Capítulo 3 - 6ª parte

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—“Ai meu Deus isso não está acontecendo... Eu quero um grande buraco pra me enfiar dentro e não sair nunca mais”.

—“Presumi que estava sozinha e olha no que deu... Secretária ordinária, recepcionista defensora e obtendo a piedade do senhor super-gostoso que ouviu cada palavra”.

—“O que fazer?... Ignorar?... Rebater?... Desconversar?... Flertar?... Dúvidas... Dúvidas”.

—Nenhuma novidade. Disse finalmente.

—“Melhor mostrar que nada disso me afeta, que sou forte e indiferente ao que as pessoas pensam ou falam a meu respeito”.

—Eu teria ficado no mínimo muito bravo, se fosse comigo.

—Uma grande diferença entre nós, eu não tento agradar ninguém e não me importa o que pensam... Tenho certeza que você foi bem informado durante o seu almoço e não duvide, é ainda pior.

—Não acredito... Você usa essa máscara gélida pra afastar a todos Sophia, mas comigo, isso não cola... Pude sentir o quanto você é apaixonada, lembra-se?... Eu só não entendo sua atitude... Mas no momento, o que vim dizer, foi que eu sinto muito que você tenha sido o alvo.

—Não sinta Senhor Lyebe, a única coisa exigida por mim é capacidade e competência nada mais.

—Para de se esconder... Ninguém aqui pode ter vontade de passar por essas barreiras estúpidas que você colocou Sophia, mas eu sou bem diferente... E a mim você não enganar com essa força fingida.

Eu estava muito cansada e deprimida neste momento e não queria deixar cair minhas barreiras, então fiz a única coisa que sempre conheci muito bem, o cortei e fui brutal.

—Srta. Castelli para qualquer um, inclusive pra você, apesar do que aconteceu aqui, nada mudou... Você é um funcionário como qualquer outro e não estamos aqui para sermos amigos, amantes, ou seja, o que for que está passando por essa cabeça arrogante... E sim termos uma relação de trabalho com muita distância e respeito... Agora se me der licença senhor Lyebe.

Aproveitei que as portas do elevador se abriram no térreo e me afastei rapidamente sem olhar pra trás.

Meu coração estava apertado e engoli duro o nó da minha garganta, para não sair soluçando como uma garotinha manhosa.

Entrei no meu carro e me dirigi pra casa, pra reforçar todas as minhas barreiras, pois provavelmente eu iria precisar.

—“Ryan conseguiu me ler em menos de um dia... É carismático, gentil, atencioso e excessivamente lindo, uma combinação nada boa para alguém vazia como eu”. Ponderava enquanto dirigia pela cidade.

Amanhã vou estar firme, forte e imune novamente.

O desejo de SophiaOnde histórias criam vida. Descubra agora