lá de cima eu resolva acertar o traseiro de algum de vocês!
— Duvido que exista algum atirador no mundo que consiga acertar a bunda magrela do Peter. — Foi a vez de Fred provocar.
— Só tenha cuidado, pois quando o Fred olhar para cima pode ser que o nariz dele pegue nas hélices e derrube vocês. — Retruquei morrendo de rir.
— Eu descobri o que faz do Jhon melhor no rapel; ele coloca a corda no espaço que tem entre os dentes! — Jhon que também não iria ficar de fora cutucou:
— Mais nenhuma das irmãs de vocês notou isso hein. Ah também estavam todas de quatro. — Smith não gostou muito já que era o único que tinha irmã e Jhon teve um caso com ela. Por isso não continuou com as zoações:
— Então será hoje…
— Espero que voltemos vivos. — Falou Jhon. — Já que parece que será bastante perigoso.
— Tudo que nós fazemos é perigoso. E é claro que voltaremos vivos, ainda tenho uma aposta para receber.
— Calma Fred — falei — hoje à noite saberemos.
O dia foi tranquilo e preenchido por preparações, levamos os equipamentos para os helicópteros, limpamos nossas armas, treinamos tiro, e com a escuridão a hora chegou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Operação Lança de Netuno
Historical FictionPeter Walker poderia ser só mais um soldado na guerra do Afeganistão, no entanto, seu passado tem o poder de mudar toda a história. Mergulhe nesse universo e saiba como um jovem filho de uma tradicional família muçulmana tornou-se agente dos SEALS...