UM NATAL SEXY! - Simon & Antônio

UNS - C-01:

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》TONY GUINNI《

"A vida escreve novos caminhos e saber trilhar esta longa estrada da vida é percorrer o caminho certo". Mas não pensava assim a alguns anos atrás.

Não sei bem como iniciar esse relato, alguns pode chamar assim, outros pode apenas achar que estou desabafando. Então vamos pelo caminho mais fácil.

Me chamo Antônio Joseph Burguinni ou como fui conhecido em minha infância e agora levo como nome artístico, Tony Guinni, tenho 32 anos, olhos verdes, cabelo castanho e pele parda. Tenho 1,90cm de altura, mas aparento ter bem mais e atualmente moro em São Francisco e trabalho na Black King, mas cresci em Blumenau, Santa Catarina, Brasil.

Hoje posso dizer que vivo a minha vida, me reconheço como pessoa e busco fazer o meu melhor por mim mesmo, pois desde criança aprendia e convivia com o preconceito por ser de classe média baixa.

Ser um garoto com conflitos internos e crescer assim me fez rever e analisar meus conceitos, curtir meus defeitos e chorar pelos meus erros e esse devo acrescentar, foram muitos. Não digo que não tive momentos de prazer e que as descobertas de si mesmo – por mais assustadoras que possa parecer – também tem lá suas qualidades, hoje tenho a minha vida, uma família que luta comigo e me faz vencer o medo de amar a mim mesmo não me entendendo.

Lembro-me que meu primeiro beijo foi aos treze anos, um vizinho muito especial que me fez descobrir a beleza de momentos a dois, ele era apenas um ano mais velho que eu e me confidenciou que perdeu a virgindade aos treze anos com um tio dele a força, ele apanhou muito antes, durante e depois do ato de violência. Mas devido as marcas que ele não conseguiu esconder, as manchas de sangue na cueca durante dias, e as constantes dificuldades para se sentar ou levantas, seu pai iniciou uma investigação por contra própria.

E assim ele descobriu o que aconteceu a seu amado filho, o monstro do irmão mais velho dele era um maldito pedófilo, Jonas não foi seu primeiro e nem o último, antes dele teve mais oito pré-adolescentes e depois mais três. Saulo encontrou uma passagem secreta atrás da geladeira da cozinha que levava a um quarto no subterrâneo, lá ele encontrou várias fotos e arquivos detalhados de cada uma das vítimas de Sales.

Jonas era a nona vítima e a mais desejada segundo seu diário, o pior foi as fitas de vídeos que registraram as atrocidades cometidas pelo monstro que abusou seu precioso filho. Sem pensar muito, esperou o irão voltar e assim que ele passou pela porta de casa, deu-lhe um tiro certeiro na testa e em seguida ligou para a polícia, contou o que tinha feito e indicou a sala secreta.

Comovido pelo que aconteceu e de pleno acordo com os três policiais que vieram em sua companhia para efetuar a prisão de Saulo pela morte do irmão Silas, o delegado não o prendeu e omitiu no relatório que ele mesmo atirou no criminoso ao ser chamado para averiguar a denúncia.

Meu amigo Jonas fez acompanhamento pela psicóloga por quase um ano e mesmo tendo pesadelos, ele seguia sua vida normalmente, pois seu nome nunca foi mencionado em meio aos casos quando a história vazou pelo seu bairro. Mas ele e o pais se mudaram para outra cidade e mesmo bairro que o meu, nos tornamos amigos e ele resolveu se abrir comigo.

Ele que me deu meu o meu primeiro beijo, mas não passou disso. Hoje ele está casado com uma bela mulata e sou padrinho da filha caçula deles. Ele e a mulher, Sabrina, moram em Paris desde que se formou e eles fugiram e se casaram.

Jonas foi o ombro amigo quando a prior coisa aconteceu comigo, eu me apaixonei pelo próprio demônio, Esther Roriz. Eu tinha me mudado para os Estados Unidos e cursava administração na Universidade Yale, Max já tinha se tornado meu melhor amigo, já que Jonas não quis cursar nesta mesma universidade por causa da namorada. Então alugamos uma Kitnet apropriadas para universitários de dois quartos, um banheiro, uma sala com cozinha acoplada em um prédio ao lado da universidade.