Festa

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Kate

Terminei de aplicar a maquiagem — nada exagerado. Um batom suave nos lábios e uma última conferida no espelho. Eu precisava admitir: estava deslumbrante. O vestido roxo delineava minhas curvas com perfeição, os cabelos soltos em ondas suaves e uma sandália de salto alto completava o visual. Peguei minha bolsa preta e saí do quarto. Nathan havia dito que estaria na sala, então desci as escadas, o som dos meus saltos ecoando pela casa.

Ele estava parado ao pé da escada, me observando com um sorriso malicioso nos lábios.

— Caprichou, Cooper — disse ele, os olhos me devorando.

— Obrigada. Você também caprichou, Miller — sussurrei ao seu ouvido, provocando.

Ele vestia um terno impecável, com a camisa branca por baixo. Precisei admitir — ele estava ainda mais atraente que o normal.

— Sabia que tenho uma queda por mulheres de roxo? Acho que essa queda ficou ainda mais séria hoje — murmurou, mordiscando o lóbulo da minha orelha e fazendo um arrepio subir pela espinha.

— Vamos logo, Drew — falei, tentando conter o calor que subia no meu corpo.

— Claro — respondeu, com aquele sorriso misterioso que sempre me desarmava.

Nathan entrelaçou os dedos nos meus, e seguimos até a garagem. Ele abriu a porta da Range Rover pra mim — um gesto cavalheiresco que me arrancou um sorriso. Dentro do carro, ele ligou o rádio e, como se o universo conspirasse a favor, começou a tocar Love is Easy, do McFly. Era uma das minhas favoritas. Comecei a cantarolar baixinho, e ele me acompanhou.

Chegamos a uma mansão impressionante. Os seguranças abriram os portões, e ele estacionou. Mais uma vez, abriu minha porta. Entrelaçamos as mãos e entramos.

— Está muito cavaleiro hoje — comentei, rindo.

— Parte do charme — respondeu, piscando para mim.

Lá dentro, a festa estava animada — pessoas dançavam, outras conversavam com copos nas mãos. Logo, uma mulher com um sorriso radiante se aproximou.

— Filho! — disse, abraçando Nathan. Ele retribuiu o abraço com carinho, mas logo se afastou.

— Mãe, essa é a Kate. Kate, essa é minha mãe.

— Que bom te conhecer, querida — disse ela, simpática, me abraçando e beijando a bochecha.

— O prazer é meu — respondi, sorrindo.

Um homem alto se aproximou.

— Miller — disse ele, firme.

— Pai — respondeu Nathan, acenando com a cabeça.

— Creio que já me conhece, Cooper — disse ele, olhando nos meus olhos.

Reconheci seu rosto. Era ele.

— Claro. Um prazer conhecê-lo, senhor Miller.

— Fiquei surpreso com o que você fez contra o Maicon — comentou, beijando minha mão.

— Só fiz meu trabalho — respondi, seca.

Pattie, a mãe do Nathan, logo me puxou para conhecer a casa. Durante o passeio, soltou uma pergunta:

— E você? O que é do meu filho?

— Nada — respondi, sincera.

— Uma pena. Adoraria ter uma nora como você — disse, sorrindo. Retribuí o sorriso, meio sem saber o que dizer.

Nas Mãos do Destino [Versão Atualizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora