Capítulo 1 - 2ª parte

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Estava na balada, no primeiro sábado do mês e procurava por uma companhia agradável.

Usava meu vestido tomara que caia de renda preta, com um corselete trançado na frente e fechado com um zíper atrás que delineava todas as minhas curvas perfeitamente, abaixo seguia uma saia leve e rodada até o meio da coxa, combinando com salto agulha que deixava minhas pernas mais longas.

Sentei-me no bar, pedi um uísque com gelo, que é a única bebida alcoólica que tomo e fiquei admirando a paisagem de garotões que circulavam a minha volta.

Dava pra escolher a dedo.

—“Qual o homem que não gosta de uma transa fácil, descomplicada e sem compromisso?” Peguei-me pensando.

Fiquei observando por um tempo, até que avistei o rapaz atraente do outro lado do bar me admirando a distância.

Apontei meu dedo indicador para ele e flexionei.

—Vem...

Ele pegou seu copo e seguiu em minha direção. Enquanto caminhava, sem pressa, observei que era realmente lindo, um espécime raro e delicioso, de um metro e oitenta de altura, com cabelos claros e lisos, num corte reto na altura dos ombros largos.

Continuei minha avaliação focando em seu rosto.

—“Muito masculino, com sobrancelhas grossas... Nariz fino... Bochechas rosadas... Lábios... Estreitos, mas muito bem desenhados... Queixo quadrado... O que sempre foi a minha perdição”.

E quando um flash de luz iluminou seu rosto, pude perceber que tinha os olhos azuis mais claros que alguma vez havia visto.

Vestia uma camiseta branca com gola V, que destacava seus braços definidos e musculosos, colada as linhas do seu tórax e abdômen, um par de coxas grossas e bem torneadas, cobertas com um jeans escuro que pendia dos quadris estreitos.

­­­­—“Ele realmente não deve sair da academia para ter um corpo tão bom”. Apreciei.

—Oi... Eu sou Daniel... Você vem sempre aqui? Falou enquanto se instalava ao meu lado e me oferecia à mão esquerda.

—“Lá vamos nós para o papinho furado”. Pensei enquanto sorria e me preparava pra responder.

—Oi Daniel... Sophia... Só venho aqui às vezes... E você?

—Eu também, só de vez em quando.

Passamos a próxima hora jogando conversa fora, falando desde o clima da semana, esporte, livros, cinema e até comida.

Ele está fazendo estágio de engenharia civil numa empresa privada, cursando o ultimo ano de faculdade e tem vinte quatro anos.

—“Vinte quatro anos... Um ano mais novo que eu”. Considerei enquanto continuava a conversa.

—Tenho Vinte e cinco.

—Eu acho que você está me enrolando... Você parece uma bonequinha de tão linda e delicada.

—Obrigada... Agradeci oferecendo um sorriso amplo e tomando minha decisão.

Assumindo meu sorriso como um sinal claro de aprovação, Daniel pegou em minhas mãos e começou a acariciá-las com os polegares.

Levantei-me do meu banco, me posicionei entre suas pernas abertas e dei um passo à frente para chegar bem perto, porem sem encostar nossos corpos.

Tirei minhas mãos das suas e segurei em seus bíceps impressionantes, aproximando-me de sua orelha.

—Que tal falarmos de química?... Ou melhor, não falar?

O desejo de SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora