The Dress

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O dia de Domingo já estava escurecendo e eu ainda estava deitada na minha cama ouvindo música. Geralmente eu passo o meu fim de semana assim, só é diferente quando eu resolvo passar com o meu namorado.

Jack Gilinsky, poucos centímetros mais alto que eu, com seus dezoito anos de idade e dois anos mais velho que eu. O rapaz parece um sonho de tão bonito e eu agradeço todo dia por ele ser meu namorado.

O meu surto de apresentação pra alguém como se eu fosse narradora de minha vida acaba quando minha mãe bate na porta de meu quarto. Me levanto sendo arrastada por meus pés, eu estava tanto tempo deitada que levantar me levou a uma queda de pressão, mas logo eu cheguei na porta e a abri.

_ Ai meu Deus, Arya, você tá parecendo um mendigo.

_ Oi mãe... - Digo com um tom de voz preguiçoso.

_ Uma cliente forte minha vai vir buscar um vestido que eu confeccionei -Concordei com a cabeça e a depositei na porta esperando que ela terminasse sua frase entediante - Provável que ela, ou quem buscar fique para o jantar.

_ Espera aí, o que? - Desperto de minha preguiça contagiante e a olho séria.

_ Espero que esteja pronta às 20:00. - Minha mãe começa a andar e como eu sabia que eu iria ser ignorada se reclamasse, resolvi me calar e concordar.

Se tem uma coisa que eu odeio é ter compromisso no domingo, eu sempre tiro esse dia pra ficar completamente desarrumada e desfocada do mundo real.

Fecho a porta do meu quarto com certo descuidado, espero que o pessoal da casa não tenha ouvido o bater da porta. Caminho em passos lentos até chegar a janela e observo a casa que ficava ao lado da minha, havia um caminhão de mudanças na frente e várias pessoa levando caixas pra dentro. Eu me lembro da última vez que essa casa foi habitada, eu era muito pequena e os moradores não eram nada simpáticos, felizmente se mudaram poucos meses depois e largaram a casa sem vender, deve ter uns dois meses que resolveram vender.

Eu me lembro que um dos três quartos dessa casa possui a janela que dá pro meu quarto, espero com todas as forças que ele não seja ocupado, vai que é um espião ou um tarado qualquer. Deus me livre. Fecho as cortinas da janela pela qual eu estava observando e entro no banheiro do meu quarto para me arrumar.

Desbloqueio meu celular e coloco uma playlist aleatória pra tocar, por obra do destino ou pura coincidência a música era da minha artista preferida. Retiro minhas roupas enquanto encaro meu corpo no espelho.

_Olha só senhorita Arya até que você não é se se jogar fora.

Dou uma gargalhada com minha frase, era bom ter minha companhia, e apenas ela. O que seria destruído com a chegada das visitas. Entro no chuveiro e solto minha voz com a música soltando meus quadris com o ritmo da melodia.
Fico um demorado tempo debaixo do chuveiro apenas curtindo a música ou tendo pensamentos aleatórios que se alguém de fora tivesse conhecimento provavelmente iria desconfiar que eu estava sob o efeito de drogas ilícitas.

Ouço a campanhia tocar e logo me apresso para me vestir. Que merda minha mãe vai me matar. Escolho uma jardineira de calça comprida, uma faixa e um tênis, visto rapidamente e encaixo o par de tênis nos pés e saio pulando ajeitando-o no calcanhar no pé direito em direção ao banheiro. Pego minha escova de cabelo e desembaraço o cabelo com velocidade nas mãos, provável que arranquei dez quilos de cabelo de tão forte que eu passei a escova nas mechas. Escovo os dentes, dessa vez mais calma, enquanto encaro meu rosto no espelho.

_ Pareço que eu tô doente, puta que pariu. - Essa foi minha opinião ao ver meu lábio amarelado e minhas bochechas completamente sem cor.

Desço as escadas saltando alguns degraus e logo chego na sala de estar onde havia apenas um rapaz sentado conversando com minha mãe.

𝕓𝕝𝕠𝕟𝕕 𝕤𝕥𝕣𝕒𝕟𝕕𝕤 - Ʀuεl Onde histórias criam vida. Descubra agora