O negro céu da noite nebulosa
Está sem a cor prateada do lunar
Meu pensamento, seu alvo vai buscar
Na fria noite tenebrosa.
Bate em meu peito, tanta saudade
Que em noites frias, me faz chamar teu nome
Chamo-te, chamo e você não responde
Só ouço a incessante agitação da cidade.
Fico a pensar descontente
Aonde anda minha amada?
Nas inúteis procuras, não encontro nada
Só tenho tua imagem refletida em mente.
Nas tristes ruas, vago em pranto
Desatinado, ando solitário
Meus momentos ledos são precários
O luto para aliviá-lo canto.
Canto, mas não por prazer de cantar
E sim, porque a tristeza me obriga
As mais românticas cantigas,
A fim de minha amarga dor aliviar.
O orvalho noturno que cai sobre mim
Molha meu corpo, e deixa-o com frio
À noite, de mim parece zombar e rir
Porque me causa fortes arrepios.
Prossigo a vaguear desatinado
Só o silêncio da tristeza me abrange,
Meus olhos de tanto chorar, não mais reagem
Em meu percurso, em você vou pensando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ESPASMOS DA ALMA
PoetryEspasmos da alma é uma obra com um misto de sentimentos, retratando vários temas da sociedade. Os fatos são relatados de forma bem real, como se o autor estivesse realmente passado por cada um dessas descrições emocionantes, situações do dia a dia q...