XI

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Jaehyun mal percebeu quando havia começado a cochilar no ombro de Johnny, mas acordou quando ele precisou se levantar e ir ao banheiro.

Eles ainda estavam no hospital, e provavelmente, se dependesse de Johnny, eles não sairiam dali até Ten acordar.

Os amigos do tailandês ainda estavam ali, junto com a mãe dele, todos cochilando numa posição provavelmente bem desagradável, mas não parecia que eles queriam sair dali tão cedo também.

Johnny aproveitou a ida ao banheiro para pegar dois copos de café, já que queria se manter acordado.

Voltou a sentar-se ao lado de Jaehyun e ofereceu um copo de café, este aceitou e deu três goles no café, descansando o copo na perna em seguida.

—O que você ta' fazendo?- Jung perguntou se referindo ao bloco de notas em que o Seo anotava algo.

—Juntando informações. Citando o nome das vítimas, como elas morreram, o que faltava, onde foram achadas...esses tipos de coisa.

—Está procurando padrões.- Jaehyun viu ele assentir e continuar a escrever quase sem parar.

O caso já havia sido dado como inconclusivo, mas Johnny não iria desistir. Ele era persistente e competente no que fazia. Se não resolvesse aquilo, mais pessoas iriam morrer, e ele não queria isso.

—Eu não sei você, mas quero ir pra' casa.- Jaehyun levantou se espreguiçando.- Ficar aqui não vai mudar muita coisa, e além do mais, qualquer coisa, eles vão entrar em contato com a polícia. E você é da polícia.

—Você tem razão, como sempre. Vamos, também estou cansado.- Johnny olhou o relógio e viu que já era madrugada.

Voltaram para casa e se jogaram na cama. Sem se importar em mudar a roupa, já que o sono foi maior.

[...]


Ele nunca havia se sentido tão triste quanto agora.

Quase matou Chittaphon e não conseguiu evitar. Seu outro lado estava falando mais alto. Ele precisa de mais para começar a conseguir ter algum controle sobre seus problemas.

Precisava de mais, mas não queria.

Não queria mas era obrigado. Seu outro lado era mortal e perigoso, e às vezes se perguntava o por quê dele ser assim. Talvez fosse uma maldição.

Se sentou na cadeira do hospital e tomou um copo de água para acalmar os nervos. Ele não queria quase ter matado o amigo, mas era por um bem maior.

Ele estava confuso. Muito confuso.


[...]


Lee Taeyong não saiu do lado de Ten desde que lhe foi permitido.

Parecia que deixá-lo poderia fazer com que ele tivesse o mesmo destino de seu outro amigo. Ele tinha medo, mas tinha que ser forte por todos os seus amigos.

Já haviam se passado uma semana e o tailandês estava progredindo bastante nesse meio tempo. Talvez por sempre ter sido uma pessoa saudável, sua melhora fosse influenciada por isso, mas ainda estava desacordado.

Como se Chittaphon houvesse escutado, seus olhos se apertaram levemente, como se estivesse prestes a acordar de um pesadelo.

Taeyong, mal pôde acreditar em seus olhos e como um furacão foi a procura de um médico, gritando para os sete ventos que o tailandês estava acordando.

[...]

—Ele acordou? Isso é fantástico!- Jaehyun nunca tinha visto Johnny tão empolgado falando no telefone quanto agora.

"Deve ser sobre o tal de Ten." Pensou tomando um gole de café.

Ele passou alguns minutos no telefone. Sua felicidade diminuindo aos poucos, como se estivesse ouvindo uma notícia ruim depois da boa.

—O garoto tailandês acordou ne'?- Jaehyun materializou seus pensamentos.

—Sim. Infelizmente ele ainda não está disponível para visitas porque precisam avaliar o estado mental e físico dele.- Johnny disse se sentando e desligando o telefone.- Mesmo com minha autoridade de policial eles não me deixariam interrogar ele.- Seo Johnny suspirou massageando entre as sobrancelhas, como se isso fosse espantar sua dor de cabeça.

—Triste. Falando nisso, você não tem ronda hoje?

—É verdade! Quase me esqueci.- disse preocupado e saiu correndo na direção de seu quarto.

Jaehyun suspirou e deu o gole final de seu café. Ele tinha que trabalhar também. Novos corpos chegavam todo dia, mesmo numa cidade relativamente pequena.

Enquanto lavava os poucos pratos do café da manhã pensando nos perrengues que ele passaria hoje, nem percebeu quando Johnny já havia se arrumado e estava calçando os sapatos na sala.

No meio da correria, Johnny foi na cozinha e pegou uma maçã. Com a maior naturalidade do mundo deixou um leve beijo no rosto de Jaehyun, despediu-se e saiu.

Aquele beijo fez o Jung acordar de seus devaneios e ficar tão vermelho quanto a maçã que o dono da casa havia pego antes de sair.

Ao terminar de lavar a louça, pôs a mão em seu rosto onde Johnny havia o beijado e sorriu. Não esperava aquilo vindo dele, mas havia sido uma surpresa boa.

Talvez seu dia não fosse tão ruim assim.



-AVISINHO-

Eu não costumo vir aqui no final falar muitas coisas mas eu sinto que devia algumas explicações.

Primeiramente, MIL PERDÕES PELA DEMORA!!! Eu tava passando por um bloqueio criativo ENORME, mas estou tentando muito escrever o MÁXIMO.

Segundo, o capitulo ta menor do que de costume e não aconteceram muitas coisas, mas eu prometo que no próximo mais revelações virão.

Vocês tem algum palpite sobre quem é o tal monstro???

Absentis et Mortuus Est | NCT [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora