Capítulo 4 Lar doce lar

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Esperou no meio da escuridão, dentro do carro. Pegaram o corpo e os pertences e foram para o necrotério da cidade de Itapema. Ele deixou o carro da ambulância se afastar e seguiu- os farejando. O mustang foi visto por eles e um carro como aquele se destacava demais. A idéia seria vende- lo, arrumar um mais popular e seguir viagem. Estacionou o carro numa esquina e esperou alguns minutos.
40 minutos depois, saiu do carro e entrou sorrateiramente no necrotério. Era um soldado experiente, lutou várias batalhas no mundo dos homens  e no mundo de onde veio. Pegou o objeto místico. Um livro. Levou para o carro. Se afastou e dirigindo encontrou um terreno baldio, dormiu por umas poucas horas até o dia raiar. Comprou um jornal e passou uma parte da manhã pesquisando os classificados. Achou o lugar certo. Vendeu o velho Mustang comprou um Ford Ka 1999, bem menor que o mustang mas comum. Era perfeito. Pegou as mochilas, a guitarra e colocou no ford ka. Ainda restou uma boa grana para a viagem. Decidiu não abrir o livro ali. Um objeto místico era perigoso demais. Sua aura poderia chamar bem a atenção. Deu partida no ford ka. Às 15:00 hrs seguia rumo a Santa Helena dos Três Rios. Pisa fundo, volta pra BR 101 aproveitando o dia. O artefato parece brilhar mais forte dentro da mochila.
  Jason se aproxima da entrada de Santa Helena. Nada  mudou, a cidade ainda parece parada no tempo, casas, sobrados e armazém antigos, o velho hotel,  em frente a praça da cidade, contém um cartaz na porta "A cantora de Jazz Sophia se apresentará no bar do Hotel Santa Helena está noite". Sorri e guia o carro para a rua sem saída onde fica o sobrado. O antigo sobrado onde teve uma família e foi feliz. Suspira e estaciona  frente ao sobrado. Pega a mochila, o estojo da guitarra e as outras bolsas no porta mala. Sobe as escadas, coloca a chave na fechadura e fica parado por uns minutos. Medo? Ele entra.
Tudo está quase como ele deixou, exceto pela poeira sobre os lençóis que cobrem os móveis. Antes de qualquer coisa ele tira os lençóis, vai ao armazém compra produtos de limpeza, no mercado compra alimentos, cerveja e vinhos e passa o resto do dia e parte da noite cuidando do velho sobrado.
  No dia seguinte, levantou cedo e resolver caminhar pela cidade. Mesmo na luz do dia enxergava os fantasmas, caminhando ao lado dos vivos, homens com cartolas, senhoras com sombrinhas e vestidos longos, alguns espíritos cumprimentava- o.
"Nada mudou, a cidade continua a mesma coisa. E eu ainda continuo um forasteiro aqui..."

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⏰ Última atualização: Nov 28, 2019 ⏰

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