Mas não por inteiro. Sei lá. Tenho vestígios seus pela minha memória. Será que sua voz continua a mesma? Ou seu riso frouxo e besta? Será que você ainda faz aquela voz manhosa quando quer algo? Às vezes me pergunto se não poderíamos ser amigas, só para eu saber se você, no mínimo, está bem. Mas não. Não daria certo.
Você é o meu pior gatilho.
Você é o meu ponto fraco. É a parte que dói.
É aquilo que eu desejo que morra dentro de mim.
É o que eu não quero lembrar, mas toda vez que penso em esquecer, lembro.
Afinal, por onde tu andas? O que você resolveu fazer mesmo? Soube que seguiu meus conselhos por um tempo, mas logo mudou radicalmente todas as atitudes. Não foi por mim, né? Aliás, será que você ainda pensa em mim?
Será que pensa ao menos como eu tô?
Sei lá, eu penso em você.
Penso coisas aleatórias. Gosto de pensar, não me dói. Não é como se eu quisesse estar com você. Só gosto de pensar se você está tão bem, e desejo isso.
Na verdade, eu te desejo as melhores coisas que a vida possa te oferecer.
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