Os 10 sintomas que comprovam que você é uma fada

Capítulo 2

  Elfany e Ruby estavam cuidando de mim como se eu fosse uma verdadeira princesa, responderam todas as perguntas que eu tinha com a maior calma do mundo, o que de fato era necessario ja que eu era tão lerda quando sonolenta. Elas me mostraram um pouco do mundo delas pela janela do hospital e ele era lindo, havia varios sois e o ceu variava em tons de rosa e violeta, como um entardecer eterno. O hospital tinha um lindo jardim com tantas flores desconhecidas que ate imaginei a dor de cabeça que seria ter uma aula de biologia aqui, nessa dimensão.

  Nesse momento, estava dentro de uma banheira cascata, com uma agua corrente que ate onde eu estava informada era infinita e se renovava sempre, para que eu não tomasse banho em minha propria sujeira. E, sinceramente? aquilo era maravilhoso, a agua era morna e massageava todo o meu corpo por onde passava, poderia dormir ali mesmo em questão de segundos se não fosse pela fome que me cutucava pelo estomago a cada cinco minutos. Contudo, me dei algum tempo naquele pedaço de paraiso e relaxei meus olhos, devaneando para momentos antes daquele, quando ainda estava na maca macia do hospital.

Algumas horas ou minutos atras 

  -Para todas as suas perguntas, sim!- Ruby disse animada, lendo minha mente novamente, aquilo estava se tornando um pouco frustrante.

  -Todas as pessoas tem a escolha de ser uma fada, todas as criaturas em todas as dimensões nascem com a habilidade de mudarem de dimensão e existencia, contudo, para os humanos é um pouco mais complicado. Muitos lideres de dimensões tem uma aversão a humanidade dada a sua historia e são poucos os que conseguem sair do utero da mãe com esses dons. E para completar, o dom é facilmente perdido quando o humano faz algo muito ruim e isso tudo costuma ser antes mesmo dos 16. Quanto mais o tempo passa, menos humanos temos aqui, você é a segunda em um seculo.- Elfany disse enquanto me servia um pouco de chá em uma xicara feita de uma flor chamada copo de leite, ironico aquilo, não?

  -Vocês humanos conhecem esses erros como pecados- Ruby completou estendendo alguma coisa branca na segunda porta do pequeno quarto de hospital e aquilo me deixou muito mais confusa.

  -Mas eu definitivamente ja pequei, não sou perfeita, todos pecam, o que eu tenho de especial?- Disse bebendo um grande gole do chá que tinha um delicioso sabor de baunilha. 

  -Não sabemos te explicar a diferença entre os erros que os humanos cometem Sky... Alguns tem sorte, outros nao... e você? se considera sortuda?- a ultima pergunta foi feita quase que em unissono.

  Eu não sabia bem como responder, afinal, questionar a sorte de uma pessoa diante de algo que parece ser tão magnifico não parecia a coisa certa a se fazer, o que me fez questionar se ser uma fada seria tão bom assim. Para mim definitivamente seria, voar, viver naquele lugar lindo, ter orelhas pontudas com espaço extra pra por todos os piercings que eu ja desejei ter. 

  -Tudo bem querida, não precisa responder agora, nem teve todos os sintomas ainda- Ruby disse colocando a mão em meus ombros enquanto sorria, voltando novamente para a organização do comodo 

  -Sintomas?- perguntei dando um ultimo gole no chá, colocando a xicara na mesinha ao lado de minha maca

  -Sim, todas as fadas em desenvolvimento passam por alguns sintomas, acredito que sejam 10 no total, varia de especie para especie. Se ate o fim do prazo você não passar por todos, quer dizer que não é uma fada e só uma reprodução. Traduzindo para palavras humanas, uma copia barata.- Elfany disse tranquila enquanto me ajudava a levantar da cama enrolando um roupão no meu corpo logo em seguida