Capítulo 5

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Catarina narrando:

"Enquanto ele dormia mal ele sabia que lá no pé da areia outro chama de sereia, essa menina solta, essa menina solta"
Tava com fone de ouvido escutando essa música dentro do carro indo pra escola, aquele gatinho da praia não sai da minha cabeça,fiquei perdida nos meus pensamentos até chegar na escola.

Entrei na sala de aula e fui me sentar com o Dan e a Alice

- Bom dia meuszamores! - dei um beijo na Buchecha dos dois e me sentei no meio

- Bom dia anjinho! - Dan falou dando um sorriso lindu

- Bom dia piranha! - Alice falou dando um tapa de leve no meu braço

- Nem cheguei na escola e já sou agredida por você - fiz biquinho e carinha de triste

- Desculpa tá neném da mamãe? - Alice me deu um abraço e falou algo pra Dan que estava atrás de mim

- Vocês duas são uma peça! - ele falou rindo

- Bom dia alunos, abram o livro de matemática na página 189

- a demonia ja chegou - falei baixinho e revirei os olhos

- O que você falou Catarina?! - a prof me perguntou

- Nada não pró tava so cantando

Amélia narrando:

A Catarina acabou de sair pra escola, e hoje ela vai embora desta casa, comprei um saquinho de cocaína que vai ser muito útil, agora é só esperar ela chegar da escola e o Thomas do trabalho.

Eu espero que tudo de certo, quero que ela saía dessa casa e não seja mais um problema, o Thomas nunca gostou dela e eu muito mais, quando ela for embora o meu casamento vai estar a salvo, não irei abandonar os luxos que eu tenho e muito menos perder dinheiro, já que o Thomas paga tudo pra mim como meus pais morreram e deixaram a herança para meu irmão.

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Depois de algumas horas o Thomas chegou e faltava uns 20 minutinhos pra praga chegar também, expliquei tudo que era pra ele falar e o que ia acontecer. Estamos sentando no sofá da sala quando escutamos a porta ser aberta é agora

Catarina narrando:

Abri a porta do ape e quando ia subir a escada escuto minha mãe me chamando lá da sala, fui lá e vi ela sentada com o meu pai no sofá

- Milagre ver vocês dois juntos, que foi agora? - me sentei na poltrona

- O que significa isso Catarina? - meu pai me mostrou um saquinho e dentro tinha cocaína

- Eu não sei pai

- Não sabe tem certeza, encontramos isto no seu quarto escondido! - ele já alterou o tom de voz

- Isso não é meu pai, o senhor sabe que eu não me envolvo com essas coisas - Minha mãe me olhou com cara de raiva e meu pai estava com a mesma impressão, aquele saquinho não era meu não era...

- Se não é seu, o que estava fazendo lá - Minha mãe deu um sorriso de canto e eu não sabia o que responder

- Papai... - fui interrompida por ele que levantou do sofá e me puxou pelo braço com força fazendo doer

- NÃO ME CHAME DE PAI SUA PUTA, EU TE DOU TUDO E VOCÊ TEM A PROEZA DE SE ENVOLVER COM DROGAS!  - ele continuava me apertando enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto

- Papai eu não fiz isso eu nunca fiz - estava tentando falar em meio aos soluços

- VOCÊ É UM DESGOSTO, NÃO DEVERIA TER O MEU SOBRENOME, NEM SEI PORQUE TE REGISTREI - ele me jogou no chão com força e minha mãe não fazia nada além de está com um sorriso de canto

- O senhor me conhece pai, eu nunca iria fazer isto

- NUNCA MAIS ME CHAME DE PAI ENTENDEU?! VOCÊ NÃO É A MINHA FILHA, EU ME ARREPENDO TANTO DE TER TE REGISTRADO, AH SE EU PUDESSE VOLTAR NO DIA DO SEU NASCIMENTO TERIA MANDADO TE MATAR

- Pq você está falando isso, eu sou sim a sua filha, eu sou... - Eu não conseguia me levantar do chão só chorava

- NÃO CATARINA, VOCÊ É FILHA DE UM TRAFICANTE, NÃO ME SURPREENDO VOCÊ ESTÁ FUMANDO - ele falou com tanto ódio e gritava tanto e tão alto, eu não sabia o que responder, fiquei em choque, minha garganta deu um nó, ele é  o meu pai

- Não papai o senhor é o meu pai de sangue

- EU SOU O SEU PADRASTO, SUA MÃE FILHA DA PUTA SE ENVOLVEU COM UM TRAFICANTE O DONO DO MORRO DO ALEMÃO E FICOU GRÁVIDA DE VOCÊ, EU TIVE QUE TE REGISTRAR E FALAR QUE ERA SEU PAI POR CONTA DAS APARÊNCIAS, MAS EU SEMPRE TE ODIEI - Minha cabeça estava a mil, eu estava sem reação não sabia o que falar, eu sei que ele nunca gostou de mim, mas nunca imaginei isso, eu sou filha de um traficante?!!!

- EU QUERO QUE VOCÊ SAI DESSA CASA IMEDIANTE, QUERO QUE SUMA DA MINHA VIDA E NUNCA MAIS APAREÇA, COMO EU SOU UMA BOA PESSOA TE DOU UMA HORA PRA ARRUMAR A SUAS COISAS, E NUNCA MAIS PENSE EM APARECER AQUI !!!!!

- mãe isso é verdade? - falei baixo com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e olhando para ela

- É sim Catarina, seu pai é dono do Morro do alemão eu tive um caso com ele mas o Thomas que te registrou e fingiu ser seu pai por todo este tempo. Você sempre foi uma decepção, eu te odeio menina - ela falava com uma calma e com um sorriso de felicidade no rosto

- Pai eu não posso ir embora, eu não tenho lugar pra ir por favor

- Não me chame de pai eu não sou o seu pai já te disse, quero que você suma deste apartamento, arrume suas coisas e desapareça, não me importo pra onde você vai ou se você não tem onde morar, eu te aconselho a ir falar com o seu pai biológico afinal você é uma drogada também - Eu só sabia chorar, não conseguia pensar e eu não tinha lugar pra ir eles saíram da sala e foram em direção ao escritório continuei lá sentada chorando

- Eu te aconselho a se apressar, você só tem uma hora, ou arruma suas coisas ou sai daqui com nada - Minha mãe falou em um tom debochado

Minha vida é uma mentira Onde histórias criam vida. Descubra agora