Paris 2019

932 39 13
                                    

Chegar sem ser visto,fazer o caminho indicado pelos seguranças no aeroporto. Parecia coisa de filme -Sam pensou- estou vivendo dentro de um filme. Mas era necessário tomar todos os cuidados, fazer as coisas "do jeito dela ". Ninguém poderia saber que ele tinha chegado, pra todos os efeitos ele chegaria apenas um dia antes. Era madrugada, ninguém no saguão do hotel, o funcionário do check in lhe entregou o cartão da suíte. Ele olhou pra o número do quarto que ele não usaria.
Haviam reservado dois quartos, porque pra todos os efeitos, caso algo acontecesse, estavam em quartos diferentes, teriam como provar.
Ele pensou em entrar no quarto que seria o dele e tomar um banho antes, mas haviam 15 mensagens de uma mulher impaciente, perguntando se estava tudo bem, se o tinham visto, o quanto ia demorar. Ele a conhecia o bastante pra saber que  quando ela estava assim não havia acordo: ele precisava tranquiliza-la.
A porta do quarto abriu e ele foi praticamente puxado pra dentro, envolvido por braços longos em seu pescoço,uma boca colando na sua, o cheiro doce dos cabelos dela.
-Hi love. Ele disse alisando o rosto dela.
-Você tem certeza de que não foi visto?
-Você está ficando paranoica...Ele respondeu rindo.
- Ah,é isso que você fala sobre mim quando me encontra? Depois de dias e dias longe? Ela o jogou na cama fingindo indignação.
-Devo mudar pra ninfomaníaca?
Ela estava sentada em cima dele,beijou sua orelha,mordeu o queixo e depois o beijou na boca, daquele jeito que ela só fazia quando queria deixa-lo fora de si.
-love...ele parou ofegante.
-O que foi? Ela perguntou, um riso discreto no canto dos lábios.
-Eu vooei zilhões de horas, preciso tomar banho.
Ela olhou pra ele com cara de reprovação.
-Francamente,Sam!
-Desculpa, mas você está tão cheirosa e gostosa, eu acho maldade não estar a altura.
Ela já ia saindo do quarto dele resignada, quando ele a puxou de volta beijando-a.
-Baby, eu acho que estou muito sujo, vou precisar de sua ajuda em baixo do chuveiro.
Ela começou a tirar as roupas dele enquanto ele a beijava, gemendo quando sentia a língua dele em sua orelha.
Depois de pé, ele se desfez rapidamente das calças, olhando pra ela que tirava a camisola e sem ter certeza de que conseguiria chegar no chuveiro.
Eles já estavam na porta do banheiro quando o som estridente cortou o silêncio do quarto.
-Meu telefone. Ela disse ofegante.
-Deixa pra lá- ele gemeu.
-É minha mãe, é o toque dela, deve ser importante. 

Ela o empurrou pra dentro do banheiro e fechou a porta, correndo pra atender o telefone, ainda ofegante. 
Do outro lado a mãe perguntou como ela estava e começaram aquela conversa de sempre, sobre velhos amigos, vizinhos, as novas manias do pai e um apanhado sobre a vida da filha.
Ela estava distraída  esclarecendo à mãe o que acontecia em uma Convenção e porque ela estava em Paris, quando mãos frias seguraram seus joelhos. Ela quase gritou no telefone.
O ator da façanha riu antes de beijar e morder sua coxa direita, depois lamber a esquerda, ela tentou conter, mas parecia involuntário, as pernas dela iam se abrindo com o toque daquela língua.

Ela mal ouvia o que a mãe estava dizendo. Segurou o cabelo dele e fechou as pernas com força.
"É MINHA MÃE " ele fez a leitura labial da frase que ela disse sem som. Ele suspirou e apoiou a cabeça no quadril dela, não usou a língua, mas acariciava, pequenos pelos que estavam voltando a crescer, desde a última vez que a viu. Ele passava o dedo como se desenhasse.
-Um beijo mãe. Beijo pra o papai também.
Ela desligou o telefone.
-Você tem noção de que por sua causa só entendi 30% do que conversei com minha mãe?
-Desde quando sua mãe te liga de madrugada?
- Ela está tendo insônia. Eu disse que hoje estaria acordada, afinal estava esperando alguém chegar, não é?
-Eu estou todo aqui. Ele disse sem olhar pra ela, muito interessado em retornar o que estava fazendo anteriormente. E seguiu com lambidas, mordidas, até que ela não conseguiu se conter.
Ela queria segredo, discrição e mil cuidados naquela viagem, mas o jeito que ela gritou ali naquele quarto de hotel deixou ele com medo de que alguém da recepção ligasse perguntando se estava tudo bem.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 17, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Paris 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora