- Gadri onde você está!! - Gritei o mais alto que pude na esperança de encontrar meu cavalo que com o barulho alto da tempestade se assustou e correu em direção a floresta. Eu chamava por seu nome diversas vezes mas com toda essa chuva ficava impossível encontrá lo.
Eu realmente tinha escolhido um péssimo dia para andar a cavalo e eu me punia mentalmente por isso. Meu vestido completamente encharcado dificultavam e muito a caminhada, e a força em que eu colocava em minhas pernas estavam me deixando exausta.
- Onde você está!? - Gritei mais uma vez recebendo em troca os mesmo sons que Gadri fazia quando estava com medo, ao que parecia ele não estava muito longe, então segurei firme a capa que cobria meu corpo e comecei a caminhar mais rápido contra a tempestade.
Não demorou muito para que eu encontrasse meu fiel amigo com sua guia presa a um galho de árvore. Tentei me aproximar dele mas o mesmo parecia assustado, ele se mexia freneticamente tentando se livrar do galho que o prendia.
- Calma amigo, está tudo bem. - Falei em um tom suave para que ele se acalmasse com minha voz, e depois do mesmo receber um carinho em sua cabeça, parecia menos assustado.
Subu com cuidado sobre a sela e dou o comando para que Gadri começasse a andar. O caminho até nosso destino era curto, felizmente esse meu amiguinho não teve a ideia de ir muito longe. De onde estávamos era possível ver a fumaça que saia de chaminé onde se encontrava minha casa e eu estava aliviada com isso.
Não faltando muito para chegar, sou fortemente abalada ao escutar uma voz gritar.
- Alguem me ajuda! - Uma voz grossa pede por ajuda e eu me arrepio por inteiro, senti um leve medo me consumir mas ao mesmo tempo uma necessidade de ajudar o indivíduo. Pensei bem por breves segundos antes de descer de minha montaria e tentar procurar pelo dono da voz.
Olhei para todos os lados tentando achar lo, até que vejo um corpo jogado no chão.
Corro em direção a pessoa e noto que há uma grande ferida exposta em seu abdômen e que o mesmo estava desacordado. Tento raciocinar e a primeira coisa que vem em minha cabeça e rasga uma das barras de meu vestido passando-a em volta do machucado.
- Por favor, tente aguentar firme. - Digo dando um segundo nó no tecido e em resposta o garoto apenas grunhiu algumas palavras às quais não consegui compreender.
Mesmo com minha baixa estatura, faço um esforço para levantar lo e apoiar seu braço em meus ombros, ando breves passos até meu cavalo e coloco o mesmo sobre a sela.
- Temos que chegar a mansão rápido, ele está perdendo muito sangue. - Digo tirando a capa que vestia nesse momento, cobrindo o corpo alheio.
Assim que chegamos a mansão, entro pela a porta da frente deitando o garoto no estofado da sala e antes que pudesse pensar em qualquer coisa Jayden entra na sala já disparando a questionar.
- O que houve?Quem é esse rapaz? - Perguntou ao ver o garoto desacordado no sofá.
- Ele me parece familiar mas não sei ao certo. O encontrei na floresta, ele estava pedindo por ajuda. - Expliquei enquanto tentava recuperar o fôlego, pois trazê-lo até aqui não foi uma tarefa fácil.
- E o que a senhorita pretende fazer com ele? - Indagou o mais velho.
- Temos que cuidar dessa ferida mas não podemos fazer isso aqui. Me ajude a levá lo até o quarto de hóspedes.
Essa foi a primeira em minha vida que me encontrava nessa situação, nunca pensei que eu mesma, algum dia teria que sutura uma pessoa, eu estava nervosa mas o garoto estava quase entre a vida e a morte, seus lábios estavam esbranquiçados e sua pele levemente pálida pela perda de sangue, ele estava muito fraco não havia como chamamos por um médico, pois o garoto talvez não resistisse a espera.
(...)
- Então... quer dizer que se você não estivesse lá eu poderia ter morrido? - Digo ranceoso após Anastacia concluir sua história sobre a noite anterior. Eu estava com tanto medo que poderia jurar a mim mesmo não passar daquela noite.
- Havia sim uma grande chance disso acontecer, mas felizmente você agora está bem. - Alegou ela com um pequeno sorriso.
