Capítulo 1

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-Pai! Como promotora eu não posso aceitar algo assim!

-Filha, existem sacrifícios que tem que ser feitos.

Apenas olho decepcionada para o meu pai, e viro de costas, pego minha bolsa no sofá e saio de casa batendo a porta.

Entro no meu carro que é uma Lamborghini branca, pego minha chave que tem um pompom preto no chaveiro, ligo no carro e saio daquela lugar que um dia chamei de casa.

Não, não pensem que sou uma burguesa filhinha de papai, nem que sou apenas uma garotinha mimada que não sabe nada da vida.
Eu tenho 26 anos, sou formada em direito, especializada na área da promotoria criminal, ja coloquei mais de 40 criminosos atrás das grades, então não, eu não sou só uma filhinha de papai rica e mimada.

Estaciono o carro da garagem da minha casa, pego minha bolsa chanel, travo o carro e entro em casa, eu moro em uma casa "moderna" de dois andares, ela fica no Leblon, deixo minha bolsa em cima do sofá e subo direto pro meu quarto, logo sendo seguida pelo Bruce meu shitzu, assim que chego no quarto o Bruce sobe em cima da minha cama enquanto eu sigo pro banheiro, coloco a banheira pra encher, coloco um sal de rosas na banheira que eu amo e deixo ela com bastante espuma, eu estava precisando relaxar sabe?!

Lembro da minha conversa de mais cedo com o meu pai.

Flashback on:

-Filha, a empresa está falindo

Oi? Eu escutei direito? Falindo?

-Como isso é possível papai?

-Horas! A Lauren foi pra fora do Brasil com o noivo e sem ela a nossa empresa de advogacia não anda, o único jeito seria se eu aceitasse uma proposta que o Sr. Connor me fez.

-e porque não aceita?

- É complicado...não posso decidir isso sozinho.

Vejo meu pai ficando triste e preocupado, nós não fomos sempre ricos, nunca chegamos a ser pobres mas não éramos como hoje, já tivemos nossos apertos, nossos "gatos" pra abaixar as contas, nossas noites sem luz porque atrasamos o pagamento de alguma conta, e quando meu pai conseguiu fazer essa empresa crescer, foi a maior felicidade dele, eu faria qualquer coisa por essa empresa para ver o meu pai feliz...

-Pai me conta oque ele pediu, eu dou um jeito de arrumar e...

-Sua mão!

Olho estranho pro meu pai, ele só pode estar brincando!

-Pai, me desculpe, mas não posso me casar com um homem tão velho como ele, aonde ja se vi...

-O Sr.Connor pediu sua mão para o filho dele, Noah Connor.

Flashback off

Solto um longo suspiro, decido sair da água que já está esfriando, e além do mais, meus dedos já estão ficando enrugados também.
Saio da banheira e esvazio ela, vou em direção ao meu quarto e coloco um babydoll azul escuro, prendo meus cabelos em um coque frouxo e ligo o ar condicionado, deito na cama e fico pensando mais um pouco sobre a proposta do tal Sr.Connor, quando estava quase dormindo a campainha toca.

Bruce desce correndo e latindo, é, ele é bem serelepe quando quer.
Pego meu roupão azul, que fazia parte do conjunto do babydoll e desço do jeito que eu estou, provavelmente era meu irmão Jones que vem ouvir minhas lamúrias sempre que pode.
Ele ja deve ter ficado sabendo do que aconteceu pela mamãe, aquela lá ama uma fofoca-reviro os olhos com esse pensamento-abro a porta e dou de cara com um homem muito, muito, mas muito gostoso mesmo!

Cabelos castanhos escuro, olhos verdes, aparentemente musculoso, alto e com o maxilar mais quadrado, sério que ele é logo meu tipo?!

Percebo que passei tempo demais calada só olhando pra ele e decido falar alguma coisa:

-Boa Noite! Nos conhecemos?

-Ainda não, eu sou Noah Connor, filho do Sebastian Connor, e você é Sophie Smith, a garota que recebeu a proposta do meu pai.

Ele diz entrando na minha casa, quem autorizou ele a entrar mesmo?
Fecho a porta, com raiva, odeio pessoas que não se tocam!

-Quem te deu permissão para entrar mesmo?

-Querida, você é minha futura noiva, eu não preciso de "permissão para entrar"

Diz com ironia.

Querido, eu não vou me casar com você, então o senhor precisa sim de "permissão para entrar"

O respondo com deboche, porque não vou sair por baixo nesse jogo dele.

-Eu vim aqui conversar pessoalmente com você, porque acho que após entender como vai funcionar, você vai mudar drasticamente de ideia e irá querer se casar comigo.

Eu não iria me casar com ele, mas realmente não tinha nada de melhor para fazer, então vamos escutar a proposta dele.

Fico em pé na frente dele que estava sentado no sofá, ele me olha de cima a baixo de forma rápida, mas parece ignorar o fato de eu me recusar a sentar do lado dele e abre sua maleta, e tirando de dentro dela oque parece ser um contrato.

-Vou falar pra você as vantagens disso.

-Ja pode começar.

-A primeira vantagem é a divisão de bens, após o casamento, tudo oque você comprar com o meu dinheiro ou ganhar de mim continuara sendo seu.
A segunda vantagem seria os empregados que aparentemente você não tem, você teria um motorista particular, dois seguranças, uma massagista pessoal, um personal trainer e três profissionais na área de beleza a sua disposição: uma cabeleireira, uma manicure e pedicure e uma maquiadora.

-Eu não preciso de nada disso, mas vou aceitar a sua proposta porque preciso da empresa do meu pai lá em cima denovo.

-Como quiser querida, mas essas duas vantagens ja estão no nosso contrato.

Apenas assinto.

Ele abre sua maleta e de lá tira um papel, o qual me da e eu avalio vendo que é o contrato.

-Essa é uma cópia do contrato vou te dar dois dias para ler e se quiser alterar ou adicionar algo entre em contato com a minha secretária-diz me entregando o cartão.

-Tudo bem, obrigada por me ajudar-digo apertando a mão dele.

Ele apenas assente e aperta a minha mão de volta.

-QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

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