- Pensar que eu poderia ter morrido faz isso soa bem assustador. - Murmuro para mim mesmo com um mero sorriso sem humor. - Eu realmente nem sei como agradecer.
- Não se preocupe com isso, foi um prazer ajudar. - Disse ela gentilmente.
- Eu de verdade agradeço senhorita Lewis. - Um sorriso sincero é esboçado por mim ao pronunciar o belo sobrenome da moça a minha frente, já que a mesma gostava de abusar da formalidade.
- Não há de quê senhor Park. - Deu ênfase em meu sobre nome sorrindo divertidamente.
- Aqui está o jantar. - Anunciou o homem, que de acordo com a historia que Anastacia acaba de contar, arrisco a dizer que seja Jayden seu nome. O mesmo trazia consigo duas bandejas as posicionando na mesa a frente de cada um.
Iríamos jantar só nós dois? Pensei.
- Jayden, não jantará conosco essa noite? - Anastacia questiona fitando os pratos na mesa, parecendo ler minha mente.
- Não senhorita. - Negou. - Deixarei para que fique a sós com seu convidado. - Explicou o senhor olhando em minha direção.
- Como preferir... - Anastácia assenti e o senhor pede licença a ambos se retirando do local.
- Seu mordomo? - Supus apenas buscando por assunto.
- Mordomo, cozinheiro, professor, amigo. Jayden tem muitas funções nesta casa. - Comentou ela já em sua primeira garfada.
- Parece ser alguém bastante educado. - Retribui o comentário seguindo os gesto da mesma.
- Quando se trata de bons modos e etiqueta, não há ninguém como ele. Usar um garfo errado é uma completa blasfêmia a ele. - Sua frase é completada por uma risada divertida de ambos. Dava para ver que ela tinha um bom senso de humor.
O jantar tinha um clima tranquilo, não trocamos muitas palavras a não ser breves comentários sobre o qual maravilhosa a comida estava, o sabor meio que me lembrava as comidas caseiras de Jin, comidas típica coreana sempre foram sua especialidade, aos domingos Dahyun e eu sempre desfrutarmos da grande culinária de Kim Seokjin. Conseguia sentir a saudade dando olá para mim.
- Algo lhe aflige? - A moça perguntou notando meu silêncio após a refeição enquanto Jayden retirava a mesa.
- Só...saudades de casa. - Expliquei com um discreto sorriso.
- Ah...sim...entendo. - Murmurou parecendo um pouco chateada. Eu fiz mal em tocar no assunto? Não sabia mas não queria que ela intense como se eu não quisesse ficar aqui.
- Mas não me entenda mal, eu apenas gostaria de dizer a meu Hyung que estou bem, ele talvez esteja procurando por mim. - Expliquei novamente ganhando um olhar compreensivo da mesma.
- Você... gostaria de falar com ele? - Anastacia sugere e eu acenti prontamente.
Anastacia entrou em uma sala sendo acompanhada por mim, era uma espécie de escritório, um lugar com um estilo meio vintage, com moveis amadeirados e uma grande estante de livros.
Andamos pelo cômodo até uma mesa que nela havia um telefone, Anastacia me dá espaço para que eu pudesse usá lo e assim eu começo inserir os números da casa de Jin. Não demorou muito para que alguém o atendesse.
- Jin Hyung?
- Jimin-ah onde você se meteu!? Por que não voltou para casa ontem a noite? Dahyun me disse que foi a sua casa hoje de manhã e você não estava lá. Pode se explicar agora mesmo! - Berrou ele ao telefone me fazendo afastar o mesmo de meu ouvido e assim soltando uma risadinha da garota ao meu lado que rapidamente disfarçou.
- Não se preocupe, eu estou bem.
Contei a ele toda a história e depois do mesmo gritar comigo por sair no meio de uma tempestade ele disse que era para voltar logo e depois desligo.
- Ele é um amor de pessoa. - Digo após encerrar a ligação.
- Tenho certeza que é. - Completou ela e nós dois rimos.
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A Mansão
FanfictionJimin ao se perde na floresta em meio a uma tempestade e acorda em um lugar totalmente diferente. Uma casa com mais quartos que se possa conta. E nessa tão grande casa morava uma garota misteriosa chamada Anastacia Lewis... Quem é ela? Jimin querida...